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Fazendo jus ao nome, o Guia de Motos é um espaço onde você encontra diversas informações sobre modelos que estão (ou já estiveram) à venda no Brasil. Assim, há dados, fotos, ficha técnica, vídeos, notícias e avaliações de usuários, destacando os prós e contras da moto em questão. Dessa forma, hoje o assunto é a XTZ 125.

XTZ 125: review, consumo, história

Lançada em setembro de 2002 a XTZ 125 mostrava qualidades estéticas e mecânicas que chamaram a atenção do público. Para quem procurava mais potência existia a Yamaha XT660 e as especiais de competição. Entretanto, a apelidada “xistezinha” era a opção mais mais esguia e com custo benefício mais acessível, ainda com aptidão “off” frente as outras motos 150 cc street da mesma categoria.

Yamaha XTZ 125 em sua primeira geração, em 2007

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E esta era mesmo a proposta da motocicleta: oferecer uma solução mais barata para o consumidor que gostava do estilo off road. Além disso, atendia aos que necessitavam de uma moto versátil e econômica para o uso urbano no dia a dia. A sua gama de utilização era melhor aproveitada nas ruas das cidades e enfrentando o “rally” dos trechos esburacados ou com piso irregular.

Menos potente e mais econômica, segunda geração chegou em 2009 e perdurou até o fim da produção do modelo

O modelo da Yamaha foi fabricado de 2002 a 2016 e teve duas gerações. A primeira durou até 2008 e era levemente mais potente. Já a segunda geração, que iniciou em 2009, a moto recebeu leves mudanças estéticas.

Entretanto, a maior alteração foi os ajustes no motor para atender ao Promot, programa de emissões. Assim, a XTZ 125 ficou mais econômica, mas menos potente. Antes eram 12,5 cv de potência, logo ajustados para 10 cv. Parece pouco, mas na prática significa 20% a menos de potência à disposição do piloto.

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Mudança na faixa de potência foi a maior mudança entre as gerações da moto

XTZ 125: pontos positivos

Entre os pontos positivos da Yamaha XTZ 125 estão o relativo conforto, considerando-se que ela era uma moto de entrada. Além disso, merece destaque o trabalho das longas suspensões, com curso de 180 mm em ambas as rodas. Isso era um ponto positivo frente às streets como a YBR 125, com 120 mm na suspensão dianteira e 105 mm na parte de trás. Além disso, o nível de acabamento dos plásticos e a economia (que beirou os 50 km/litro no nosso teste) não deixavam a desejar.

Com pagamento à vista, modelo sai com R$ 1.000,00 de desconto

Xtzinha também teve uma divertida versão ‘motard’ à venda, as XTZ 125 XE e XK

Pontos negativos

Com aptidão off-road, o banco era plano e sua dureza pode incomodar quem passar mais de 30min sobre o assento. Outro ponto com ressalva é carburador, que acompanhou o modelo até o fim de sua produção. A falta de um marcador de combustível também pode deixar o motociclista na mão em algumas situações.

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Desempenho da XTZ 125 deixa a desejar no uso em rodovia

Talvez o principal defeito do modelo, porém, seja a baixa potência e dificuldade para manter velocidade acima dos 100 km/h mediante pequenos obstáculos, como um leve aclive. Desta forma, o desempenho acabava por limitar seu uso rodoviário.

XTZ 125 vale a pena?

Valente, resistente, leve, econômica e com uma pega off-road ‘raiz’, a XTZ 125 deixou saudades no mercado nacional. O público sentiu tanta falta de uma aventureira pequena de paralama dianteiro alto que a Yamaha lançou a versão ‘Z’ da XTZ 150 Crosser em 2018 como forma de ‘acolher’ os órfãos da Xtzinha.

XTZ 125 ainda é uma boa opção para quem precisa encarar terrenos ruins e está com o orçamento curto. Segundo a FIPE, seu preço médio varia de R$ 2.550 a R$ 7.909

Aliás, o modelo teve um fim triste. Primeiro, porque não tinha fôlego (literalmente) para encarar a principal concorrente, Honda NXR Bros, que ganhou motor de 150 cc ainda em 2006. Depois, em 2014, passou a sofrer concorrência interna, dividindo vendas com a Crosser, mais moderna, potente e bem acabada.

Crosser Z, com paralama dianteiro alto, é uma herança da Xtzinha

Assim a XTZ 125 foi definhando aos poucos. A produção caiu gradativamente, das 43 mil motos produzidas em 2008 para 4.036 em 2015, quando deixou a linha de montagem.

Apesar disso, a XTZ 125 ainda pode ser uma boa alternativa aos que buscam uma moto competente para o trânsito das cidades e seus obstáculos. Segundo a FIPE (dezembro de 2020), o modelo 2003 tem preço médio de R$ 2.550, enquanto uma 2016 custa aproximadamente R$ 7.909.

Para saber mais, ver a ficha técnica ou opinar sobre a XTZ 250X, acesse o Guia de Motos!

Ficha técnica Yamaha XTZ 125

Motor

Quatro tempos, OHC , refrigerado a ar, 2 válvulas

Quantidade de cilindros 1 cilindro
Cilindrada 125 cm3
Diâmetro x curso 54 x 54 mm
Taxa de compressão 10,0 : 1
Potência máxima 10 CV a 7.500 RPM
Torque máximo 1,0 kgf.m a 6.000 RPM
Sistema de partida Elétrica (modelo E) – Pedal (modelo K)
Sistema de lubrificação Cárter úmido
Alimentação Carburador BS 25 Mikuni

Transmissão

5 velocidades, engrenamento constante

Embreagem Multidisco banhado a óleo
transmissão primária Engrenagens
transmissão secundária corrente

Parte Elétrica

Sistema de ignição CDI
Bateria 12 V x 5 Ah

Dimensões

Comprimento total 2.090 mm
Largura total 810 mm
Altura total 1.125 mm
Altura do assento 840 mm
Distância entre eixos 1.340 mm
Altura mínima do solo 265 mm
Peso seco 104 Kg
Raio mínimo de giro 2,1m

Chassi

Quadro Diamond
Rake 27,5°
Trail 106 mm
Pneu dianteiro 80/90 – 21 48T MT90
Pneu traseiro 110/80 – 18 58T MT90
Freio dianteiro Disco de 220 mm de diâmetro,acionamento hidráulico, 2 pistões
Freio traseiro Tambor de 130 mm de diâmetro
Suspensão dianteira Garfo telescópico, mola e óleo
Suspensão traseira Braço oscilante, único amortecedor com mola a óleo e gás, Active Monocross
Curso da suspensão dianteira 180 mm
Curso da suspensão traseira 180 mm
Painel de Instrumentos Velocímetro, hodômetro total, hodômetro parcial, indicador de farol alto, indicador de pisca, Luz indicadora de anomalia da ignição, indicador de neutro
Erro do velocímetro +12%

Cores Azul, preta, vermelha

Preço

Tabela Fipe (dezembro de 2020)

XTZ 125 2003
R$2.634,00
XTZ 125 2016
R$7.799,00

Consumo

Trecho Km percorrido Consumo (litro) Km/litro
Uso urbano/estrada 198,4 6,01 33,01
Uso urbano 231,2 6,4 36,13
Uso urbano 210,7 5,68 37,08
Uso urbano/estrada 197,2 5,17 38,13
Total/média 837,5 23,26 36,13
óleo trocado com 530 Km

Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.rp>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza