Cheias de novidades
Os novos modelos foram adicionados em 100 centímetros cúbicos de cilindrada, principalmente por meio do aumento do curso dos pistões.
Essa característica faz aumentar mais o torque do que o pico de potência, assim verifica-se que o topo da curva ficou mais abaulado e numa rotação mais baixa. Também o torque aumentou consideravelmente, facilitando na pilotagem e diminuindo a necessidade de troca de marchas.
A naked dá uma posição mais voltada para uso nas ruas, mais ereto e transportando o centro de gravidade mais para trás. Talvez por isso se mostra menos redonda nas curvas de estradas que o modelo S mas proporciona mais conforto nos trajetos urbanos e maior maneabilidade.
Já a GT, como o nome diz é para um grande turismo, grande conforto para duas pessoas e para isso conta com o maior torque das três. Com 135 Nm (ou 99 lb-ft) conseguiu-se um aumento de 5 Nm (ou 3,7 lb-ft) aproveitáveis em faixa mais ampla, de 3500 rpm a 10000 rpm facilitando a condução da motocicleta. A potência não ficou prejudicada, com 160 Hp a 9000 rpm entrega tudo isso em 500 rpm a menos que na versão 1200cc. Com todos os opcionais, banco e manoplas aquecidas, ajuste da altura do parabrisa servo assistido e regulagem da suspensão com comando elétrico é perfeita para viagens longas com o máximo de conforto e liberdade. Não demonstra em momento algum o peso real do conjunto, 288 Kg em ordem de marcha.
Outra boa notícia para os clientes mais baixos da marca (na Alemanha a estatura média é maior), os três modelos podem vir montados com alturas diferentes de altura do banco para várias estaturas de pilotos. Assim a adequação ao nosso mercado pode ser perfeita.
A BMW, tradicionalmente aplica alterações resultadas de profundos estudos em engenharia, livre das tradições do mercado mundial e esses modelos não ficaram para trás. Além da suspensão revolucionária na dianteira foi aplicado nesses novos modelos um duplo amortecimento no acoplamento do eixo de transmissão entre as duas coroas e pinhões posicionadas em cada ponta desse eixo. Teoricamente essa configuração promove grandes perdas por atrito porque o sentido de rotação é transferido em 90º por duas vezes mas nesse caso específico se admira o fato de tal arranjo produzir tão baixo ruído, principalmente nos engates de primeira marcha com a moto parada.
Outra grande novidade, antes somente aplicado em motos especiais de competição é o sistema de troca rápida de marchas. Trata-se de um sensor aplicado no pedal do câmbio que percebe o momento em que o piloto faz mudança para cima (marcha mais longa). Essa informação é passada para a injeção eletrônica que por uma fração de segundo corta o motor para que o câmbio relaxe a pressão sobre as engrenagens e assim, nesse momento a troca é feita com a maior suavidade. Resultado: Uma aceleração contínua sem perda de tempo entre as trocas e com mais controle do piloto que não precisa se concentrar em embrear para a troca, tudo com a maior suavidade.
Essas novas motos da BMW, com a disposição “inline four” ou quatro em linha, remete a um novo impulso nessa configuração, tradicionalmente das motos japonesas mas que mostra a versatilidade e competência da marca alemã. Na verdade essa configuração já existe na marca por 25 anos mas nunca foi capaz de substituir ou mesmo se equiparar em vendas, a configuração tradicional da marca, “opposite twin” ou “boxer”. Agora vamos ver, estão com um produto revolucionário, como sempre foram os grandes lançamentos da marca.