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Planejamento faz parte do Projeto Vida no Trânsito, que já existe em nove países e será implantado em outras quatro capitais brasileiras

Campo Grande será a primeira capital selecionada para o Projeto Vida no Trânsito a realizar o planejamento local das ações para reduzir o número de feridos e mortos nas vias urbanas. Nos dias 7 e 8 de outubro, representantes da prefeitura e integrantes da Comissão Nacional do Projeto reúnem-se para traçar um diagnóstico local da mortalidade no trânsito e definir as ações prioritárias para os próximos dois anos. Neste período, a prefeitura deve desenvolver ações de prevenção de lesões e mortes no trânsito e de promoção da cultura de paz e segurança viária.

A reunião terá representantes de diversos ministérios, como os da Saúde, Transportes, Cidades, Justiça, Secretaria Geral da Presidência da República, Secretaria Especial de Direitos Humanos, Secretaria Nacional da Juventude, além da Casa Civil e Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), entre outros parceiros.

Lançado no dia 18 de junho de 2010, o Projeto Vida no Trânsito é resultado de uma ação interministerial, desenvolvida em parceira com a Organização Mundial da Saúde (OMS), Opas e a Bloomberg Philanthropies, fundação internacional de promoção de atividades na área social. No Brasil, além de Campo Grande, integram o projeto as cidades de Teresina (PI), Palmas (TO), Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR).

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PROGRAMAÇÃO – Na manhã do dia 7, o município de Campo Grande apresentará à comissão um panorama da situação relacionada às lesões e óbitos no trânsito, bem como a estrutura para o controle do tráfego na cidade, fiscalização e detecção de infrações e emissão de multas. Também serão conhecidos os sistemas de informação utilizados pelos órgãos da prefeitura para o monitoramento do trânsito e o impacto na área da saúde.

À tarde, a prefeitura apresentará os principais problemas a serem trabalhados na capital e iniciará o planejamento das ações locais, que será finalizado na manhã de sexta-feira, dia 8. As discussões serão entre 8h e 17h, na sala de reunião da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), na Avenida Gury Marques, 2.395, Bairro Universitário.

NO BRASIL – O Projeto Vida no Trânsito terá duas etapas, sendo que a primeira começa este ano e se estende até 2012. A segunda etapa será realizada entre 2013 e 2015. Até lá, as cidades selecionadas devem desenvolver experiências relacionadas ao trânsito e que possam ser reproduzidas por outras cidades brasileiras. Os municípios selecionados deverão, em um prazo de dois anos, planejar e implementar ações que reduzam as lesões e mortes provocadas pelo trânsito, além de estruturar mecanismos de monitoramento e avaliação das atividades e dos resultados alcançados.

Para nortear o planejamento das ações da primeira etapa, foram eleitos dois fatores de risco prioritários: associação entre direção e bebida alcoólica e o excesso ou inadequação da velocidade. Os municípios poderão acrescentar outros fatores de risco, de acordo com a realidade local.

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A seleção e avaliação das capitais que integram o projeto incluíram critérios epidemiológicos e estruturais, como os altos índices de lesões e óbitos no tráfego urbano, fatores de risco como consumo de álcool antes de dirigir e precariedade da infraestrutura urbana, como a falta de faixa de pedestre. Também foram incluídas nos critérios a existência de programas de prevenção no município e a capacidade técnica e operacional para o desenvolvimento das atividades. Além disso, durante as visitas de avaliação, feitas por um grupo interministerial, as prefeituras assumiram o compromisso político de dar prioridade às ações do projeto.
No mundo, a ação global é chamada Road Safety in 10 Countries (RS 10), coordenada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Opas e Bloomberg Philanthropies. Além do Brasil, participam nove países: Rússia, Turquia, China, Egito, Índia, Camboja, Quênia, México e Vietnã.