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Ao longo de mais de 40 anos no Brasil, a Honda CG 125 passou por diferentes gerações e versões. Na semana passada apresentamos a precursora, a CG 125 1976, e hoje vamos apresentar a segunda geração, à venda de 1983 a 1988. É a vez da ‘CG quadrada’.

Segunda geração da CG 125 seguia a receita de sucesso da primeira, economia e facilidade na manutenção

Honda CG 125 – 2ª Geração / 1983 a 1988

A segunda geração da CG 125 chegou em 1983, sete anos depois do lançamento da primeira versão. O modelo ganhou visual totalmente novo e marcado por linhas retas, seguindo a nova identidade global da marca. De redondo sobrou apenas o farol, que em breve seria substituído por um retangular.

Visual da street foi remodelado, com linhas mais retas e traseira mais alongada

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Além disso, algumas peças deixaram de ser cromadas e passaram a ser pintadas, dando um ar de ‘modernidade’ à CG. A balança traseira ficou mais longa e houve a adição de uma nova rabeta, guidão mais alto, pneus mais largos e adoção de um novo tanque, maior, de 12 litros.

Para melhorar o conforto a equipe desenvolveu um noto banco, consideravelmente maior e mais largo. Porém, nem tudo foram evoluções. Em nome da redução de custos, o painel de instrumentos regrediu e perdeu o conta-giros.

Novo sistema elétrico, mesmo motor

O novo visual pedia também um ganho no sistema elétrico, que passou de 6 para 12 volts. Já o motor foi mantido o mesmo da ‘CG Bolinha’, um monocilíndrico de 124 cm³, arrefecido a ar, 4Tempos, que entregava 11 cv a 9.000 rpm e 0.94 kgf.m a 7.500 rpm. O carburador recebeu o sistema Ecco, com a promessa de melhorar o fluxo e evitar falhas nas acelerações mais rápidas, e o câmbio de cinco marchas chegou logo depois, em 1985.

CG ‘Bolinha’ emprestou seu motor à sucessora

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Pontos positivos 

A CG 125 de segunda geração seguia a receita de sucesso da sua precursora, baseada na fácil manutenção, preço acessível e economia. Tudo possível, principalmente, pelo motor silencioso e menos poluente do que o das principais concorrentes.

Design e cores eram pura ‘modernidade’ na época. Modelo também recebia elogios pelo conforto

Pontos negativos

A Honda demorou a adotar o câmbio de 5 marchas na segunda geração da CG, comercializando o modelo com câmbio reduzido durante os dois primeiros anos. Também perdeu pontos por abrir mão do conta-giros no painel, um charme da sua antecessora e quase padrão da época. Além disso, claro, o motor de 4 tempos da CG não conseguia acompanhar o fôlego dos Yamaha de igual cilindrada, uma vez que a concorrente apostava nos ásperos 2T.

A ressalva do modelo ficava por conta da potência, inferior a dos modelos dois tempos da sua época

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Honda CG 125 1983 a 1988… ainda vale a pena?

A segunda geração da CG 125 ainda não conta com todo o ar de ‘clássico nacional’ que o mercado já deposita em sua precursora – o que deve mudar aos poucos com o passar dos anos. Entretanto, um unidade bem conservada ou restaurada chama a atenção em encontros de veículos antigos, especialmente se for dos primeiros anos cujos farois redondos contrastam com suas linhas retas.

Para exibir nos encontros, para customizar ou restaurar, pensando em fazer entregas, precisando de uma moto para o dia a dia. A ‘CG Quadrada’ topa qualquer missão

Também há quem busque uma ‘CG Quadrada’ para moto do dia a dia, se valendo da mecânica robusta e facildiade de encontrar peças de reposição. Nestes casos, ela agrada pelo conforto e ganha pontos pela manutenção, fácil e muito barata.

Já sobre o preço, mistério. Como ela não é mais considerada pela FIPE, que avalia motos fabricadas apenas a partir de 1990, caberá ao vendedor decidir de forma independente quanto quer receber na sua moto.

Para saber mais, ver a ficha técnica ou opinar sobre a Honda CG 125, acesse o Guia de Motos!

Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.rp>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza