A MotoGP 2021 ainda não acabou, mas ganhou certo tom de ‘missão cumprida’ no último domingo, quando descobriu seu campeão. E ver um francês no topo da motovelocidade mundial foi mais um – dos vários – acontecimentos inesperados desta temporada.
Por isso nos trazemos aqui nove passagens inéditas e insanas que aconteceram ao longo das 16 etapas já disputadas neste ano. Vale lembrar que ainda temos mais duas corridas pela frente, dias 7 e 14 de novembro, em Portugal e na Espanha. Será que novos episódios curiosos virão aí?
Coisas insanas que rolaram na MotoGP 2021 |
|
1 |
Um francês foi campeão da categoria principal – algo inédito
|
2 |
Rossi declarou aposentadoria após 26 temporadas (e mais de 230 pódios)
|
3 | Valentino Rossi anunciou a própria equipe (e não é Yamaha) |
4 | Viñales rompeu com a Yamaha no meio da temporada… |
5 | … e já estreou pela Aprilia |
6 | Aprilia faturou seu primeiro pódio da era MotoGP |
7 | Novo recorde de velocidade: 362,4 km/h |
8 | Andrea Dovizioso retorna |
9 | O calendário mudou várias vezes ao longo da temporada |
Veja também:
- Quartararo celebra o título de Campeão da MotoGP 2021
- MotoGP vs Fórmula 1; Veja quem é mais rápido
- 5 motocicletas da MotoGP estão em leilão na Europa
- Esta dancinha também merecia ir pra lista, né?
1 – Um francês campeão na MotoGP
O Mundial de Motovelocidade é a competição a motor mais duradoura da história, acontecendo ininterruptamente desde 1949 (não, este posto não pertence à Fórmula 1 – que surgiu um ano depois). E em 73 temporadas um francês nunca havia faturado a categoria principal. Até o título de Fabio Quartararo. Os países com pilotos campeões são:
- Itália (20 títulos, 5 pilotos)
- Inglaterra (17 títulos – o último há 44 anos -, 6 pilotos)
- Estados Unidos (15 conquistas, 7 atletas)
- Espanha (11 títulos, 4 pilotos)
- Austrália (8 taças, 3 pilotos)
- Zimbábue / Rodésia (1 título, com Gary Hocking em 1961)
- França (1 título, com Fabio Quartararo em 2021)
2 – Valentino Rossi se aposenta
Uma das – se não a maior das – lendas da motovelocidade anunciou sua aposentadoria como piloto em 2021. Valentino Rossi chegou ao Mundial em 1996, faturou 9 títulos (sendo 7 na categoria principal), subiu ao pódio 235 (duzentas e trinta e cinco!) vezes, venceu 115 corridas, cravou 96 voltas rápidas. Foram 26 temporadas completas acelerando entre os melhores do mundo – para se ter noção, com 22 anos, Quartararo sequer tem ’26 temporadas de vida’.
3 – Rossi anuncia sua própria equipe na MotoGP
Há um bom tempo Rossi atua nas categorias de base e mantém espaços de treinamento para novos atletas na Itália – que já contaram com a participação de brasileiros, inclusive. Atuais pilotos da MotoGP como Francesco Bagnaia e Luca Marini, já foram seus pupilos.
A novidade é que o multicampeão irá atuar também na gestão de um time na categoria principal, o que só é possível após sua aposentadoria enquanto piloto. Curiosamente, a Aramco VR 46 não irá competir de Yamaha (com quem Rossi obteve 4 títulos), Honda (3 títulos) ou Aprilia (títulos nas 125cc e 250cc), mas sim de Ducati.
4 – Maverick Viñales quebrou os pratos com a Yamaha
O relacionamento entre Yamaha e o piloto numeral 12 começou muito bem em 2021, com direito a vitória na primeira corrida da temporada. Porém, a relação se desgastou rapidamente.
Viñales não conseguiu obter bons resultados nas provas seguintes e chegou ao ponto de pilotar, propositalmente, de modo que danificasse o motor de sua M1 durante o GP da Estíria (em agosto). Então a equipe lhe deixou de molho na etapa seguinte e logo depois as duas partes entenderam que aquela situação não levaria a lugar algum, que era melhor rescindir o contrato imediatamente. E assim foi feito.
5 – Viñales estreia pela Aprilia
Duas corridas depois do rompimento com a Yamaha, Viñales se estava de casa nova. Moto no box, contrato assinado, macacão pronto para ser vestido. Assim, ele estreou pela Aprilia no dia 12 de setembro, durante o GP de Aragón. Agora colega de Aleix Espargaró, Maverick soma um P18, P13 e P8.
6 – Aprilia fatura primeiro pódio
A MotoGP 2021 gravou seu nome na história por muitos motivos. Entre eles, porque marcou o primeiro pódio da Aprilia. A fabricante italiana chegou ao Mundial de Motovelocidade em 2015 e nunca havia conseguido terminar uma prova entre os três melhores. Quem estabeleceu a marca foi Aleix Espargaró, com o terceiro lugar no GP de Silverstone.
7 – Novo top speed da MotoGP é de 362,4 km/h
Em 2021, a MotoGP também estabeleceu um novo recorde de velocidade máxima. Johann Zarco cravou 362,4 km/h na reta de 1.068 metros do circuito de Losail, no Qatar. O número foi atingido durante os treinos livres da primeira etapa da temporada, em março, a bordo de uma Pramac Ducati.
8 – Dovi voltou
Muitos nomes conhecidos da torcida ressurgiram nesta temporada. O já aposentado (e pentacampeão Mundial) Jorge Lorenzo foi cotado para vagas, Dani Pedrosa (atual piloto de testes da KTM) correu como wildcard no GP da Estíria… Andrea Dovizioso voltou às pistas.
Três vezes vice-campeão, Dovi se retirou da cena em 2020, quando seu contrato com a equipe principal da Ducati expirou. Porém, retornou em setembro, substituindo Franco Morbidelli e acelerando pela SRT Yamaha. Agora já tem contrato acertado com o time e seguirá a bordo da japonesa – ao menos – até o fim de 2022.
9 – O calendário foi uma loucura
Encerramos a nossa lista de acontecimentos inusitados da MotoGP 2021 com um dos mais importantes deles: o calendário e suas constantes atualizações durante a temporada.
Entra corrida, sai corrida; entra público, tira público; tira Ásia, põe Portugal; engaveta a Argentina, mas mantém os Estados Unidos; risca do mapa Japão, Austrália e Tailândia. Lembra das estreias previstas para este ano? Esqueça.
Foram várias alterações, várias. A maioria – senão todas – tomadas em virtude de desdobramentos da pandemia. Ao final, ficamos felizes por ver o público de volta às arquibancadas. Ah, e a prévia do calendário 2022 já saiu.