MotoGP Por Fernando Santos 02/04/2024 12:10 (há 1 mes).

A Liberty Media, proprietária da Fórmula 1, finalizou a compra da MotoGP. Mas afinal de contas, qual impacto isso deve gerar no Campeonato Mundial de Motovelocidade? Confira mais sobre o negócio avaliado em 4,2 bilhões de euros, cerca de R$ 22,7 bilhões em conversão direta.

Dona da F1 compra a MotoGP; o que pode mudar?

A empresa de entretenimento norte-americana, Liberty Media, detém os direitos da Fórmula 1 desde 2016. Também a nova dona da MotoGP, adquirida da Dorna Sports antiga proprietária do mundial desde 1992. Por enquanto, ainda não se sabe como a Liberty – que concluirá o acordo de compra até o final de 2024 – vai assumir as rédeas da MotoGP. Contudo, se optar em seguir os planos usados na Fórmula 1, já temos algumas pistas.

Fãs já estão ansiosos com o que pode mudar na MotoGP agora

Com a Liberty Media sendo uma empresa de entretenimento ela tem pleno conhecimento da importância das mídias digitais. Desde que assumiu a F1, a companhia entrou de cabeça nas redes sociais e tem buscando aumentar sua participação no mundo digital.

 

1. MotoGP deve ser ‘mais digital’, como a F1

Uma das amostras desta aproximação entre F1 e o universo digital ganhou forma com a série Drive to Survive. Com excelente nível técnico, a produção em parceria com a Netflix mostra os bastidores da Fórmula 1 e acaba levando o contexto das corridas a um novo público. Se tornou um sucesso rapidamente e já está em sua sexta temporada. A MotoGP também lançou sua série, mas  sem sucesso, Unlimited foi cancelada logo após a primeira temporada.

Drive to Survive levou o mundo das corridas ao universo do streaming. E deu muito certo. Está entre as séries documentais de maior audiência na Netlfix e já teve 6 temporadas

Além disso, uma fatia grande das receitas da F1 vem dos direitos de transmissão das corridas. Tudo isso a MotoGP já fez, porém de maneira bem mais modesta. O mundial de motos ainda está buscando um alcance mundial realmente sólido.

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2. De traçados clássicos à ênfase nos EUA

A princípio, a Liberty não esconde que é uma empresa norte-americana. Desta forma, a detentora entende a importância de crescer neste rico mercado. Assim, não foi coincidência que a F1 saltou de uma para as atuais três corridas nos Estados Unidos.

A Liberty não mede esforços para transformar a F1 em um show – caro e que pode ser levado apenas aos países de maior orçamento. Assim, saltou de 1 para 3 provas nos EUA por temporada

Além disso, a Liberty tem privilegiado novas provas em países que ainda estão descobrindo o mundo das corridas, especialmente no Oriente Médio e Ásia. São locais com orçamento generoso para bancar o evento, mas distantes do tradicional universo e circuitos clássicos da F1.

Fernando Santos
Jornalista amante do mundo da moto, vivendo destinos e sons. Ávido por novidades e crescido com o cheiro de motor dois tempos. fernandosantos@motonline.com.br
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