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Concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes ultrapassa metas da Artesp na redução de incidentes com vítimas fatais

No primeiro semestre de 2008, a concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) conseguiu fazer mais do que o determinado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp). A meta da agência era que a Ecovias reduzisse em 12% o Índice de Mortes (IM) no SAI. No entanto, a redução do IM no período atingiu o índice 31,3%, indo de 5,47 para 3,31. Em números absolutos, a quantidade de óbitos caiu, se compararmos os seis primeiros meses de 2007, de 76 para 47.
Outra meta era a redução em 10% da principal causa de óbitos nas rodovias do SAI, o atropelamento. Mais uma vez, a Ecovias foi além do exigido pela Artesp e registrou uma diminuição de 32% dos casos. Foram 25 vítimas fatais em casos de atropelamento no primeiro semestre de 2007, contra 17 casos de janeiro a junho deste ano.

Graças aos bons resultados, a Ecovias acaba de receber o Prêmio Vida, concedido pela Artesp às concessionárias que alcançaram, no primeiro semestre, as metas de segurança estipuladas pela agência.

As soluções
Dados da Ecovias mostram que 71% dos atropelamentos registrados em 2007 aconteceram a menos de 300 metros de uma passarela. Apesar de manter 59 passarelas instaladas em locais com grande circulação de pedestres, o número de atropelamentos registrados no SAI ainda era expressivo, pois boa parte dos pedestres prefere correr o risco de cruzar a estrada sem utilizar a passarela, sob alegação de que perdem muito tempo atravessando a pista pela passarela.
Para evitar ocorrências desse tipo, a solução encontrada pela empresa foi inibir a travessia pela pista, direcionando os pedestres para a passarela. Foram instalados 14.850 metros de telas de metal em todas as estradas do Sistema Anchieta-Imigrantes, que exigiu um investimento de R$ 2,7 milhões. Outros R$ 2,1 milhões foram investidos em 7 mil metros de barreiras de concreto colocadas em pontos críticos das rodovias.

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Na via Anchieta, o trecho de serra, local com maior ocorrência de acidentes envolvendo caminhões, recebeu lombadas eletrônicas para controle de velocidade. São sete equipamentos na pista sul (sentido litoral) e dois na norte, para fiscalização durante as inversões de pista. Nesses trechos, a velocidade máxima permitida varia entre 50 e 70 km/h. Para diminuir os acidentes que bloqueavam completamente a pista em média uma vez a cada três dias, a sinalização também foi remodelada. Oitenta e três estruturas aéreas instaladas na Anchieta sustentam as placas sobre a rodovia, proporcionando melhor visibilidade das mensagens, tanto pela posição quanto pela melhor reflexibilidade, principalmente durante a noite. Esse trabalho rendeu à via Anchieta conceito “ótimo” para o item sinalização na avaliação da Confederação Nacional do Transporte. Desde que o projeto foi implantado, a Ecovias conseguir reduzir em 54% a quantidade mortes no trecho de serra da via Anchieta. Foram registradas 86 mortes no primeiro semestre de 2007 e 80 no segundo, contra 47 de janeiro a junho deste ano.
Com foco na educação para o trânsito, as crianças da região do planalto da rodovia dos Imigrantes também participam de projetos desenvolvidos pela empresa, para que conheçam os perigos de se brincar às margens da rodovia. Desde o início do ano, a Ecovias já recebeu mais de 100 crianças na sede da empresa e outras 960 assistiram a palestras nas comunidades.

Sem descanso
Apesar da conquista do Prêmio Vida, Humberto Gomes, diretor-superintendente da Ecovias, ressalta que reduzir o número de acidentes e de vítimas fatais nas rodovias do SAI é uma meta permanente. “Não é porque ganhamos o Prêmio Vida que vamos pensar que o trabalho está pronto. Temos de buscar reduzir os índices sempre. A premiação é um indicativo que estamos no caminho correto, mas não podemos nos acomodar”, afirma.