As motos elétricas estão ganhando cada vez mais espaço ao redor do mundo. Na Europa, principal mercado no momento, países como a Itália, oferecem incentivo em dinheiro para que os cidadãos optem por motos eletrificadas. Até mesmo o Brasil, que está longe da revolução verde europeia, cresce nesse setor. Quem não parece curtir este movimento é a Tesla, de Elon Musk.
A empresa Tesla é referência na fabricação de carros elétricos, não que surfar na onda das motos. Isso por que o CEO da empresa, o multi bilionário Elon Musk, afirmou ter problemas pessoais com o veículo de duas rodas.
Elon Musk: Tesla não vai fabricar motos elétricas
Sabendo da tecnologia que a Tesla consegue implementar em seus veículos, a dúvida que fica é: por que não produzir motos elétricas? É um mercado em ascensão, com produtos mais acessíveis (logo, maior volume de vendas) e que ainda contribui para a mobilidade urbana. Porém, a empresa sequer cogita produzir motos – e os motivos para isso parecem ser bem mais pessoais do que estratégicos.
As motos elétricas estão ganhando popularidade em um ritmo assustador entre muitas fabricantes… mas completamente fora do radar da Tesla
Meses atrás enquanto participava de um simpósio estudantil, Elon Musk respondeu a um estudante se existia a possibilidade de a Tesla entrar no mercado de motocicletas. O bilionário comentou: “Eu costumava andar de moto quando era criança e fiz motocross durante cerca de oito anos. Também tive uma moto de estrada até os 17 anos e quase fui morto por um caminhão, então, nós não faremos motocicletas”
O empresário já reiterou seu repúdio por motos em outras ocasiões. Durante um evento da Financial Times, Elon Musk conversava com lideranças do setor automotivo e, quando questionado sobre os scooters elétricos, disse: “As scooters são muito perigosas. Não recomendo a ninguém conduzir uma scooter. Num acidente entre uma scooter e um carro, a scooter sai sempre a perder”. Ou seja, nada de motos da Tesla num futuro breve.
Mesmo num ritmo mais lento que na Europa, as motos elétricas vêm ganhando espaço rapidamente no Brasil. Por aqui, quem mais surfa sua onda é a Voltz
Sem Tesla, mais mercado para as outras
Mesmo que a principal empresa do setor de veículos elétricos se negue a enxergar a importância das motos elétricas para o futuro descarbonizado, outras fabricantes se aproveitam desse mercado e trabalham constantemente para desenvolver suas linhas de motos eletrificadas.
A motoelétrica conceito da Ducati, apresentada neste ano
Exemplos não falta. A Ducati, por exemplo, trabalha para desenvolver sua linha de esportivas elétricas e será a fornecedora oficial do Mundal de Motovelocidade. Fabricantes como a Honda, Kawasaki, Triumph, Harley Davidson e BMW, também estão lançando seus primeiros modelos, de diferentes tipos e tamanhos.
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Elon Musk e a Tesla
Fundada em 2003, a Tesla chegou ao mercado com a missão de produzir os “carros do futuro”. Naquela ocasião, a empresa já vislumbrava um futuro onde os carros a combustão teriam que ser tirados de circulação. Sendo assim, o (já na época) bilionário Elon Musk foi um dos principais investidores desse projeto.
Tesla Roadster, o primeiro e único esportivo lançado até hoje pela marca. Esse carro pode alcançar até 400km/h
Além do quesito inovação, Musk sempre esteve engajado em pautas ecológicas. Pouco tempo atrás, apareceu em uma entrevista dizendo que o mundo poderia ser abastecido apenas com energia solar. Em outra ocasião ele citou que uma parcela do estado de Utah, equivalente a 26 mil Km2, já seria espaço suficiente para a instalação dessa estrutura de energia limpa.
De acordo com Elon Musk, o objetivo da Tesla foi quebrar a ideia de que todos os carros elétricos eram lentos, feios e jamais seriam equivalentes a um carro movido a combustão. E, de fato, a Tesla cumpriu com a sua missão. Atualmente os carros tesla, além de elegantes e potentes, possuem até modo autônomo. Hoje a Tesla é a empresa mais valiosa do setor de veículos elétricos, avaliada em 907 bilhões de dólares (cerca de R$ 4,5 trilhões).
