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O saldo total de crédito para aquisição de veículos voltou a crescer, fechando mês de fevereiro de 2012 em R$ 201,5 bilhões. O crescimento foi de 6,6% em relação ao mesmo período em 2011. Os números foram divulgados no Boletim Mensal da ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras).

O cenário atual segue a mesma tendência de 2011, em que o crescimento foi contínuo, porém mais moderado, principalmente se comparado a 2010. Segundo a entidade, historicamente, o primeiro semestre do ano é menos aquecido que o segundo e o setor deve voltar a crescer a taxas mais elevadas a partir dos próximos meses.

Inadimplência

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Em alta desde o final de 2011, o saldo da inadimplência no CDC (Crédito Direto ao Consumidor) acima de 90 dias alcançou a marca de 5,5%, um aumento de 0,2 ponto percentual frente ao mês anterior, e de 2,7 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano passado.

Os dados do Banco Central confirmam a preocupação que já existia entre os bancos de montadora, principalmente pelo fato de que, até o momento, não foi verificada uma reversão na tendência das curvas de inadimplência, e nem mesmo uma sinalização de alguma estabilização dessas curvas.

Para a ANEF, os números são expressivos, mas podem não representar um retrato fiel da realidade. Isso porque, a grande maioria dos consumidores em situação de inadimplência procura a instituição financeira para ajustar o fluxo de pagamento de suas prestações em atraso, porém, as estatísticas de inadimplência não podem refletir esses acordos enquanto não tiverem sido totalmente pagos. “A tendência é de que, nos próximos meses, este cliente que fez um acordo para quitar as prestações em atraso deixe de ser inadimplente e a curva comece a baixar”, avalia o presidente da ANEF, Décio Carbonari de Almeida.

Vale destacar que a contribuição das instituições financeiras para a redução da inadimplência passa por um acordo de reescalonamento de pagamentos para quem já é cliente e se encontra em dificuldade financeira. Os bancos também têm realizado ajustes na política de crédito para assegurar que os novos fatores de risco foram incorporados aos modelos estatísticos de previsão de perdas e concessão de crédito. Isso porque, nos anos anteriores a 2011, as políticas de crédito até então vigentes cumpriram adequadamente seu papel para clientes que hoje têm maiores dificuldades de realizar seus pagamentos em dia.

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Taxa de Juros e Planos de Financiamentos

A taxa de juros se manteve estável frente a janeiro, fechando em 2,01% ao mês. Nos novos contratos, os planos de financiamento fecharam com a média de 41 meses, sendo que o prazo máximo oferecido permaneceu em 60 meses neste semestre.