A marca austríaca KTM você já conhece bem. Mas talvez o que ainda não saiba é que o time laranja não para de expandir seu leque de empresas. A fabricante faz parte do grupo Pierer Mobility AG, responsável também pela Husqvarna e GasGas. No entanto, outra marca de motos pode entrar para esse conglomerado!
Grupo da KTM buscando nova marca de motos
Em maio de 2023, o membro do conselho executivo da KTM, Hubert Trunkenpolz, confirmou à revista alemã de motocicletas “Motorrad” que a empresa pretende obter uma participação majoritária na MV Agusta. Isso mesmo, a tradicional marca italiana atual rival da Ducati.
Para quem não lembra, ainda em novembro do ano passado, a KTM AG da Áustria adquiriu uma participação de 25,1% na MV Agusta. Segundo comunicado, no âmbito desta parceria estratégica entre os dois fabricantes europeus de motocicletas, a KTM AG – empresa da PIERER Mobility – fornecerá à MV suporte à cadeia de suprimentos e assumirá as compras.
Indo a encontro a isso, Trunkenpolz diz que as ações do grupo KTM sobre a MV serão aumentadas com o tempo, mas os acionistas concordaram em não divulgar o cronograma! Antes disso, ainda em setembro de 2022, a MV já havia fechado um acordo de distribuição na América do Norte com a KTM.
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Como será a nova MV Agusta da KTM?
O CEO da KTM e chefe da Pierer Mobility, Stefan Pierer, não esconde que o seu grupo já tem planos sobre o posicionamento de mercado da MV Agusta. Segundo ele, a KTM deve investir no desenvolvimento da fábrica MV nos próximos dois anos e realizar uma otimização para produzir mais motos.
Nesse sentido, o primeiro passo deve ser trabalhar em conjunto nos modelos de produção atuais e, depois de finalizar isso, assumir a distribuição mundial. Mas nesse caminho de otimização, alguns modelos da MV devem ficar pelo caminho, caso das trail Lucky Explorer.
Segundo Stefan, esse mercado off-road não deve fazer parte das ambições da marca italiana:
“De onde vem a MV Agusta, é sofisticada. Eu não diria luxo, mas é um produto premium. Acho que o Brutale seria uma boa base para alguns desenvolvimentos muito bons, mas para mim, o modelo que ainda captura a essência da MV Agusta é o F4.”, complementou o chefe.
Para aqueles preocupados esses planos discutidos, foi destacada a importância de expandir a força de trabalho, não de demitir pessoas. Além disso, a MV permanecerá na Itália e não se mudará para Mattighofen – onde está baseada a “nave-mãe” KTM/Husqvarna/GasGas.