Vivemos tempos difíceis em vários setores, inclusive econômicos. Entretanto, apesar dos desafios, o mercado de motos brasileiro segue aquecido. É isso o que mostram os mais recentes números da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).
De acordo com a entidade, foram emplacadas 74.065 motos em fevereiro de 2022, número quase 29% maior que os 57.423 do mesmo mês em 2021. Considerando o acumulado do ano, os dados de 2022 são 14,3% acima dos registrados no último calendário. Já em comparação com janeiro/22, tivemos uma queda de 17,4%.
Mercado de motos vai bem, com crescimento em relação a fevereiro/2021 e no acumulado do primeiro bimestre de 2022. Porém, uma série de fatores podem nos impactar negativamente em breve…
Mercado de motos em fevereiro de 2022
Mas nem tudo são flores no mercado de motos nacional. Afinal, fatores internos e externos, econômicos e políticos, tendem a afetar mais a compra de motos 0km no Brasil.
Enquanto as motos registram bons números, panorama dos carros é negativo. Houve 23% de queda entre fevereiro de 2021 e o mesmo mês de 2022, além de 26% de regresso no primeiro bimestre de 2022 em comparação com o mesmo período do ano passado
Para a Fenabrave, o ‘setor, como um todo, ainda sofre com a falta de peças e componentes para alguns modelos, além da queda da renda da população, do aumento dos juros e da maior seletividade no crédito continuarem impactando a recuperação do mercado’.
Infelizmente, o horizonte não é tão bom quanto gostaríamos. Crises internacionais, redução no poder de compra, elevação nos juros e dificuldade de crédito podem passar a rasteira no segmento duas rodas
Nesse ponto vale lembrar que a Yamaha reduziu ‘parcial e temporariamente’ suas atividades na fábrica por quase 90 dias. A ação iniciou em 03 de março e vai até até 31 de maio de 2022. A justificativa oficial é a ‘necessidade de ajuste da produção ao fluxo de recebimento de insumos’, conforme a marca informou em nota.
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E ainda tem a guerra entre Rússia e Ucrânia, que pode impactar o setor direta ou indiretamente, como no aumento do preço dos combustíveis e fornecimento de matérias primas. Diante de todos esses fatores, a Fenabrave irá rever suas projeções para o ano de 2022, devendo divulgá-las ainda no mês de março.
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