Mercado Por motonline 10/06/2014 10:12 (há 11 anos).

Texto de Marcelo Bartholomei (azulpress@yahoo.com.br)

A Copa do Mundo poderá influir no mercado de motocicletas? Para alguns comerciantes a resposta é não, mas outros admitem que a concorrência é grande nessa época de Copa do Mundo.

Só cabe um parcela na renda

“O mercado de duas rodas não se deixa influenciar por alegrias passageiras”, opina o ex-piloto de motovelocidade e dono de duas revendas Yamaha, Santo Feltrin, 53 anos. “O cliente ainda procura comprar uma motocicleta para escapar do trânsito ou como uma ferramenta de trabalho, e isso é mais importante e imperioso”, diz o dono da Feltrin Motos, há 25 anos no mercado.

O trabalho de algumas autorizadas chega a ser minucioso. Envolve desde o mapeamento de regiões da cidade até pesquisas por classe social, como é o caso da revenda citada. “Às vezes o cidadão daquele mercadinho minúsculo e escondido tem um ótimo potencial de compra, mas nem sabe que poderia adquirir uma moto para facilitar sua vida ou seu negócio”, diz o comerciante, revelando a estratégia de vendas da empresa.

“Nós ‘caçamos’ esses clientes e trabalhamos no sentido de oferecer um veiculo prático e barato, que ele nunca imaginou ter”. Sobre outras ações – como facilidades no financiamento e créditos, cerca de 85% das motos vendidas em sua concessionária são usando alguma modalidade de crédito. Outras concessionárias, como a rede autorizada Universo Honda, com lojas na Moóca, Piraporinha e Diadema, oferecem promoções e cupons para participar de concursos, além de garantia estendida a três anos e óleo grátis em mais de cinco revisões – uma forma de fidelizar o proprietário.

Motos de maior porte e importadas são adquiridas por um outro tipo de consumidor – mais experiente, exigente, endinheirado e que já conhece bem o produto. Esse tipo é bem diferente do consumidor que busca a moto para o uso diário, geralmente de pequena cilindrada. Mas as pequenas lideram com folga o mercado de duas rodas, com mais de 70% de participação.

A concorrência no segmento continua brava e muitas vezes inusitada. Na rede de revendedores Honda Monte Leone, que tem nada menos que cinco pontos de venda em São Paulo e no Interior, o gerente geral Alex Goes, 31 anos, concorda que a compra de uma moto pequena é sempre uma decisão muito racional, mas revela que muita gente está “trocando” a moto por uma TV nova. “Descobrimos que uma TV nova é a maior concorrente da CG 125″, ri o empresário.

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