O mercado das motos elétricas não para de crescer. Enquanto locais como o Reino Unido já anunciaram que a partir de 2030 terão apenas eletrificados 0km, um movimento similar parece tomar corpo no Brasil com o crescimento na produção e vendas dos elétricos.
Agora surgiu a confirmação de que outra empresa focada em motos elétricas irá criar uma fábrica no Brasil, mais precisamente no Polo Industrial de Manaus. É a Horwin, que anuncia seus planos logo depois da inauguração de planta da Voltz Motors, também no PIM.
Nem Honda, nem Yamaha. A próxima marca que deve fabricar motos elétricas no Brasil é a Horwin… que quer vender 100 mil motos/ano! 😱
Nova marca de motos elétricas com fábrica no Brasil
A Horwin é uma empresa chinesa com atuação em diversos países e centro de desenvolvimento na Áustria. Segundo a própria, a marca já vendeu mais de 800 mil motos em todo o mundo. E faz algum tempo que ela está de olho no Brasil.
Assim, a companhia esteve presente no Salão Duas Rodas 2019, quando deixou claro seu interesse em fabricar e vender motos no país. Desde 2021 ela opera no mercado nacional importando motos da China e, agora, planeja abrir sua fábrica em solo nacional.
A unidade amazonense irá custar cerca de R$ 100 milhões e deve dar conta das aspirações nada modestas da empresa, que quer emplacar 100 mil motos/ano já em 2024… Para comparação, a Yamaha, segunda maior empresa do setor, emplacou 201 mil unidades em 2021.
Esta é a fábrica da Voltz, recém inaugurada em Manaus. Espaço tem 12 mil m² e capacidade para montar até 15 mil motos/mês
Desta forma, a fábrica vai operar no sistema CKD, ou seja, receberá kits com motos desmontadas da China e fará a montagem das peças aqui. Entretanto, ainda não sabemos qual a previsão de quando o espaço será inaugurado.
Horwin quer recarregar moto em 10 minutos
Vale lembrar que a Horwin foi notícia há poucos dias no Motonline. Foi quando a empresa firmou uma parceria com a CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração) para o uso de nióbio em baterias de motos.
Horwin está trabalhando para ter bateria que carrega em apenas 10 minutos. O segredo é usar nióbio na composição, mas produto ainda está em fase de testes
Assim, as baterias de íons de lítio irão receber óxido de nióbio, um metal leve e estável, em sua composição. Se tudo correr conforme os planos, usando uma tomada comum será possível carregar uma bateria em 10 minutos – algo que leva cerca de 4 horas atualmente. De quebra, irá aumentar a vida útil dos componentes.
Veja também:
- O vendedor mentiu: scooter elétrica precisa de placa e CNH
- Gachaco, a empresa que uniu Honda, Yamaha, Suzuki e Kawa
- Fora da caixa: conheça o scooter elétrico feito de bambu!
Quanto custam as motos elétricas
A Horwin afirmou que não pretende elevar o preço de suas motos elétricas mesmo com os investimentos que terá de fazer na fábrica em Manaus. Atualmente, a marca oferece modelos de motos e de scooter eletrificados.
A Horwin faz motos e scooters, como o pequeno EK3. Simpático, modelo promete até 95 km/h de velocidade máxima
Seu principal produto é a CR6-Pro, uma elétrica com design moderno e câmbio de 5 marchas – algo incomum no setor. Seu motor de 10,1 kW (13,7 cv) acelera dos 0 a 60 km/h em 6 segundos e promete velocidade máxima de 110 km/h. A autonomia é estimada em até 142 km.
Com smartkey, luzes em LED, suspensão invertida e câmbio de trocas manuais, a CR6 Pro é uma das motos elétricas mais caras à venda no Brasil. Custa R$ 43 mil
O conjunto ainda conta com rodas de liga leve, luzes em LED, painel digital, partida sem chave (smartkey), freios combinados e chassi em alumínio. A bateria é a Panasonic 18650, 72V 60Ah, que promete carga completa em 3 horas numa tomada 220V. O preço sugerido é de R$ 43 mil.
.jpeg)
