Motos Elétricas Por Guilherme Augusto 24/05/2022 11:30 (há 2 anos).

As motos elétricas seguem ganhando espaço nas lojas, na instalação de novas fábricas, na preferência do consumidor e até em programas governamentais que incentivam a troca de veículos a combustão por eletrificados. Mas será que vale a pena comprar uma moto que carrega na tomada? Estamos aqui para ajudar.

 

Motos elétricas: 5 verdades a considerar

Antes de comprar uma moto elétrica é preciso ter em mente muitos detalhes. Você é um entusiasta dos eletrificados e faz questão de apoiar este movimento ou está apenas em busca de uma moto para o dia a dia? Quer fazer parte de uma causa ou apenas ir ao trabalho gastando pouco? Comece com perguntas do tipo e, então, confira a lista abaixo.

 

 

1 – A autonomia ainda precisa evoluir

Esta é uma verdade inconveniente sobre as motos elétricas, pois a baixa autonomia das baterias ainda é o grande problema. Enquanto os carros elétricos percorrem mais de 250 km com facilidade (mesmo os mais em conta, como o Kwid) a maioria das motos fica pelo caminho logo na casa dos 100 km. É pouco.

Segundo a marca, uma Voltz EVS precisa de duas baterias para rodar ‘até’ 180 km. E em velocidade média de apenas 35 km/h. Uma street a combustão, como a CG 160 Titan, pode rodar mais de 600 km sem abastecer

Vamos comparar duas street. A líder da categoria CG 160 Titan roda tranquilamente 640 km sem abastecer, graças ao tanque de 16,1 litros e o consumo abaixo dos 40 km/litro. Já uma Voltz EVS roda até 180 km antes de passar 5 horas plugada na tomada – isso se equipada com duas baterias e acelerando em velocidade média de apenas 35 km/h. Ou seja, de CG você vai de São Paulo a Balneário Camboriú (SC), enquanto de elétrica fica por Registro (SP).

Motos elétricas com boa autonomia são raras, mas já existem. A Zero SR pode rodar até 365 km (250 com potência total) antes de recarregar. Mas tem dois problemas: custa 21,5 mil dólares (R$ 99 mil) e não está à venda no Brasil

 

2 – A manutenção é mais barata

É mesmo! Os motores elétricos são muito mais simples que os a combustão, empregando um número assustadoramente menor de peças móveis. Numa generalização, pode-se dizer que motores a combustão têm cerca de 1.000 peças, enquanto elétricos possuem menos de 200. Menos componentes, menos acertos, menos reviões, menos oficina. E também dispensam algumas manutenções periódicas, como a troca de óleo.

Os motores das motos elétricas são muito menores e, em tese, mais simples. Muitas vezes vão presos a própria roda traseira, como na Novus One. Aqui, a usina diminuta entrega 24 cv, mais potência que uma CB 250 Twister

Mas isso não significa que as motos elétricas são isentas de manutenção, como erroneamente ouvimos por aí. Exceto o motor, todo o restante precisa dos mesmos cuidados que uma moto a gasolina, como suspensões, rodas, pastilhas de freio. Você vai seguir lubrificando rolamentos e calibrando pneus – ao menos por enquanto.

 

3 – Carrega em tomadas comuns

Isto, basta descer da moto e ligar sua alimentação em uma tomada convencional, de 220V ou 110V. Os modelos costumam vir com um ‘carregador doméstico’ que torna possível carregar a bateria em qualquer tomada de casa, trabalho ou faculdade. O tempo médio para carga completa varia entre 4h e 8 horas, dependendo da marca e modelo em questão.

Muitos países (da Europa, especialmente) estão investindo em modernas estações de recarga rápida. Mas a verdade é que as motos elétricas podem carregar em qualquer tomada de 110V ou 220V

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4 – Motos elétricas precisam de placa e CNH

Motos elétricas, assim como os scooter elétricos, obedecem às mesmas regras de seus ‘irmãos’ a gasolina. Não importa a marca, o tamanho ou o estilo – que pode ser bem diferente do ‘design tradicional’ das pequenas motos e scooter.

Não importa o formato, marca ou tamanho, motos e scooter elétricas precisam ser emplacados exatamente como os veículos a combustão. Se não cumprirem as regras podem ser removidos ao pátio como qualquer outro veículo

Para pilotar uma moto ou scooter elétrico é preciso ter habilitação categoria A (ou ACC, quando couber) e usar os equipamentos básicos de segurança (capacete). Já o veículo precisa estar devidamente emplacado e licenciado. Caso haja irregularidades o condutor pode ser autuado e o veículo recolhido ao pátio do Detran, igualzinho a uma ‘moto comum’.

Movida a bateria ou gasolina, uma moto elétrica ainda é…. uma moto. Precisa de placa, licenciamento, CNH e capacete para rodar nas ruas

 

5 – As motos elétricas (ainda) custam caro

Se você está procurando as melhores motos elétricas para comprar em 2022 já deve ter notado que seu preços parecem salgados. E são mesmo. Via de regra, as elétricas custam consideravelmente mais que modelos equivalentes a combustão, o que deve mudar progressivamente em breve.

As elétricas – ainda – custam um pouco mais que suas ‘equivalentes’ a combustão. Porém, esta balança caminha lentamente para um equilíbrio

Voltando à comparação de Titan e EVS, a elétrica custa 36% mais (R$ 19.990 contra R$ 14.620, segundo os preços públicos sugeridos). Se o orçamento está curto você pode optar por modelos mais acessíveis e simples, como a Shineray SE 3 (R$ 12.990) que ainda adota bateria de chumbo. Para comparação, a Honda Biz 125 tem preço sugerido de R$ 12.730.

Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.rp>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza
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