Nem sempre nosso orçamento está à altura da paixão que temos por motos e, em muitos casos, poupar na hora da compra é a ordem. Assim, nos vemos obrigados a cogitar modelos que já saíram de linha ou que são menos valorizados na hora da revenda. Por isso, separamos uma lista com 7 motos por até R$ 5 mil.
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Baratas: motos por até R$ 5 mil
Os valores citados aqui são preços médios apontados pela FIPE, refletindo um valor aproximado do que pode ser encontrado em lojas ou vendedores particulares. Além disso, se você está com um pouco mais de grana pode se interessar por motos seminovas por até R$ 10 mil. Boa sorte na escolha.
1) Economia: Honda Pop 110i 2016
2) Robustez: Honda CG 150 KS MIX 2009
3) Robustez + algum estilo: Yamaha Factor ED 125 2013
4) Versatilidade: Honda Bros ESD 150 2005
5) Street sport: Yamaha YS Fazer 250 2006
6) Scooter: Burgman AN 125 2010
7) Esportividade: Kasinski Comet GT 250 2008
1) Para quem quer economia: Honda Pop 110i 2016 (R$ 5.289)
Não é fácil fazer uma lista com boas motos por até R$ 5 mil, ok? Então nos damos ao direito de extrapolar um pouco o preço e oferecer a Pop 110i, primeiro ano da segunda geração, por R$ 290 acima do nosso ‘teto’. Mas o valor extra é justificável.
Diferente da Pop 100, esta já possui injeção eletrônica e visual mais… agradável. Além disso, é ainda mais econômica. No nosso teste rodamos quase 50 km com um litro de gasolina. Por fim, o ‘pacote economia’ fecha com um conjunto extremamente resistente e de fácil manutenção, além de ausência de peças plásticas (como carenagens) que poderiam gerar mais custos em caso de queda. Veja o teste com a Pop 110i.
Prós: Economia de combustível; Facilidade e baixo custo de manutenção; Agilidade.
Contras: Visual particular; Pouco acima dos R$ 5 mil; Painel de instrumentos simplório.
2) Para quem busca robustez: Honda CG 150 KS MIX 2009 (R$ 5.040)
Famosa por ser a primeira moto flex do mundo, a CG 150 MIX pode ser abastecida com etanol ou gasolina, em qualquer proporção. A família foi lançada em 2009 e aqui apresentamos a versão de entrada para não fugir (muito) do nosso teto de R$ 5 mil, a KS.
A CG não é um best-seller sem motivos. É uma moto robusta, versátil, confiável e com um facilidade absurda de encontrar peças de reposição. Como bônus, esta versão tem um grande tanque de 16 litros e injeção eletrônica, que garante um funcionamento sem ‘buracos’ e consumo acima dos 40 km/litro. Mas esqueça mimos como partida elétrica, rodas de liga ou contagiros. Relembre o teste com o modelo.
Prós: Injeção eletrônica; Economia; Autonomia de mais de 650 quilômetros; Facilidade de encontrar peças.
Contras: Design polêmico da geração 2009-2013; Partida a pedal; Freios a tambor nas duas rodas.
3) Robustez e algum estilo: Yamaha Factor ED 125 2013 (R$ 4.951)
Se você procura uma receita tão simples e confiável quanto a da CG já citada, mas não abre mão de um pouco de estilo, a Factor ED 125 pode ser uma boa opção. Rodas de liga leve, bom nível de acabamento (para a categoria, claro) e design inspirado na Fazer 250, com direito a abas no tanque, lhe distanciam visualmente da concorrente da Honda.
Esta é a segunda geração da YBR, lançada em 2009, e movida pelo mesmo motor de 125 cm³ e 10,2 cv a 7.500 rpm. Confortável, ágil e esperta na cidade, também manda bem na economia, com médias de consumo na casa dos 40 km/litro. Já na estrada ela deixa a desejar na potência, motivo pelo qual no mesmo ano a Yamaha lançaria seu motor de 150 cm³ e injeção eletrônica, bem mais ‘esperto’, dando origem à Fazer 150. Relembre o teste com a Factor 125.
Prós: Visual; Bom nível de acabamento; Economia.
Contras: Desempenho em rodovia; Alimentação por carburador.
4) Quer versatilidade? Honda Bros 150 ESD 2005 (R$ 4.832)
Como as motos trail costumam custar mais que suas ‘irmãs street’, não teve jeito: para manter o preço na casa dos R$ 5 mil tivemos de despencar nossa régua lá para 2005. Apesar dos 16 anos de experiência (e uso), a Bros 150 ESD pode ser uma boa opção para quem quer uma moto com a robustez de uma CG e um extra: longo curso de suspensões.
São 180 mm de curso na frente e 150 mm atrás, que garantem uma experiência bem mais confortável na cidade do que a oferecida pela CG. Além disso, o conjunto equipado com pneus de uso misto tem ótimo desempenho em estradas de terra. Por fim, destaque ao bom desempenho do motor, o mesmo monocilíndrico, OHC, de 149 cm³ da CG 150 da época. Com ele, a Bros entregava 14 cv e 1,36 kgf.m de potência e torque máximos.
Prós: Versatilidade; Economia; Conforto no asfalto ou na terra.
Contras: Visual ultrapassado; Tempo de uso (16 anos); Alimentação por carburador.
5) Street sport: Yamaha Fazer 250 2006 (R$ 5.594)
E lá vamos nós extrapolar um pouco o teto de R$ 5 mil novamente. Mas é por uma boa razão, afinal a Fazer 250 revolucionou o segmento a ser a primeira moto ‘pequena’ do Brasil a adotar injeção eletrônica de combustível.
E o conjunto alimentação e motor é seu grande ponto forte. Tanto é que a atual Fazer ABS, vendida em pleno 2021 por cerca de R$ 18 mil, ainda adota o mesmo propulsor monocilíndrico, arrefecido a ar e óleo, de 249 cm³ que entrega 21 cv e 2,1 kgf.m de torque máximos. No nosso teste, ela também agradou pelo consumo urbano (acima dos 30 km/litro) e ciclística. O principal ponto negativo ficou no visual, que já nasceu ultrapassado.
Prós: Motor; Economia; Baixo índice de manutenção; Facilidade de encontrar peças.
Contras: Consumo em tocada esportiva; Visual, com direito a painel analógico e rodas de raios curvos; Pouco acima dos R$ 5 mil.
6) Scooter: Suzuki Burgman AN 125 2010 (R$ 4.078)
O Burgman 125 é um precursor no Brasil, podendo ser apontado como um dos primeiros scooter de 125 cm³ a fazer sucesso por aqui. Assim, liderou o processo de popularização dos scooter pequenos, práticos e econômicos, hoje representados por Elite 125, Neo e outras opções.
Ele chegou em 2006 como AN 125 Burgman e permaneceu no mercado até 2010, dois anos antes de ressurgir como Burgman i 125, com visual levemente atualizado e injeção eletrônica. Entretanto, o antigo é mais potente, com 12,3 cv e 1,1 kgf.m de torque contra 9 cv e 0,95 kgf.m. Só o consumo que nos decepciou um pouco – relembre.
Prós: Praticidade; Compartimento para capacete sob o assento; Baixa manutenção; Desempenho para a proposta.
Contras: Último ano da primeira geração; Consumo (alto, para um scooter da categoria).
7) Esportividade: Kasinski Comet GT 250 2008 (R$ 5.120)
Com um orçamento tão limitado é claro que não encontraríamos uma Ducati V4S, certo? Aliás, até da carenagem integral nós tivemos de abrir mão. Mas que conseguimos encontrar um moto divertida por R$ 5 mil, conseguimos.
A Comet GT 250 foi uma das primeiras motos da ‘nova geração’ da Kasinski e nos surpreendeu em nosso primeiro teste, ainda em 2005. A ciclística é beneficiada pela suspensão dianteira invertida, enquanto o visual esportivo ganha pontos pelo chassi exposto e banco em dois níveis. Mas seu diferencial está no motor, um V2 arrefecido a ar e óleo que entrega 28 cv a 8.500 rpm, suficiente para levar a moto até perto dos 180 km/h.
Prós: Desempenho; Freios à disco nas duas rodas; Estabilidade.
Contras: Dificuldade de encontrar peças de reposição; Custo elevado de manutenção; Baixo nível de acabamento;