uma Ducati pra chamar de sua
Se você for muito exigente e acha que uma Ducati não é o suficiente, você precisa conhecer a NCR. Uma fábrica italiana especializada em motos personalizadas, com fabricação quase artesanal.
Cena típica em uma cidade italiana
Eu nem perguntei o preço pois, além de ter torcido o pé na viagem, poderia disparar uma angina de peito. É de arrepiar o que esses camaradas conseguem fazer com aquilo que já é cabuloso de fábrica.
O centro de gravidade de um motobambini
Se nosso bravos motoboys utilizassem em suas entregas scooters ao invés de motos, poderiam facilmente resolver o problema do centro de gravidade, que em algumas motos de frete fica exatamente em cima da rabeta.
Um jeito Marlon Brando de ser
Realeza é coisa de inglês. A realeza é clássica. E clássica é Triumph, a moto que ajudou Marlon Brando encarnar o personagem rebelde sem causa do filme The Wild One. E a Triumph veio pra cutucar o mercado norte-americano com as Rockets preparadas no mais puro estilo gringo
Os motociclistas europeus nunca estão contentes. Como eu sabia que a mídia especializada ia cobrir tudo no stand da BMW, fui visitar o stand vizinho, da empresa Wunderlich. Esses caras são autorizados pela BMW para embonecar ainda mais as alemãs. O que era bom ficou ainda melhor.
Aranha Bávara
O destaque ficou para a K1200R Caranguejeira. Tive que me segurar quando ouvi o alemão pronunciando “Carrãnguejêrra”. Isso é que é globalização! O sugestivo nome é uma analogia direta, pois a cara da moto ficou com um aspecto meio aracnídeo, cheio de olhos, além de ser toda preta.
Outra sacada foi uma homenagem as R100S, uma citação a essas clássicas BMW´s que fizeram muito sucesso nos anos 70 e se tornaram referenciais. Os designers foram muito felizes nessa 1200.
A moto perfeita para ir de Jundiaí ao Cazaquistão sem muita preocupação. É isso que dá melhorar uma Adventure. Eu não entendi muito bem o papo que levei com uma cara da empresa, afinal não entendo lhufas de alemão, mas parece que um sujeito foi até a Tailândia com um modelo semelhante. Moleza…
É de pequeno que se torce o pepino
Pra italianada motoca é um assunto sério. O papai explica pro filhinho como as crianças nascem e depois a história da Guzzi, da Ducati, do Agostini, do Rossi. Interessante foi notar famílias inteiras visitando o salão, ou seja, não é um assunto eminentemente masculino. Mães explicavam detalhes sobre as pequenas Polinis para os bambinis e também explicavam que não tem dinheiro para comprar aquelas belezinhas (isso eu já vi aqui). As mini motos são mini apenas no tamanho, pois contam com um acabamento de gente grande!
Muito comum em salões como esse é a própria montadora tunar a moto que acabou de lançar. Pegaram pesado no lançamento da Honda, aquele que você ficou sabendo no meu artigo passado.
Calma, ainda é um protótipo, um conceito, se vacilar era um mockup aquilo que eu vi. Mas deu pra ter uma idéia do que a Yamaha pretende. Enfiado num túnel escuro estava o futuro da V-Max. Foi difícil fotografar, mas deu pra perceber que a coisa ainda está verde, afinal nem banco tinha o protótipo, apenas uma forma inicial em fibra. São aqueles conceitos que as fábricas usam para sondar o mercado.
Estava lá o Fuoco, mega-scooter que segue o conceito do MP3. Não, ninguém copiou ninguém, é que a Gilera, marca que trouxe essa máquina ao salão, também faz parte do grupo Piaggio. Posso garantir pelo que vi no salão e nas ruas que esse conceito veio para ficar. Eu dei um rolê em um MP3 em circunstâncias não usuais (por isso não fotografei) e a sensação é indescritível. A novidade do Fuoco é que o bichinho tem 500cc e é o mais nervoso dos três-rodas no momento.
Bastou passear pelo stand da Benelli para entender o que é conceito estético, pesquisa, metodologia de projeto, design, ousadia e criatividade. Reparem nessa TNT:
Ela voltou
Como esse assunto está sendo comentado por todos, não podia deixar de contribuir com umas fotos despretensiosas. Em resumo, a nova Ténéré já é um sucesso na Europa. Se vem para o Brasil? Não sei, mas pela pasmaceira do mercado local, não tenho fé…