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Reúna a agilidade característica da Lander, o design robusto da XT 660R e a versatilidade e conforto da Ténéré 250 e você terá a nova Yamaha XTZ 250 Lander 2019 ABS. A Yamaha apresentou a nova moto e enfatizou essa mistura do “melhor de cada produto” para resumir como é a moto que está na foto aqui abaixo.

Para a Yamaha, a nova geração da Lander 250 é uma fusão do melhor de três de seus modelos: agilidade da Lander, robustez da XT 660R e conforto da Ténéré 250

Para a Yamaha, a nova geração da Lander 250 é uma fusão do melhor de três de seus modelos: agilidade da Lander, robustez da XT 660R e conforto da Ténéré 250

A nova moto chegará às lojas na segunda quinzena de janeiro, com preço ainda a ser divulgado. Entretanto, a Yamaha garante que ele será “muito competitivo” e mostrou sua preocupação com a relação custo x benefício da moto em alguns fatores, como na adoção do ABS de um canal (apenas na roda dianteira) ao invés do integral.

A Lander segue e mesma receita que a consagrou como uma on/off-road robusta, versátil e confiável, mas, agora, com mais conforto

A Lander segue e mesma receita que a consagrou como uma on/off-road robusta, versátil e confiável, mas, agora, com mais conforto

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Leia também os testes com a geração anterior
O xis da questão: Yamaha XTZ Lander ou Honda XR Tornado (2006)
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Teste Yamaha Lander (2012)

Teste XTZ 250 Lander: divertidamente trail (2016)

Lander 250: estratégia

Nosso test-ride com a moto teve um roteiro bem planejado, misturando trechos de terra, rodovia, estradas sinuosas e perímetro urbano. Simulou com fidelidade os usos que o modelo terá nas ruas (e fora delas) do Brasil. Mas antes de falar sobre as impressões é interessante fazer duas observações.

Primeira: a nova Lander aposenta a Ténéré 250. “A Yamaha tem plena convicção de que com a nova Lander conseguimos atingir os dois públicos, o da Lander e da Ténéré. Isso porque ela tem as qualidades que o modelo já possuía e também o conforto da Ténéré”, afirmou Helio Ninomiya, gerente de marketing e planejamento comercial, durante a apresentação da nova moto.

Segunda: a construção da XTZ 250 (agora podemos chamar assim, já que não há mais divisão entre Lander e Ténéré) foi baseada numa extensa pesquisa de mercado. Segundo a Yamaha, a opinião dos consumidores foi amplamente considerada no processo de criação da nova moto, seja através de redes sociais ou de pesquisa de mercado. Este trabalho determinou todas as características (mecânicas ou estéticas) da nova Lander.

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Black Eclipse

Black Eclipse

Lander estará disponível em preto (Black Eclipse)...

Sports White

Sports White

... em branco (Sports White)...

Competition Blue

Competition Blue

... e no tradicional azul (Competition Blue)

Yamaha XTZ 250 Lander 2019 ABS

A Lander 250 ABS herdou alguns elementos de sua geração anterior, incluindo o motor e câmbio – de cinco marchas, que administra os mesmos 20,7 cv (a gasolina), e rodas (de 21 polegadas na dianteira e 18 na traseira). Já da Ténéré 250, recebeu as suspensões (com 220 mm de curso na frente e 204 mm atrás), mas agora o amortecedor traseiro é a gás. E tem mais novidades.

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As principais dela são visuais que, propositalmente, remetem o modelo à XT 660R – que saiu de linha no início do ano e deixou grande número de fãs na saudade. Isso se deve, principalmente, à nova dianteira, com grandes aletas no tanque (de ótimo acabamento, aliás), proteções plásticas nas bengalas e novos farol (de LED) e carenagem. Talvez pelas fotos as semelhanças entre XTZ e XT não sejam tão perceptíveis, mas ‘ao vivo’ são, pode acreditar.

Kit tour

Kit tour

Para cumprir a missão 'aventureira', kit será vendido separadamente com bauletos (de 33 e 35 litros), protetor de motor e parabrisa. Preço ainda não foi divulgado

Farol...

Farol...

Farol (em LED) e carenagens do motor remetem à XT 660R

... e lanterna em LED

... e lanterna em LED

Lanterna é a mesma da Ténéré 250. Setas não são em LED

Tanque de 13,6 litros

Tanque de 13,6 litros

A capacidade subiu de 11 para 13,6 litros. Tanque tem bom acabamento e, enfim, tampa estilo aviação

Bom banco

Bom banco

Largo, com espuma de boa densidade e espaço para piloto e garupa

Novo painel

Novo painel

De fácil leitura, agora tem mostradores de consumo instantâneo o médio

O chassi continua do tipo berço semi-duplo, mas é novo e tem um sub-chassi mais resistente – o que deve acabar com as eventuais trincas que levam os proprietários de Lander e Ténéré a comprarem reforços. O tanque também é novo e tem capacidade ampliada (de 11) para 13,6 litros. O painel segue totalmente digital e recebeu outro layout, assim como os funcionais indicadores de consumo médio e consumo instantâneo.

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Falta de ABS aposenta Yamaha XT 660R (2018)
Moto teste: Yamaha XTZ 250 Ténéré (2016)
XRE 300 x Ténéré 250: comparativo de quem tem (2015)

Rodando com a moto

A nova Lander 250 seguiu as mesmas premissas (compartilhando vários componentes, inclusive) que a geração anterior. Na prática, isso significa que o modelo continua cumprindo com êxito seu papel de moto on/off-road, passando confiança em qualquer situação – mas agora com mais conforto.

Segundo a Yamaha, o perfil de cliente da Lander é predominado por homens, de 25 a 40 anos, que usam a moto para locomoção durante a semana (rodando de 40 a 50 km/dia) e em pequenas viagens de lazer. Assim, ela é usada principalmente no asfalto das cidades – o que explica a adoção do paralama rente à roda dianteira.

No trânsito urbano, ponto para a agilidade. A moto esterça bem e não impõe qualquer dificuldade para desviar de buracos ou trafegar em corredores, por exemplo. Na rodovia, gol da ciclística. As suspensões passam segurança para mudanças de trajetória e estabilidade para contornar curvas – fazendo de qualquer estrada sinuosa um parque de diversões.

Já para os militantes do off-road, a Lander segue agradando muito em terrenos ruins. Apesar de ter dois níveis, o banco não limita os movimentos do piloto (você não vai usar a moto em costelas de motocross, né?) e o motor empurra com vigor, especialmente nas três primeiras marchas. Mesmo assim, para pilotar em pé, o tanque mais largo causa ligeira estranheza para quem já rodou com a geração antiga, quase tão esguia como uma moto de trilha.xtz250-lander_geometria

Pontos fortes

Economia: o ótimo resultado neste quesito é mérito do conjunto motor, alimentação e câmbio. Mesmo em uso severo, como nas espichadas de segunda e terceira marchas na terra, o indicador de consumo médio nunca marcou menos de 31 km/l. Já na rodovia, em velocidade de cruzeiro, chegou a ultrapassar os 35 km/l. Com o tanque de 13,6 litros irá garantir cerca de 450 km de autonomia.

ABS de uma via é suficiente para parar a moto com segurança e não compromete as derrapagens na terra

ABS de uma via é suficiente para parar a moto com segurança e não compromete as derrapagens na terra

Banco: o segundo lugar vai para ele, incomparavelmente mais confortável que o esguio assento da versão anterior. É largo, de boa densidade e em dois níveis.

Freio: o ABS de um canal (na roda dianteira) é suficiente para passar segurança ao piloto e parar a moto em qualquer situação. Ele faz esquecer o sistema dianteiro borrachudo do modelo anterior. Além disso, permite liberdade para as derrapagens controladas de roda traseira na terra e irá baratear o modelo – assim esperamos.

Garantia de 4 anos: reforça a credibilidade do modelo. Há, também, o programa Revisão Preço Fixo (através do qual o cliente sabe quanto gastará com as revisões periódicas até antes de comprar a motocicleta) e peças da linha YTEQ (pastilhas dos freios dianteiro e traseiro e relação secundária) com preço reduzido.

Não gostamos

Motor: ok, ele é econômico e isso é indiscutivelmente bom, mas a Lander está no mercado desde 2007 e seu coração merecia uns cavalinhos a mais – algo amplamente aclamado pelo público que, inclusive, alimentava rumores de uma nova Lander/Tenere equipada com o motor da MT 03.

Quem achou que a Lander ganharia força depois de 12 anos de produção, errou. O motor é o mesmo da geração anterior

Quem achou que a Lander ganharia força depois de 12 anos de produção, errou. O motor é o mesmo da geração anterior

Rodas (ainda) em aço: Que o alumínio é mais leve e resistente que o aço, todos sabemos. A Honda XR 250 Tornado tinha balança e rodas em alumínio desde 2001, quando foi lançada. A concorrente Lander 250 surgiu em 2007 e empregou aço, recebendo críticas dos usuários. As reclamações continuaram em 2010, no lançamento da Ténéré. E, em 2019, nada de alumínio.

Bem que as rodas e balança poderiam ser em alumínio nessa nova geração, né?

Bem que as rodas e balança poderiam ser em alumínio nessa nova geração, né?

Câmbio: se ele extrai bom desempenho dos modestos 20 cv do propulsor, por outro lado carece de uma sexta marcha. Sua existência garantiria menos rotações (vibrações e até um consumo ainda melhor) em velocidade de cruzeiro. Essa preocupação com o uso em viagens deve ser levada em consideração porque agora a Lander é a única moto média de uso misto da marca e tem a missão de amparar os órfãos da Ténéré – o que nos leva ao próximo tópico.

Lander ou Ténéré

Fim da Ténéré: que fique claro logo de início, este ponto é totalmente pessoal. Apesar de dividirem o mesmo chassi, motor, câmbio – e mais cem itens, Lander 250 e Ténéré tinham características diferentes entre si, o que segmentava seus públicos. Unificar as duas motos numa só não é tarefa fácil. Além disso, arrancaria lamentos dos órfãos de um dos dois modelos, invariavelmente.

A grife Ténéré deu novo fôlego à família XTZ em 2010 e se tornou figura carimbada em viagens Brasil (ou seria América do Sul?) afora. Agora, modelo 'transfere seu conforto' à Lander e sai de linha

A grife Ténéré deu novo fôlego à família XTZ em 2010 e se tornou figura carimbada em viagens Brasil (ou seria América do Sul?) afora. Agora, modelo ‘transfere seu conforto’ à Lander e sai de linha

Mas eu ficaria com a Ténéré. Pra mim, ela representa uma das maiores grifes que a Yamaha construiu ao longo de sua história – assim como ocorreu com a sigla “RD”. Significa deserto na linguagem tuaregue, é o nome de uma região do Saara, move aventureiros pelo mundo há mais de 30 anos e, não à toa, batizou a aguardada Ténéré 700 (que podia se chamar XT 700, simplesmente, por exemplo).

Falando das XTZ 250, a Ténéré sempre foi responsável pelo maior número de vendas, mesmo custando um pouco mais (R$ 16.490 ante R$ 15.690 da Lander, atualmente, em preços sugeridos). Isso porque é mais refinada (melhor acabamento, banco, parabrisa, tanque), carrega a simbologia da linhagem Ténéré, tem porte maior e está mais próxima (em design e proposta) da principal concorrente, Honda XRE 300.

Mas não vou dizer que a Yamaha errou, de forma alguma. Esta é a minha opinião e, como eu disse antes, todo o desenvolvimento da nova Lander (e não nova Ténéré) levou em consideração a opinião de um grande número de usuários. A voz do povo é a voz…

VENDAS – LANDER E TÉNÉRÉ

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 (até novembro)
Tenere 9.643 9.198 8.614 7.637 8.740
A partir de 2016 a Fenabrave deixou de considerar as vendas dos modelos individualmente, contabilizando Lander e Ténéré apenas como ‘XTZ 250’, e a Yamaha também não o informa separadamente. Assim, não é possível afirmar com precisão quantas unidades de cada modelo foram vendidas. Mesmo assim, historicamente a Lander foi responsável em média por 41% das vendas das “XTZ 250”
Lander 5.738 6.342 6.720 6.832 5.030
TOTAL 15.381 15.540 15.334 14.469 13.770 10.324 11.531 10.566
Fonte: Fenabrave (emplacamentos)

Relembre a história

Eu não poderia ter a audácia de encerrar esta reportagem sem fazer um breve histórico da Lander. Por isso, se você acompanhou até aqui, pare tudo o que está fazendo e releia o memorável teste que fizemos com o modelo em 2006, quando rodamos mais de 2 mil quilômetros para compará-lo com a Honda XR 250 Tornado. Clique aqui.

Relembre o memorável teste de 2006, quando rodamos 2 mil quilômetros para comparar Lander 250 e Tornado

Relembre o memorável teste de 2006, quando rodamos 2 mil quilômetros para comparar Lander 250 e Tornado

Converse alguns minutos com alguém que já teve uma Lander 250 na garagem e ouvirá vários elogios sobre sua versatilidade, robustez, economia, força em baixas rotações. No início de 2018 colocamos todos estes atributos à prova numa viagem de 1.200 km com uma Lander para São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul, rota para o Atacama e Cordilheira dos Andes. Leia a reportagem aqui.

A Lander 250 sempre foi sinônimo de robustez e versatilidade. Apta para encarar qualquer cenário, decidimos rodar 1.200 quilômetros com uma levando-a à São Miguel das Missões - rota para o Atacama e Cordilheira dos Antes

A Lander 250 sempre foi sinônimo de robustez e versatilidade. Apta para encarar qualquer cenário, decidimos rodar 1.200 quilômetros com uma levando-a à São Miguel das Missões – rota para o Atacama e Cordilheira dos Antes

Já no último teste que fizemos, em 2016, afirmamos que ela é “uma moto com personalidade, que mostra suas melhores qualidades na pilotagem, tem um estilo genuinamente On/Off Road. Esse é seu diferencial”.  É uma moto bem acertada e que sentiu pouco (mais no visual) a passagem dos 12 anos em que esteve no mercado sem alterações significativas. Agora, veremos como se sai a nova geração…

Em 2016 testamos a 'divertidamente trail' Lander 250. Uma genuína on/off-road

Em 2016 testamos a ‘divertidamente trail’ Lander 250. Uma genuína on/off-road

Conclusão

Este foi apenas um contato inicial com a nova Lander 250. A moto segue a receita que a consagrou como um modelo de uso misto versátil, confiável e robusto, mas agora com mais conforto e algumas atualizações importantes, como os indicadores de consumo no painel.

É verdade que ela poderia ter recebido outras melhorias aguardadas pelo público (como rodas em alumínio e motor mais forte), mas por outro lado a Yamaha talvez tenha ‘economizado’ algumas alterações para não comprometer o preço final do produto e quem sabe dar mais vida útil à nova moto deixando para os anos adiante introduzir novidade na moto. Tudo é uma relação de custo e benefício. Agora, é aguardar para ver o valor que estará etiquetado nas concessionárias e torcer pelo sucesso do modelo que representará a exitosa família XTZ 250 pelos próximos anos.

Ficha Técnica Yamaha XTZ 250 Lander ABS 2019

MOTOR

Tipo 4 tempos, SOHC, refrigeração a ar, 2 válvulas
Quantidade de cilindros 1 cilindro
Capacidade cúbica 249,5 cm³
Diâmetro x Curso 74 x 58 mm
Taxa de compressão 9,8 : 1
Potência máxima 20,7 cv a 8000 rpm (Gasol.) – 20,9 cv (Etanol)
Torque máximo 2,1 kgfm a 6500 rpm (Gasolina e Etanol)
Sistema de lubrificação Cárter úmido
Alimentação Injeção Eletrônica Blueflex (bicombustível)
Embreagem Multi-disco, úmida
Câmbio 5 velocidades
Sistema de ignição TCI
Sistema de partida Elétrica
Transmissão primária Engrenagens
Transmissão secundária Corrente / coroa de 40 dentes e pinhão de 13
Combustível Gasolina / Etanol
Bateria 12V x 6Ah

CHASSI

Tipo do Chassi Berço semi duplo em tubos de aço
Suspensão dianteira / Curso Garfo telescópico 41 mm de diâmetro / 220 mm
Suspensão traseira / Curso Monocross com link / 204 mm
Freio dianteiro Disco de 245 mm de diâmetro com ABS
Freio traseiro Disco de 203 mm de diâmetro
Pneu dianteiro Metzeler Tourance 80/90 – 21M/C 48S
Pneu traseiro Metzeler Tourance 120/80 – 18 M/C 62S

DIMENSÕES

Comprimento x Largura x Altura 2.150 X 815 X 1.210 mm
Distância entre eixos 1.385 mm
Altura do assento 875 mm
Altura mínima do solo 270 mm
Trail 103 mm
Caster 26,8º
Peso seco 143 kg
Capacidade do óleo do motor 1,55 litros
Capacidade do tanque de combustível 13,6 litros (4,1 litros reserva)
Painel de Instrumentos Painel digital com indicadores de consumo médio, consumo instantâneo, velocímetro, hodômetro total e dois parciais (TRIP-1 e TRIP-2) e “Fuel Trip” (que indica a quilometragem rodada na reserva); relógio, luzes indicadoras de piscas, farol alto, neutro e alerta de motor e do sistema Blueflex
Cores Competition Blue (Azul) / Black Eclipse (Preto) / Sports White (Branco)
Preço A divulgar em Janeiro/2018

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Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.rp>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza