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Nos últimos dias, quem tem circulado por São Paulo percebe que determinadas regiões o trânsito está bem pior do que o normal. Essa observação simples e época de festas de final de ano me inspiraram para escrever esta rápida reflexão sobre o nosso comportamento. Afinal, somos bombardeados o ano todo por datas especiais que nos influenciam para fazermos determinadas coisas ou assumirmos comportamentos específicos. Muitas são datas meramente comerciais, como o dia das mães, dos pais, das crianças, do professor e por aí vai…. Outras são emocionais e religiosas, mas mantém o caráter comercial por trás, como Natal, Páscoa, Carnaval, Semana Santa…..

Mais recentemente surgiram outras datas: Semana do Orgulho LGBT, Outubro Rosa, Novembro Azul, Semana Nacional do Trânsito e por aí vai. Tudo bem, são apenas tentativas de chamar nossa atenção a coisas obvias de nosso cotidiano e que nós esquecemos. Respeitar as diferenças, sermos mais tolerantes, sermos mais solidários, enfim, corrigirmos nosso comportamento.

Lembre-se: você leva a sua educação para o trânsito

Lembre-se: você leva a sua educação para o trânsito

Lembro que a Semana Nacional do Trânsito, período instituído pelos organismos públicos (nacionais e internacionais) que cuidam do assunto, milhares de ações acontecem em todo o Brasil (e no mundo) promovidas por empresas e instituições públicas e privadas para chamar atenção para o tema que nos toca de forma indiscriminada e diariamente. Sim, nos toca de forma indistinta porque antes de tudo somos pedestres e fazemos parte do trânsito. Portanto, não importa qual veículo você usa nem como se movimenta pela cidade. Mover-se é uma preocupação de todos.

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Para nós motociclistas aqui no Brasil, as ações mais comuns são as educativas, que oferecem dicas para manutenção no veículo para prevenir acidentes, sugerem a troca periódica dos equipamentos de segurança pessoal, falam sobre educação no trânsito, comportamento ao volante, sobre evitar bebidas alcoólicas antes de pilotar ou dirigir, distribuem folhetos em escolas, nos semáforos, nos pedágios das rodovias, realizam blitz em locais de grande circulação, um infinidade de iniciativas exortando a todos para a convivência harmoniosa nas ruas e estradas deste nosso Brasil.

Só que aqui no Motonline todos os dias são dedicados à Segurança no Trânsito, principalmente a dos motociclistas, que estamos entre as maiores vítimas do trânsito e continuamos sendo tratados como os maiores vilões. Para mudar isso, decisões governamentais ou campanhas educativas não tem qualquer efeito se a mudança não ocorrer em cada um de nós. Como mencionou o professor Amaral no artigo publicado no Motonline “Segurança viária: de quem é a responsabilidade“, precisamos aprender a administrar os erros dos outros, mas sem esquecer dos nossos. Sim, nós erramos!

Então, pare e pense:

1 – VOCÊ NÃO ESTÁ COMPETINDO. Competir na rua é perder sempre.

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2 – SUA MOTO NÃO É UMA ARMA. Agressão gera agressão.

3 – ESQUEÇA QUE VOCÊ TEM RAZÃO. No confronto, você e sua moto sempre levarão a pior.

4 – TODO MUNDO ERRA. INCLUSIVE VOCÊ. Seja tolerante.

5 – ADOTE POSTURA CORDIAL E EDUCADA. Gentileza gera gentileza.

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6 – RESPEITE TODOS OS LIMITES. Da sua moto, das vias, os seus próprios e o dos outros.

Ah, e fica a dica:

“Não existe educação de trânsito. Você leva a sua educação para o trânsito”.

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Sidney Levy
Motociclista e jornalista paulistano, une na atividade profissional a paixão pelo mundo das motos e a larga experiência na indústria e na imprensa. Acredita que a moto é a cura para muitos males da sociedade moderna.