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Cerca de um milhão de pessoas que circulam por dia pela área do Maracanã e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) conta, desde janeiro, com a ajuda de um policiamento ostensivo feito por quadriciclos do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), do Batalhão de Choque da Polícia Militar durante toda a semana.

Este serviço foi criado pelo Gepe, segundo seu comandante, major João Jacques Busnello, para manter em atividade a corporação, entre os eventos que acontecem no estádio, e para ajudar o 6º BPM no policiamento da área.

O comandante do Gepe explica que os quadriciclos eram inicialmente utilizados para ajudar o policiamento interno do Maracanã nos dias de jogos. Como o Maracanã é extenso, os quadriciclos facilitam o deslocamento entre os setores do estádio.

– Logo vi que também poderiam ser usados no policiamento externo entre um jogo e outro, pois é intensa a movimentação de pessoas nesta área diariamente – afirmou Busnello.

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Com velocidade média de 40 km/h, os veículos trouxeram mais segurança para as pessoas que freqüentam a região. Além de visitantes, funcionários e freqüentadores do Complexo do Maracanã, constituído pelo estádio de futebol, Maracanãzinho, Parque Aquático Julio Delamare, Estádio de Atletismo Célio de Barros, a região compreende a Uerj, Universidade Veiga de Almeida, Petrobras, Cefet, Hospital Universitário Pedro Ernesto, estações de trem e de metrô, pontos de ônibus e centenas de prédios residenciais e comerciais.

– O retorno foi imediato. Não temos como quantificar em números, mas nosso medidor é o elogio generalizado das pessoas que moram, estudam e trabalham nesta área que nos chega através de cartas, e-mails e de própria voz. Elas estão satisfeitas, mas querem mais. A tendência é expandir o serviço para outros pontos da área -adiantou.

Segundo Busnello, os tipos mais comuns de delitos na região são assaltos a pedestres e motoristas em sinais de trânsito e tráfico de drogas.

– Na quinta-feira passada, apreendemos 500 gramas de maconha na porta da Uerj. Já prendemos pessoas traficando cocaína, portando armas e estupradores. Sem falar que a presença dos policiais motorizados inibe a ação criminosa – complementou o comandante do Gepe.

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Dos 260 policiais do grupamento, 20 foram destacados exclusivamente para o policiamento motorizado. A cada dia, quatro deles fazem as rondas preestabelecidas, com ênfase em momentos e pontos mais críticos do dia. Cada quadriciclo custou R$ 28 mil à PM. Busnello, que considera o sistema o substituto ideal para o policiamento a cavalo, por ser mais eficiente, ágil e barato, acredita que ele deve ser expandido para outros lugares de risco, como praças, Lagoa Rodrigo de Freitas e Aterro do Flamengo.

Antes do Maracanã, o esquema de policiamento motorizado foi implantado na orla marítima carioca. O 23º BPM (Leblon) possui três quadriciclos e quatro carros elétricos; o 19º BPM (Copacabana), seis quatriciclos e três carros elétricos; e o 31º BPM (Barra), um quadriciclo.