A fabricante italiana de motos elétricas “Energica Motor Company” está fechando as portas. A marca encerra assim a história de uma década, entre as líderes mundiais das motos alternativas à combustão de alto desempenho.

Marca de motos elétricas encerra atividades

Em um comunicado divulgado, a Energica divulgou a abertura de uma liquidação judicial de falência, permitindo assim o pagamento de credores. Em resumo, a empresa está fechando as portas e deixando as atividades.

Energica EVA Ribelle
Energica construía modelos de motos elétricas de alta potência como a EVA Ribelle

Segundo a marca, um dos motivos do fim se deve a uma “reversão no mercado e na cadeia de suprimentos”, juntamente com uma “crise no nicho das motos elétricas”. Enfim, tudo isso somado, conforme o comunicado, a um declínio nos investimentos do setor.

Diante de um colapso financeiro, a decisão da empresa foi confirmada durante uma reunião do conselho, em 14 de outubro. Contudo, curiosamente o encerramento das atividades acontece no momento em que a marca atingia o maior volume de vendas e receitas dos últimos anos.

moto elétrica Experia
Marca havia alcançado sucesso no mercado como modelos como a sport tourig elétrica Experia

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Empresa foi pioneira

A princípio, a Energica foi fundada em 2014 e logo entrou para o nicho das marcas de motos elétricas de alta capacidade. A história da empresa começou com modelos como a Ego + RS, que ostentava 170 cavalos e fazia de 0-100 km/h em apenas 2,6 segundos – graças à sua bateria de íons de lítio de 21,5 kWh.

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Energica bateu recorde ao realizar a maior viagem de moto elétrica do mundo, com o modelo EsseEsse9 RS

Em seguida, com o sucesso da Ego, a marca lançou a naked Eva, em 2015. Depois disso, veio a versão EsseEsse9 de estilo retrô, em 2017 e a Eva Ribelle, em 2020. Em 2022, a Energica lançou a tourer Experia, que impulsionou um recorde de vendas.

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Energica criou a primeira moto elétrica usada na MotoE, onde corre o brasileiro Eric Granado

Com esse sucesso no desenvolvimento de motos elétricas, ainda em 2019, a marca se tornou a primeira fornecedora exclusiva da categoria elétrica da MotoGP, a MotoE. Enfim, a empresa serviu o campeonato por quatro temporadas consecutivas, até dar lugar a nova moto elétrica da Ducati.

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Jornalista especializado em cultura e esporte sobre rodas. [email protected]
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