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A Virago 250 foi uma uma moto custom de baixa cilindrada produzida pela Yamaha. À venda no Brasil de 1995 a 2002, recebeu o apelido de Viraguinho por ser o menor modelo da família que contava ainda com as Virago 535, 750 e 1100. Relembre sua história no nosso review, assim como seu preço e números de potência e consumo.

XV 250, a ‘nossa’ Virago 250

A XV 250 Virago foi criada no final de 1989 e logo se tornou um sucesso entre as custom, ou cruiser, de até 250 cilindradas. Desta forma, rivalizou com vários modelos e marcas, em especial com a também japonesa Suzuki Intruder 250.

Yamaha XV 250 Virago fez seu nome no mercado, sendo lembrada e procurada por entusiastas até hoje

No Brasil as primeiras Virago 250 vieram mediante importação pela própria Yamaha, em 1995. Diante da boa aceitação do públuci já em 1997 a marca decidiu nacionalizar o produto.

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A Virago 250 valia a pena para quem queria rodar com estilo e economia, seja pelo consumo dentro do padrão para a época ou resistência mecânica do conjunto

Como uma boa custom ela apostava sobretudo no estilo esguio e adotando vários cromados, carregando consigo a fama da família Virago. E fazia jus ao rol, já que, assim como as ‘irmãs’, era movida por um motor V2. O propulsor arrefecido a ar desenvolvia 21,49 cv a 8.000 rpm e 2,1 kgfm de torque a 6.500 rpm.

Esguia e com muitos cromados, design da Viraguinho seguia o caminho traçado pelas irmãs maiores

O conjunto contava com câmbio de 5 marchas e conseguia manter velocidade de cruzeiro na casa dos 110 km/h. Já o consumo girava em torno dos 25 km/litro, número satisfatório para a categoria na época. Assim, a Viraguinho era uma boa companhia para quem queria rodar com estilo na cidade ou em pequenas viagens.

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Fim da família Virago

A família Virago deixou o Brasil aos poucos. A 750 saiu em 1997, dois anos antes da 1100. Em 2002 foi a vez das 250 e 535 deixarem a cena. Nesta época a Yamaha já comercializava sua nova geração de motos custom, as XVS, começando pelas 650 e 1100 Drag Star, que chegaram em 1997 e 2000, respectivamente.

Ao lado da 250, a Virago 535 (foto) foi a última da família Virago a deixar o Brasil

A última a chegar por aqui foi a XVS 950 Midnight Star, em 2009. O modelo foi descontinuado no país em 2016, ano em que a Yamaha optou por não oferecer mais produtos no segmento custom, seguindo o mesmo caminho trilhado por outras fabricantes.

Virago 250 à venda – e nova!

Mas atenção, fãs da Virago 250: nem tudo está perdido. Ao menos não para quem pode rodar de moto fora do país. Isto porque a Viraguinho segue em produção até hoje em mercados como os Estados Unidos, onde é vendida com o nome de V-Star.

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Yamaha V-Star segue viva em alguns mercado no exterior

Na prática, trata-se de uma atualização que manteve praticamente todas as características e componentes da antiga XV. O motor segue o mesmo e, inclusive, ainda é alimentado por carburador. Do mesmo modo, os freios não contam com ABS e o traseiro é a tambor. Nós já falamos da V-Star no Motonline e você pode relembrar o assunto aqui.

Estilo, motor, durabilidade: pontos fortes da Virago

O principal apelo da XV 250 Virago era o seu estilo custom e design bem resolvido. Assim, se diferenciava nas ruas das demais motos de – nem tão – pequena cilindrada. Além disso, era altamente customizável, sendo base para projetos desde os mais simples aos ousados, inspirados nas grandes motos custom importadas.

Muito estilo e potencial que despertava interesse dos fãs do estilo custom

Também pesava a seu favor o bom custo/benefício. Com fama de valente e durável, o conjunto oferecia confiabilidade aos donos que até hoje não reclamam de quebras consideradas situações não frequentes. Por fim, a boa faixa de consumo da moto satisfazia, podendo alcançar a autonomia de cerca de 25 km/l.

Pontos negativos

Embora belo, o tanque de combustível em formato de gota era pequeno, com apenas 9 litros. No quesito conforto a Virago 250 também perdia pontos, especialmente com o garupa que precisava se acomodar sobre o pequeno banco traseiro. Característica no segmento, a suspensão tinha pouco curso, com 130 mm na dianteira e 105 atrás.

Visual de estrangeira, mas ainda era uma motocicleta de baixa cilindrada e com suas limitações

Ok, ela tem fama de durável, mas achar peças de reposição pode não ser tarefa fácil, principalmente as ligadas à estética. Há quem reclame também do desempenho e, convenhamos, o conjunto poderia ter cavalaria um pouco maior e câmbio de seis marchas, o que auxiliaria em viagens.

Afinal, a Virago 250 vale a pena?

Se você procura uma moto custom barata e de bom custo benefício, sim! Entretanto, fique atento ao estado do modelo, afinal uma unidade bem conservada evita dores de cabeça.

Encontrar um modelo que não tenha sido modificado é tarefa difícil para os fãs da moto

Entretanto, os preços de Virago 250 usadas inflacionaram com o tempo, especialmente depois que o mercado parou de fabricar esta e todas as outras custom de 250. Se a moto for customizada ou estiver num estado exemplar, prepare o bolso.

A Virago 250 deixou saudades, mas você ainda pode encontrar um exemplar à venda

Apesar disto, a FIPE no dá um parâmetro do preço praticado no mercado. Segundo a tabela, o modelo 1995 tem preço médio de R$ 6.723, enquanto uma 2002 sai por aproximadamente R$ 11.021. Lembrando que são preços médios e quem irá definir o valor a ser transferido é apenas o próprio vendedor.

Para saber mais, ver a ficha técnica ou opinar sobre a Yamaha XV 250 Virago, acesse o Guia de Motos!

Ficha técnica Yamaha Virago 250

Motor
Tipo 4 tempos, 2 cilindro em V
Cilindrada 248 cc
Arrefecimento Ar
Combustível Gasolina
Potência Máxima: 21 cv a 8.000 rpm
Torque Máximo: 2.1 kgf.m a 6.500 rpm
Alimentação: Carburador
Partida: Elétrica
Transmissão: 5 velocidades
Suspensão e rodas
Suspensão dianteira: Garfo telescópico / 130 mm
Suspensão traseira: Duplo amortecedor / 105 mm
Chassi: Aço
Pneu Dianteiro: 3,00×18
Pneu Traseiro: 130/90-15
Dimensões e capacidades
Peso a seco: 139 kg
Comprimento: 2190 mm
Largura: 815 mm
Altura do Banco: 685 mm
Distância entre Eixos: 1490 mm
Capacidade do tanque: 9 litros
Preço (FIPE, janeiro de 2021)
1995 R$ 6.723,00
2002 R$ 11.021,00

Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.rp>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza