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Aos poucos os negócios da JTA (João Toledo da Amazônia) vão encorpando. No Salão Duas Rodas a Kymco apresentou no mesmo estande da Suzuki (a Kymco no Brasil é originária da J. Toledo Suzuki Motos do Brasil) o maxi scooter AK 550. Como de praxe, a Kymco não fará grandes investimentos em divulgação nem da marca, tampouco do novo produto.

A julgar pelo interesse do público pelo AK 550 durante o Salão Duas Rodas, talvez valesse a pena a os executivos da empresa pensarem em algo mais consistente, porque o novo maxi scooter gerou muita especulação quanto ao preço, principalmente depois que a Yamaha descontinuou a importação do TMax e a própria Suzuki não parece muito interessada em promover os dois Burgman 400 e 650 cc. Há ainda algumas possibilidades do lado da BMW (Sport 600, entre outros), mas isso é assunto ainda muito distante.

Assim como os SUVs, os maxi scooters têm uma proposta atraente e um tanto contraditória ao unir dois mundos. Desenvolvido para cidades e viagens, o Kymco AK 550 tem design agressivo, potência e tecnologia: suspensão invertida, ABS, modos de pilotagem, smart key, painel digital, luzes em LED, punhos aquecidos...

Assim como os SUVs, os maxi scooters têm uma proposta atraente e um tanto contraditória ao unir dois mundos. Desenvolvido para cidades e viagens, o Kymco AK 550 tem design agressivo, potência e tecnologia: suspensão invertida, ABS, modos de pilotagem, smart key, painel digital, luzes em LED, punhos aquecidos…

O maxi scooter já é comercializado na Europa há alguns meses, onde chegou com as missões de mostrar que a Kymco também é capaz de construir projetos avançados em tecnologia – e não apenas veículos de baixa cilindrada e preços populares – e de fazer frente a rivais conhecidos, como o Yamaha TMax 530. No Brasil, ele vem como modelo top de linha da marca, que também está lançando o Agility 200 (vendido a partir do primeiro semestre de 2018) e produz o Downtown 300i ABS e o Peolple GT 300. O AK 550 tem previsão de chegar às concessionárias no segundo semestre de 2018, ainda sem preços definidos.

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Kymco AK 550 – sofisticação, potência e esportividade

Desde os tempos de escola, sabemos que quem apresenta o trabalho na segunda aula tem a vantagem de saber o que os colegas já mostraram e, com base nisso, fazer algo diferente, talvez superior. Assim agiu a Kymco com o AK 550. Conhecendo seu principal rival desde o começo do desenvolvimento do novo produto, afinal o TMax foi lançado lá em 2001, a marca taiwanesa pode estudar o concorrente para encontrar os diferenciais em seu próprio projeto. A primeira amostra disto está no visual, onde o AK 550 adota formas e cores similares aos do Tmax, mas transmitindo mais agressividade.

Ronco forte do bicilíndrico prendeu a atenção do público no Salão Duas Rodas. Motor gera 54,1 cv e surpreendentes 5,67 kgf.m

Ronco forte do bicilíndrico prendeu a atenção do público no Salão Duas Rodas. Motor gera 54,1 cv e surpreendentes 5,67 kgf.m

O design imponente e esportivo do AK 550 prendem a atenção logo no primeiro olhar. Seu desenho é anguloso, pontiagudo em cada detalhe – para lama dianteiro, carenagem, faróis, retrovisores, o alto e esguio para-brisas. Assim, deixa claro sua vocação esportiva, complementada pelo motor de dois cilindros e 54,1 cv. A impressão de ‘grande porte’ também é confirmada na balança, visto os 226 quilos do modelo.

Após o primeiro contato, nota-se o belo e amplo painel de instrumentos – totalmente digital. Em três áreas, ele exibe o uso e gerencia os recursos eletrônicos do modelo: dois modos de pilotagem (normal ou chuva, que limita a potência a 47 cv), smart key, conectividade com smartphone, tomada USB, pressão dos pneus, temperatura do motor, altura do para-brisa ajustável. Há, também, punhos aquecidos, iluminação full LED, altura do assento em três níveis, chassi em alumínio, câmbio CVT, suspensão invertida.

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Cara de mau

Cara de mau

Design pontiagudo passa agressividade em cada elemento, do farol ao espelho, do para lama a para-brisas

Motor valente

Motor valente

Para atender à proposta esportiva com louvor, 54,1 cv e surpreendentes 5,67 kgf.m

À altura do projeto

À altura do projeto

Painel de instrumentos completíssimo e totalmente digital corresponde ao moderno projeto do qual faz parte

Freios ABS Brembo

Freios ABS Brembo

O scooter é taiwanês e o freio, italiano. Há dois discos na dianteira e um atrás

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Luzes em LED

Luzes em LED

AK 550 distribui LED no farol e luz de posição

Atenção aos detalhes

Atenção aos detalhes

Lanterna traseira, assim como o painel, é um show a parte quando iluminada

Bocal do tanque

Bocal do tanque

Discreto, está localizado logo a frete do banco

Assento no capricho

Assento no capricho

Em dois níveis, assento é minuciosamente costurado. Espaço do carona, porém, é mínimo

Porta objetos

Porta objetos

Sob o tanque, o tradicional compartimento para um capacete integral e mais pequenos itens

Porta objetos II

Porta objetos II

Junto ao console, mais compartimentos

Chassi

Chassi

Em alumínio, tem a missão de distribuir os 226 kg do modelo da forma mais uniforme possível

No Salão Duas Rodas, o público também se impressionava com o som do motor. O propulsor de dois cilindros em linha, duplo comando de válvulas no cabeçote, arrefecimento a líquido e 550,4 cm³ ronca alto, com som cheio e harmonioso, como uma boa moto (ou scooter) que tem esportividade em sua proposta deve ter. A potência máxima é de 54,1 cv a 7.500 rpm e o torque máximo é de 5,67 kgf.m, aos 5.500 rpm, indicando o uso misto do modelo: torque em baixa para deslocamentos ágeis na cidade e boa velocidade de cruzeiro, com conforto e motor sobrando, em viagens por rodovias devidamente asfaltadas. Os freios ABS são assinados pela Brembo e possuem dois discos de 270 mm na dianteira e um de 260 na traseira.

Cerca de R$ 40 mil por um maxi scooter, será que emplaca?

Em 2014 a Yamaha trouxe o TMax ao Brasil (foto), mas o preço de R$ 42 mil repeliu os compradores. Em quatro anos, apenas 378 emplacamentos. Já o Kymco ainda não tem preço definido, mas não deve fugir da casa dos R$ 40 mil

Em 2014 a Yamaha trouxe o TMax ao Brasil (foto), mas o preço de R$ 42 mil repeliu os compradores. Em quatro anos, apenas 378 emplacamentos. Já o Kymco ainda não tem preço definido, mas não deve fugir da casa dos R$ 40 mil

Ainda em tempo, ‘AK’ significa ‘Anniversary Kymco’, fazendo referência a celebração dos 52 anos da marca, completados em 2017. Aqui no Brasil seu preço ainda não foi estipulado, mas na Europa o modelo é vendido na casa dos 9,9 mil euros, cerca de R$ 37,8 mil. Quando o TMax foi lançado aqui, em 2014, ele tinha preço sugerido de R$ 42.619,00, o que foi determinante para seu baixo número de vendas. Segundo a Fenabrave, em quatro anos o modelo Yamaha emplacou apenas 378 unidades, sendo 207 em seu ano de lançamento. Por outro lado, hoje o mercado de scooters no Brasil está mais aquecido do que há quatro anos, o que pode soprar a favor desta aposta da Kymco – mesmo assim ter um bom número de vendas é um desafio e tanto. Desejamos sorte.

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Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.rp>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza