A Suzuki V-Strom 800 finalmente deu as caras no Brasil durante o Festival Interlagos Motos 2025, reforçando a presença da marca no segmento das adventure crossover de média cilindrada. Com visual robusto e características que a diferenciam da versão voltada ao off-road, a novidade surge como uma opção mais acessível e focada no uso urbano e estradeiro leve, ocupando a posição de entrada da linha 800.
V-Strom 800 no Brasil
A apresentação do modelo no evento não chegou a ser o destaque principal da marca, que já havia prometido outras novidades. E muitos já que muitos esperavam que sua estreia ocorresse em 2024, quando a versão DE foi oficialmente lançada no país, no mês de maio. Agora, com a (possível) chegada da V-Strom 800 mais voltada ao asfalto, a marca amplia sua linha para atender um público que deseja conforto e desempenho no uso cotidiano, sem abrir mão da versatilidade.
Apesar da apresentação, a Suzuki não divulgou informações sobre o início das vendas ou o valor sugerido da nova V-Strom 800. No entanto, considerando a política de diferenciação de preços adotada pela marca com a V-Strom 1050 e 1050 DE, é esperado que o novo modelo seja significativamente mais barato do que a versão DE, atualmente tabelada em R$ 67.500 (sem frete).
Versão de entrada da V-Strom 800
A V-Strom 800 apresentada em Interlagos traz características técnicas e visuais próprias, que deixam clara sua proposta mais voltada para o uso em cidades, rodovias asfaltadas e trajetos leves de terra. Um dos principais diferenciais está no conjunto de rodas: são de liga leve, com 19 polegadas na dianteira e 17 na traseira, enquanto a versão DE vem com rodas raiadas e dianteira de 21 polegadas, voltadas ao off-road.
Outro ponto de destaque é a suspensão, que possui curso mais curto, contribuindo para uma pilotagem mais firme no asfalto. O banco também está num nível mais próximo do chão, o que facilita o apoio dos pés em paradas, algo valorizado por quem roda principalmente em áreas urbanas. Já o para-brisa apresenta maior base de proteção, voltado ao conforto aerodinâmico em viagens por estrada.
A ausência de alguns itens também ajuda a reduzir o custo da V-Strom 800. A versão de entrada não traz o escapamento Akrapovic nem os pneus Continental TKC 70 que equipam a versão DE. Em vez disso, opta por compostos mais convencionais, mas ainda tubeless.
Mesmo motor da DE
Mecanicamente, a V-Strom 800 mantém o mesmo motor bicilíndrico paralelo de 776cc, com refrigeração líquida, duplo comando no cabeçote (DOHC) e quatro válvulas por cilindro. A potência máxima é de 82 cv a 8.500 rpm, com torque de 7,9 kgf.m disponível a 6.800 giros, números que garantem boa entrega tanto no uso urbano quanto em passeios mais longos.
A parte eletrônica segue atualizada, incluindo iluminação full LED com faróis em formato hexagonal e luz de posição adicional. O painel de instrumentos é em TFT colorido, mantendo a proposta de modernidade da linha. Há também uma porta USB localizada no lado esquerdo do painel, funcionalidade cada vez mais exigida pelos motociclistas.
Expectativa de lançamento e preço
Embora o modelo tenha sido apresentado ao público, a Suzuki oficialmente não revelou nenhuma data para a possível chegada da V-Strom 800 às concessionárias. Também não há confirmação sobre o preço final. Ainda assim, seguindo a lógica da linha 1050 — onde a diferença entre a versão padrão e a DE ultrapassa os R$ 9 mil —, espera-se que a nova V-Strom 800 venha para o mercado com valor inicial abaixo dos R$ 60 mil.
Caso realmente se confirme, a chegada da V-Strom 800 deverá ampliar as opções para quem busca uma motocicleta versátil, confortável e com desempenho equilibrado para uso diário e viagens esporádicas. A proposta da Suzuki é clara: atingir um público que valoriza a confiabilidade da marca e o custo-benefício, mas que não pretende se aventurar no off-road pesado.
Agora, resta acompanhar o anúncio oficial da Suzuki Brasil quanto à disponibilidade e valor do novo modelo. Para quem acompanha o segmento de médias cilindradas, a chegada da V-Strom 800 é uma movimentação relevante e que deve influenciar a concorrência.