Testes de motos Por motonline 26/07/2012 16:11 (há 13 anos).

“Fat Boy” – Menino gordo, “Iron” – Ferro, “Super Glide” – Super vôo sem motor, “Switchback” – A primeira montanha russa de que se tem conhecimento, em Coney Island, na verdade uma peninsula ao sul do Brooklin, Nova York.

Simplicidade com conforto: a Fat Boy Special é fiel ao estilo

Os nomes das motocicletas Harley-Davidson sempre tem algo de inspirador. Tinha que ser assim, porque o nome do modelo, que vem nos manuais ou nas fichas técnicas são de difícil tradução. É uma sopa de letras.

A designação XL se refere aos modelos de motor menor, começando com a 883, até as 1200, ou às Sportster. Em seguida vem as que contam com motores “Big-twin” (letra F) e chassi Dyna (D), com a designação FXD como as FXDWG -Dyna Wide Glide e FXDL – Dyna Low Rider.

O chassi Softail tem a aparência do clássico "hardtail" ou rabo duro -

Depois vem a linha “Softail” que significa rabo fofo, em contraponto às classicas “hardtail” ou rabo duro, que não tinham suspensão traseira. Essas tem a mesma aparência, o amortecedor é escondido e usam o motor Big-twin (F) com esse chassi “soft tail” (ST). Diferenciando o tipo de suspensão dianteira, a letra X representa as motos que usam a mesma suspensão da linha Sportster. Se utilizarem as bengalas mais pesadas, similares às das motos turismo levam a letra L no nome. Assim, temos as FLSTC (Heritage Softail Classic), FLSTN (Softail Deluxe) e FLS (Softail Slim).

Então, FLSTF designa o modelo Fat Boy e essa é a Special, avaliada pelo Motonline.  As diferenças são notáveis nos escapamentos estilo “Shotgun”, que parecem duas espingardas, destacados pelos tubos e várias outras peças em preto que fazem sobressair as partes claras, como as ponteiras. O corpo das rodas também são pretos, para fazer mais diferença às Fat Boys normais.

A moto é gorda, se impõe nesse visual de motocicleta pesada e de grande presença. Colaboram as rodas em discos de alumínio fundido complementando a imagem “fat”.

Rodas grandes em disco de alumínio suportadas por bengalas grossas como nas touring

Andando nela a sua simplicidade é o que transparece. Painel mínimo mas completo, tem as informações disponíveis a um toque de botão. Até a chave, por aproximação simplifica o acesso. Com o pequeno transponder no bolso você se identifica e é autorizado para dar a partida e sair andando com ela. Caso contrário é acionado um alarme e a moto fica bloqueada.

Em marcha, a facilidade de pilotar é intensificada pelo largo guidão, pedaleiras com plataformas e comandos bem à mão. A posição confortável desperta atenção com o contato que o filtro de ar faz com a perna direita. Coisas de Harley-Davidson.

Geometria lenta ao extremo, dá primazia ao conforto. mas não se engane ela sabe fazer curvas, substituindo as plataformas que raspam com facilidade

Novo ABS, potência com controle

Particularidades à parte, chama também atenção o grande torque do motor, seu ronco típico enaltece o rodar tranquilo, sem pressa, desfilando pelas alamedas. Mas ao acelerar ela empurra rápido, faz do seu câmbio de seis marchas a peça principal para se ganhar velocidade. A faixa curta de giro útil pede mudança de marcha cedo, em giro baixo para aproveitar todo esse torque. Na sexta, o motor cai para um giro confortável em velocidades de cruzeiro e assim dá a impressão que o fim da estrada é muito mais perto do que parece. Devoradora de asfalto, uma autêntica “cruiser”. O tempo pára para ela passar.

Plataformas raspam fácilmente nas curvas

Curvas ela faz, deixando rastro das plataformas que raspam com muita facilidade. Falta espaço para a inclinação, mas há vários acessórios para ajudar a resolver esse problema. Ou, se quiser viver com isso, usa-se a plataforma como um sensor de inclinação. À noite fica bem bonito: a cada curva, faíscas pra iluminar o lado de dentro da curva.

Os freios são bem dimensionados e com boa sensibilidade param a moto com rapidez e precisão por causa do novo ABS. Ele responde com boa velocidade, evita travar as rodas e mantém boa capacidade de frenagem. Potência com controle.

Fat Boy: vendas a prova de instabilidade do mercado

A Harley-Davidson Fat Boy Special é uma moto que se posiciona como o degrau imediatamente superior aos consumidores que deixam as sportster (883 a 1200). Apesar de seu preço estar razoavelmente distante – R$50.767,00 (Special) e R$48.300,00 -os números de venda da Fat Boy mostram que a estabilidade é sua marca registrada, praticamente imune aos altos e baixos do mercado. Apesar do tamanho avantajado, ela tem boa dirigibilidade, é fácil de conduzir e a suspensão absorve bem os buracos para uma moto dessa classe. Coloque os acessórios, transformando-a ao seu gosto e vá para a estrada com os amigos. É disso que ela gosta.

Consumo

ficha tecnica

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