A Lander 250 você conhece bem, certo? A XTZ 250 é uma moto de uso misto baseada na street Fazer 250, lançada no Brasil em 2006 e que segue a plenos pulmções no mercado até hoje. O que talvez você não conheça é a ‘Lander dos Estados Unidos‘, que tem muitas semelhanças – mas também várias diferenças – em relação a moto vendida por aqui.
Como é a Lander 250 dos Estados Unidos
Tal qual a Lander brasileira, a Yamaha XT 250 dos EUA é uma trail legítima, pronta para o corre das cidades e qualquer aventura longe delas. Se o conjunto mecânico é muito próximo, o visual é totalmente diferente.
Vamos começar pelas semelhanças. A americana é movida por um motor de 1 cilindro, SOHC e refrigerado a ar, tal qual o modelo amazonense. Entretanto, gera ‘apenas’ 19 cv de potência a 7.000 rpm e 1,75 kgf.m de torque a 6.500 rpm, contra 21 cv e 2,1 kgf.m da brasileira. O câmbio é igual, com de 5 velocidades.
No ciclística, nada de muito diferente do que é conhecido dos brasileiros. Suspensões de longo curso (com mais de 200 mm em cada roda), aro 21 na frente e 18 na traseira. O chassi é em tubos de aço, com estrutura de berço semiduplo.
Lander 250 com farol redondo
Visualmente, o jogo vira e muda tudo. Enquanto a Lander 250 brasileira tem pegada atual, design volumoso e grandes carenagens, a XT 250 americana é uma purista. Não tem carenagens no tanque ou quaisquer adereços plásticos. Assim, tem direito até a farol redondo, grandes setas com lentes laranjas, espelho circular e lanterna retangular. Tudo como nos anos 1980.
Assim, a ‘Lander norte-americana’ lembra muito a antiga Yamaha Serow. E é aí que traçamos a descendente em comum entre a ‘gringa’ XT 250 e a brazuca XTZ 250. A XT nada mais é do que a terceira geração do modelo nascido como XT 225, ainda na década de 80.
No Brasil, a ancestral XT 225 chegou apenas em 1997, sendo um dos primeiros modelos de quatro tempos fabricados pela Yamaha em solo nacional. Permaneceu nas concessionárias locais até 2006, quando deu lugar à atual XTZ 250 Lander.
Enquanto isso, no Japão a moto evoluiu para a chamada Serow 250. Mas ainda em 2020 o modelo ganhou a sua edição final, em função das restrições de emissões de poluentes. Com isso, a versão americana – XT 250 – é uma dos últimos resquícios da antiga moto de uso misto.
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Uma moto resistente a mudanças
Depois de muitos anos, enfim a Lander 250 brasileira ganhou uma nova geração. Foi em 2018, quando a trail recebeu novo visual e luzes em LED, mas manteve a já conhecida base mecânica. Nos EUA a XT é ainda mais monótona, sem qualquer alteração relevante ao longo dos anos. Assim, o modelo 2023 recém-apresentado segue fiel às suas antigas origens na Serow.
Por lá, o modelo trail ganhou a adição da injeção eletrônica em 2013, mas desde então não muita coisa mudou… Prova disso, é que a motocicleta não teve seu motor atualizado para atender aos padrões de emissões europeus ou japoneses.
Com isso, a ‘Lander’ gringa fica limitada a mercados como o norte-americano. Seguindo o padrão, para 2023 a Yamaha trouxe como novidade apenas a cor chamada Radical Gray (cinza e preto).
Quanto custa a Lander 250 no Brasil e nos EUA
Por fim, os preços. Nos Estados Unidos a XT 250 tem preço sugerido de 5.200 dólares, cerca de R$ 28 mil em conversão direta. Para comparação, por lá um XMax parte dos 5.800 dólares (R$ 31 mil) e uma R3, dos 5.300 (R$ 28,7 mil).

Já no Brasil a Lander 250 custa bem menos que o scooter e a esportiva. Aqui tem preço sugerido de R$ 23.190, enquanto o XMax tem PPS de R$ 27.990 e a R3, de R$ 31.390. Segundo a Fipe, os preços médios praticados pelas lojas são R$ 24.966, R$ 31.094 e R$ 33.291, respectivamente.