Depois de muita expectativa e alguns vazamentos de informações e imagens, enfim a Yamaha apresentou a inédita R7 2022. Apesar da proximidade visual com as tetracilíndricas, a nova YZF traz um novo conceito à família, preenchendo com uma proposta mais dócil a lacuna entre as R3 e R1 – antes coberta pela R6.
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Assim, a esportiva quer agradar aos pilotos menos experientes que buscam uma moto mais potente e também os veteranos que não estão dispostos a desembolsar o que uma superbike custa. Aliás, ela terá uma versão limitada a 48 cv, a fim de atender os motociclistas que possuem apenas a licença intermediária A2, na Europa.
Nova Yamaha R7: preço e quando vem
A nova R7 chega às lojas a partir de junho, começando pela América do Norte, e logo depois chega à Europa. Estará disponível em duas opções de cores, preto (Yamaha Black) e o clássico azul (Icon Blue), e seu preço oficial ainda não foi informado.
Nos Estados Unidos, seu preço sugerido é de 8.999 dólares, logo acima dos 7.700 dólares da MT 07. Em conversão direta estamos falando de R$ 47.300, valor que, mesmo considerando a desvalorização do real, está longe de ser um absurdo. Por aqui, a naked parte dos R$ 40.490… e inda está na geração anterior.
Como é a nova esportiva da Yamaha
A R7 compartilha a mesma plataforma com a naked MT 07. Assim, seu motor é o tradicional CP2 de 689 cm³ das MT, Tracer 700, Ténéré 700 e XSR 700. Um dos maiores sucessos recentes da marca, trata-se de uma usina de dois cilindros em linha, crossplane e arrefecido a líquido que, na esportiva, gera 73,4 cv a 8.750 rpm e 6,8 kgf.m de torque a 6.500 rpm. O câmbio tem seis velocidades, com quickshifter opcional, enquanto a embreagem é assistida e deslizante.
Os números estão longe dos 135 cv aos quais chegou a R6, quem dirá aos da R-7 de 1999 desenvolvida ao Mundial de SuperSport. Porém, como dissemos, o novo modelo atende outra proposta. Ao invés de uma máquina para as pistas quer ser uma companheira versátil aos passeios de final de semana, com segurança e maleabilidade – e esportividade, claro.
Já a suspensão conta com sistema invertido e assinado pela KYB na dianteira, totalmente ajustável, com 90 mm de curso e 41 mm de diâmetro. Atrás, há monolink com ajustes de pré-carga e velocidade de compressão. Os freios são da Brembo e contam com disco duplo de 298 mm na frente e simples, de 245 mm, na traseira. Em ambos, há pinças de 4 pistões.
O conjunto fecha com a tecnologia, marcada pela iluminação em LED (com direito a DRL, claro) e painel digital colorido. Já o design é diretamente inspirado na irmã maior R1, com direito a entrada de ar em formato de M na área frontal da carenagem. Porém, aqui ele faz questão de trazer suavidade ao modelo, com linhas compactas, fortalecendo a ideia de que a maleabilidade se sobrepõe à potência.
Vendas no Brasil
Tudo leva a crer que não veremos o modelo por aqui tão cedo, independente de quando ele chegue a outros mercados. Afinal, a Yamaha não parece muito engajada com o nicho sport por aqui. Cessou as vendas da R6 há 10 anos e não vende a R1 desde 2016.
Se atualmente tem 6 modelos da família R à venda no exterior, já contando com a R7 que está em pré-venda, oferece apenas a R3 no Brasil. Restará aos fãs das esportivas da marca, assim como àqueles que admiram suas custom e clássicas, apenas invejar outros países…