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O físico norte-americano Richard Feynman previu a sua chegada há 50 anos. Hoje está por todo o lado e promete revolucionar o fu turo da humanidade: é a nanotecnologia ou a capacidade de manipular materiais à escala molecular. Quando se fala em nanotecnologias e nanomateriais, fala-se em manipulação de materiais com uma dimensão da ordem dos nanómetros, explica Tito Trindade, especialista em síntese química de nanoestruturas, da Universidade de Aveiro. Por Ana Leiria/LUSA

O físico norte-americano Richard Feynman previu a sua chegada há 50 anos. Hoje está por todo o lado e promete revolucionar o fu turo da humanidade: é a nanotecnologia ou a capacidade de manipular materiais à escala molecular. Quando se fala em nanotecnologias e nanomateriais, fala-se em manipulação de materiais com uma dimensão da ordem dos nanómetros, explica Tito Trindade, especialista em síntese química de nanoestruturas, da Universidade de Aveiro. Por Ana Leiria/LUSA

Para a proteção de caixas eletrônicos, o Banco Central disponibiliza um dispositivo que tinge as cédulas no momento do assalto, tornando-as rastreáveis. A intenção é dificultar a circulação de notas roubadas ou furtadas, refletindo na inibição do crime. Atualmente, veículos contam com um sistema de marcação com o mesmo princípio, porém bem mais sofisticado. Trata-se do DOT (em português, ponto), que utiliza nanotecnologia para marcação de peças.

O DOT é uma tecnologia exclusiva no Brasil, que possibilita pulverizar milhares de micropontos, invisíveis a olho nu, com código único e original por todo o veículo. Da mesma forma que o dinheiro é pintado, essa nova ferramenta inibe o crime, pois todos os veículos (automóveis/motos/caminhões, etc) marcados com Dots recebem um selo bem evidente, alertando aos criminosos que suas peças estão marcadas. Como é impossível apagar por completo todas as marcações, o delito se torna inviável, pois dificulta a comercialização ilegal de suas peças.

Outras vantagens desse sistema são a aplicação fácil e rápida, que permanece durante toda a vida útil do veículo, e a facilidade da polícia em identificar e punir a receptação de peças e veículos roubados.

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As etapas do processo de gravação são controladas por um software próprio, que assegura a integridade dos dados. Para um maior controle, todos os códigos gravados, mais as informações originais do veículo e do proprietário, passam a compor o Cadastro Preventivo, que é utilizado pelas autoridades como fonte de consulta, quando sob investigação.

Segundo José Aurélio Ramalho, consultor do mercado automotivo, “Esta tecnologia é utilizada há anos por mercados automotivos, náuticos e transporte de carga em vários países do mundo, com excelentes resultados, pois, permite a rastreabilidade e consequentemente inibe o roubo/furto”.

Este sistema pode ser aplicado em todos os tipos de veículos, assegurando o valor comercial e inviabilizando a eliminação ou adulteração das peças identificadas, além de possibilitar descontos nas principais seguradoras.