Mercado Por Fernando Santos 13/11/2021 10:02 (há 3 anos).

A Kawasaki Z é uma família de motocicletas presente no mercado mundial desde 1972. Ao longo dos anos, vários foram os modelos e distintas foram as configurações de motores debaixo do guarda-chuvas da sigla Z.

Desde 2014, a marca japonesa adotou o conceito Sugomi para a linha. A proposta simboliza uma união da forma e da função, e promoveu uma espécie de retorno às origens. Em 2022, a série Z comemora 50 anos, então nada melhor do que conferir os modelos principais da sigla.

 

1 – Kawasaki Z1 (1972)

A Z1 foi a primogênita da família, criada para fazer frente a Honda CB750, que chegou ao mercado três anos antes. A Z1 demorou um pouco para ser lançada porque a marca queria mais potência.

Kawasaki Z1 deu inicio a série icônica da fabricante japonesa

Assim, quando a moto foi apresentada no Japão, ela figurou na época como a 4 tempos de 4 cilindros mais poderosa já comercializada na terra do sol nascente, com potência 82 cv a 8.500 rpm e torque de 7,5 kgf.m a 8500 rpm. A Honda entregava ‘apenas’ 68 cv e 6,2 kgf.m.

 

2 – Kawasaki Z 750 (1973)

A Kawasaki Z750, também chamada de Z2, foi lançada logo depois da pioneira. Visualmente os modelos eram semelhantes, então a principal diferença era o novo motor de 746 cc. Mesmo com menor deslocamento, ele foi construído com pistões e peças de virabrequim para dar uma sensação experiência parecida ao quatro cilindros da Z1.

Z2 fez frente aos modelos de 750cc da sua época…

O propulsor tinha uma potência máxima de 69 cv a 9.000 rpm e torque de 5,9 kgf.m a 7.500 rpm, podendo impulsionar a Z2 a velocidade máxima de 170 km/h reais. O modelo fez sucesso, ficou em linha até 1978 e chegou a registrar vendas 10% acima da sua concorrente de 750 cc mais próxima, imagina qual né?

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3 – Kawasaki 1300 (1979)

A Z 1300 foi um exercício de extravagância da Kawasaki, graças ao motor seis cilindros em linha de 1.300 cc. Lançada em 1979, o modelo logo ganhou a alcunha de “Trovão da Autobahn”, elencada como uma moto além da compreensão do público em geral, pelo jornal do britânico Motor Cycle News.

Uma moto além dos sentidos, essa era a descrição da Z1300

 

Essa Kawasaki oferecia potência de 120 cv a 8.000 rpm e torque de 11,7 kgf.m a 6000 rpm para um top speed brutal de 222 km/h! Lembre-se, era década de 70-80 e nenhuma assistência eletrônica, nem quem dera freios ABS. A Z 1300 figurava a um seleto grupo de motos como a Honda CBX, Suzuki GS1000 e Yamaha XS1100 as “hipermotos” da velha escola.

 

4 – Kawasaki Z1100 (1981)

A Z 1100 foi lançada em 1981, sendo a primeira a se beneficiar diretamente, agora sim, das tecnologias que a Kawasaki aprimorou nas pistas de competição. A grande inovação para a época era uma espécie de injeção eletrônica de combustível, mas ainda em forma rudimentar frente às atuais.

Z1100 era descrita como GP devido às suas novidades vindas das pistas de corrida

O motor voltou a ser um quatro cilindros em linha, que passou a ter 1.089 cm³, com potência de 97 cv a 8.000 rpm e torque de 9.71 kgf.m a 7.000 rpm. No design a moto seguia as linhas quadradas, visual característico dos modelos da década de 80, eram outros tempos…

 

5 – Kawasaki Z900 RS (2017) 

Achou que não iríamos falar da Z900 RS? Bem, o modelo como conhecemos atualmente surgiu em 2017, equipado com um motor no tradicional layout quatro cilindros em linha, de 948 cm³, que desenvolve 109 cv a 8.500 rpm e 9,7 kgf.m a 6.500 rpm.

Z900 RS é um belo tributo ao passado com o melhor da tecnologia

Desde que chegou no mercado, sua base deu origem às versões Z900 RS e Z900 RS Cafe. Estas são tributos abertos a Z1 e também a KZ900 lançada em 1976. São menções que incluem na atual 900 as cores e grafismos e tudo mais que relacione o modelo às antigas Kawasaki.

 

6 – Kawasaki Z 125 (2018)

Nem só de modelos de alta potência vive a Kawasaki Z series. Em 2018 chegou ao mercado a Z 125, uma motocicleta de baixa cilindrada que inclui ainda uma série esportiva Ninja carenada. A motorização do monocilíndrico com 15 cv não chega a empolgar. Mas a sigla Z é forte no mundo das duas rodas e resultou em um modelo, no mínimo… curioso! Outro projeto fora da curva é a mini moto Kawasaki Z.

Z 125, porque nem só de velocidade vive a sigla mais forte da Kawasaki

 

7 – Kawasaki Z H2 (2020)

A Z H2 pode ser o futuro da Kawasaki Z series. Essa é a conclusão que temos depois que a marca anunciou planos ambiciosos até 2025. O modelo é equipado com um motor supercharger de 4 cilindros em linha de 998 cm³. Suficiente para gerar nada menos de 200 cv a 11.000 rpm, e 14 kgf.m a 8.500 rpm. Com top speed para figurar entre as motocicletas mais velozes do mundo vemos que o futuro da Z está bem encaminhado.

 

Fernando Santos
Jornalista amante do mundo da moto, vivendo destinos e sons. Ávido por novidades e crescido com o cheiro de motor dois tempos. fernandosantos@motonline.com.br
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