A fabricante italiana MV Agusta já estuda um projeto para a sua nova esportiva ‘premium’. E a marca deseja criar nada menos que uma ‘moto incrível’ para suceder à icônica superbike F4. Parece uma tarefa difícil, então vamos conferir como a empresa pretende fazer isso.
MV Agusta quer moto ‘incrível’ substituindo F4
Quando a MV lançou pela primeira vez a F4, em 1999, muitos elogiaram o design excepcionalmente afiado e esportivo da moto. Também pudera, foi assinado por Massimo Tamburini no CRC (Cagiva Research Center), ninguém menos que o mesmo gênio que deu ao mundo a clássica Ducati 916.
Ao longo do tempo a moto incrível que era a F4 evoluiu. Mas no quesito visual pouco foi alterado, e nem precisou até seu último ano de 2018. No entanto, agora pode estar chegando criar um sucessora para o produto. Ao menos foi o que o CEO da marca, Timur Sardarov, confirmou em entrevista recente.
“A F4 era uma moto única quando foi lançada. Queremos ter essa singularidade olhando cinco anos à frente e isso não é muito fácil”, disse Sardarov.
Além disso, o chefe italiano enfatizou a necessidade da marca construir algo tecnologicamente superior. Tudo isso usando inovações já disponíveis, mas mirando em um resultado satisfatório a longo prazo. Quanto ao desenho da moto ele acrescenta:
“Para o design, não estou preocupado. Podemos enlouquecer o quanto quisermos – é a MV Agusta. Mas precisamos ter muito cuidado onde escolhemos o caminho, porque pode variar muito o que fazemos e quanto custa”, disse o CEO.
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Nasceu das pistas e pode mudar de rumo…
A MV Agusta F4 nasceu como uma moto de 750cc, movida por um motor de quatro cilindros em linha refrigerado a líquido, (DOHC) de 16 válvulas. Uma usina derivada do motor Ferrari Fórmula 1 de 1990-1992!
Isso porque, ainda no início do processo de design, os engenheiros da Ferrari ajudaram no desenvolvimento do motor. Mas a MV, na época uma subsidiária da Cagiva, se desviou do desenho da fabricante de carros, mas manteve uma característica no propulsor: as válvulas radiais.
Com isso, o motor F4 foi um dos únicos do mundo em motocicletas com esse tipo de configuração produzida. Além disso, mais tarde a fabricante levou essa usina para os 1000cc, em 2005. Logo após mudanças nas regras no Mundial de Superbike, que ocorreram na época.
Como se vê, a F4 tem suas raízes nas pistas de corrida. No entanto, o CEO da MV Agusta disse que a sua sucessora pode não adotar um DNA de superbike como o original. Segundo ele, a fabricante ainda está em fase de projeto e há diferentes ideias técnicas que estão sendo analisadas.
Como se percebe, além de projetar um novo design a marca também terá que criar um novo motor. Sardarov já deu a entender que a capacidade de 1.000 cc deve permanecer junto dos quatro cilindros. Melhor ainda, prometeu que superaria significativamente a concorrência. Realmente, não vai ser fácil.