Na virada do milênio, a CG 125 sofreu uma renovação. A segunda geração da Titan foi estrela no stand da marca no Salão Duas Rodas 1999 e chegou ao mercado um ano depois, com linhas inéditas, farol redondo e um conceito visual totalmente desvinculado duas suas antecessoras – que ainda mantinham um pé lá nos anos 1980.
- Honda CG 125 1976, a precursora da economia
- Nova CB 350: uma Honda que queremos no Brasil
- Honda vende uma CG 160 a cada 40 segundos. Entenda
CG 125 Titan 2000 a 2004
As alterações de estilo incluíam banco mais largo e com duas seções e nova rabeta. Na frente, o guidão era mais alto, o farol era redondo e com conjunto óptico com lentes de policarbonato. Tudo inédito.
A CG também ganhou versões pela primeira vez. Era encontrada nas lojas na KS, básica, com partida a pedal e freio dianteiro a tambor; e ES, com partida elétrica e freio a disco na dianteira. Logo depois foi lançada a intermediária KSE, com partida elétrica e a pedal e freio a tambor. Em 2003 surgiu uma série especial dourada, criada para comemorar a produção de 5 milhões de unidades da CG.
Entretanto, a CG 125 não trazia grandes mudanças mecânicas em sua quinta geração. O motor ainda mantinha a plataforma repaginada para a Today, em 1991. O propulsor entregava 12,5 cv a 9.000 rpm e torque de 1,0 kgf.m a 7.500 rpm. Uma das novidades do conjunto era a tecnologia Tuff-up no pneu traseiro, que retardava o esvaziamento em caso de furo.
Fim da linha
Apesar dos atributos, sobretudo o visual nitidamente mais contemporâneo, a segunda geração da Titan teve vida curta. Ficou nas concessionárias menos de quatro anos, se despedindo já como modelo 2004, diante de um bom motivo: era preciso revidar o golpe da Yamaha.
Em 2000 a concorrente deixou a era dos motores 2T para trás e lançou sua primeira street 4T, a YBR de primeira geração. Apesar de não comprometer as vendas da CG, mostrou que a Yamaha poderia oferecer um produto em pé de igualdade com o da Honda e, quem sabe num futuro, ameaçar o reinado iniciado em 1976.
Então a Honda acelerou o desenvolvimento de um novo produto, para tomar distância da concorrente novamente. Nasceria assim a CG 150, em 2004, nova herdeira do nome Titan. Diante da novidade caberia à sucessora CG 125 ser atualizada para cumprir a missão de modelo de entrada, dando origem a Fan. Mas aí já é outra história.
Pontos positivos
A CG 125 de quinta geração rompeu com os traços da sua antecessora, mas manteve o motor e boa parte do conjunto que fez da família um sucesso. Tanque redesenhado, nova rabeta e banco repaginado foram soluções bem acertadas. Tudo manteve a motocicleta com gás para competir no mercado. Além disso, a versão ES ganhou o esperado freio a disco na dianteira.
Pontos negativos
Apesar do visual renovado, a quinta geração não houve atualizações mecânicas relevantes. Além disso, a simplicidade do projeto acaba se estendendo também ao acabamento, quase espartano e sem qualquer diferencial, como opção por rodas de liga leve ou painel com contagiros.
CG Titan 125 2000 a 2004 ainda vale a pena?
Mas é claro. Herdeira de uma plataforma mecânica bem aceita pelo nosso mercado, o modelo ainda hoje é sinônimo de economia e facilidade de mantunção, seja pelo preço das peças ou pela (falta de) trabalho para encontrá-las. O visual também não faz feio nas ruas justamente por ter sua vida prolongada pela Fan, que manteria suas linhas ‘atuais’ até 2008.
Outro atrativo é o preço, fazendo do modelo uma boa opção para quem quer uma companheira para o cotidiano ou até para trabalho. Segundo a FIPE, o modelo 2000 KS tem preço médio de R$ 2.529, enquanto o valor médio cobrado em uma 2003 ES é de R$ 3.435. Para comparação, uma CG 160 Start, atual modelo de entrada da família, sai por aproximadamente R$ 11.819.
Para saber mais, ver a ficha técnica ou opinar sobre a Honda CG 125, acesse o Guia de Motos!