Publicidade

Já rodamos com o modelo 2009, que oferece mais desempenho e conforto ao motociclista.

Divulgação

Honda NXR 150 BROS 150 2009 (Foto: Divulgação)

Apesar de menos badalado que o anúncio da Honda CG 150 Mix, a primeira moto flex do mundo, o lançamento do modelo 2009 da NXR 150 Bros não é menos importante para o mercado de motocicletas brasileiro. Afinal, a on/off-road utilitária foi em 2008 a quarta moto mais vendida do Brasil, com 116.554 unidades comercializadas. Além disso, a apresentação do novo modelo nesta quarta-feira, 11 de março, em Manaus (AM) mostra que, apesar da queda nas vendas, as fabricantes estão trabalhando para reverter o quadro.

Publicidade

Desde janeiro, a Honda não fabricava mais a Bros 150. Agora a produção voltou e com boas novidades: para atender ao Promot 3, lei de emissões poluentes que entrou em vigor neste ano, a trail recebeu o motor monociclíndrico de 150cc com injeção eletrônica, que já equipa a CG 150 Titan. Além de menos poluente, o propulsor injetado oferece respostas mais rápidas ao acelerador e vantagens que, quem já experimentou, não quer nem mais saber de carburador.

Porém para garantir a boa posição da Bros 150 entre as motos mais vendidas, a Honda mudou bastante o design deste modelo 2009. Além de recalibrar a suspensão para garantir um funcionamento mais suave.

Parece maior Seguindo a filosofia de que “em time que está ganhando não se mexe”, a Honda não havia feito nenhuma mudança significativa na NXR 150 Bros desde seu lançamento em 2003. Agora inovou completamente. Fotos: Arthur Caldeira

Foto: Divulgação

Publicidade

Do pára-lama à rabeta, tudo mudou. Na dianteira, as linhas ficaram mais angulosas e a carenagem do farol foi projetada para se integrar ao pára-lama alto, característico do modelo. As aletas do tanque ganharam volume e contribuem para fazer a Bros 2009 parecer uma moto de maior porte. De longe, lembra a aposentada Falcon.

A rabeta foi substituída por um belo e funcional bagageiro fabricado em alumínio e nylon de alta resistência. O conjunto integra as alças da garupa e traz furação para se instalar um bauleto – equipamento útil para quem usa a moto como meio de transporte. O design do bagageiro/alça foi inspirado na big-trail de 1.000 cc Honda Varadero, assim como a ponteira de escapamento e seu protetor. Vale dizer que nesta inspiração os projetistas da fábrica japonesa acertaram a mão.

Outro detalhe estético, mas também funcional é o desenho do novo painel. Além de ter ficado mais moderno, traz ainda um útil marcador de combustível. Ganhou ainda luz de advertência da injeção eletrônica.

Mais conforto Mas para atingir a meta de vender 92 mil unidades da nova Bros 150 até o final de 2009, a Honda não esqueceu do conforto do motociclista – item que já era elogiável no modelo anterior, apesar de sua proposta de uso misto. A Bros sempre se diferenciou de outras trail por usar rodas aro 19 polegadas na dianteira em vez do aro 21 e também por trazer um banco mais largo que suas concorrentes.

Publicidade

Porém neste novo modelo, o assento teve sua largura reduzida em 10 mm, mas sem prejudicar o conforto. E, de quebra, melhorou o encaixe das pernas no tanque e facilitou apoiar os pés no chão. O guidão também tem novo formato, contribuindo com uma posição de pilotagem agradável e menos cansativa.

Impressões Logo ao montar na nova NXR Bros 150 já se nota essa mudança. Ao ligar o motor para acelerar na pista de testes da Honda em Rio Preto da Eva (AM) a 70 km da capital Manaus, lembra-se das vantagens da injeção eletrônica: partida imediata e sem engasgos.

O motor da Bros tem menos potência que o da CG: máxima de 13,8 cv a 8.000 rpm (contra 14,2 cv no modelo street). Porém, na prática, nem se nota a diferença. O propulsor foi ajustado para oferecer mais torque 1,39 kgf.m a 6.000 rpm, pouco mais que na Titan, que produz 1,32 kgf.m. Em conjunto com a relação final “mais curta”, a Bros 150 salta na frente nas acelerações, mas acaba perdendo um pouco na velocidade final. Perda que só foi possível verificar acelerando os dois modelos na longa reta da pista de testes.

Logo de cara percebe-se que a posição de pilotagem, além de mais confortável, oferece maior controle da Bros. Com os braços abertos e pernas encaixadas no tanque o piloto tem a sensação de que a on/off-road de 150cc está mais na mão. Para isso também contribuem as suspensões que foram recalibradas. Tanto o garfo telescópico dianteiro, como a balança traseira monoamortecida, têm funcionamento mais suave e preciso neste modelo 2009.

O campo de provas da Honda tem um circuito de terra e seis pistas que simulam os pisos “imperfeitos” encontrados pelo país. Nessas situações o retorno dos amortecedores dianteiro e traseiro mostrou-se mais lento e progressivo, transmitindo segurança ao piloto.

Claro que, em alguns saltos e buracos maiores, a roda dianteira aro 19 revela suas limitações. Mas a proposta da Bros não é o off-road: mas sim a versatilidade para quem roda pelas nossas mal cuidadas estradas brasileiras. E o modelo 2009 da NXR 150 Bros continua cumprindo muito bem essa proposta.

Mercado e preço Brigando pelo mesmo perfil de motociclista, a NXR 150 Bros enfrentará a Yamaha XTZ 125, cuja versão 2009 ganhou novo carburador, além de passar por um face-lift. Porém a on/off-road da Yamaha traz roda dianteira de 21 polegadas e pesa 104 kg. Na Bros, a roda é de 19 polegadas e o peso é de116 kg. Mas o modelo Honda leva vantagem em função de sua maior potência, tecnologia embarcada (injeção eletrônica) e porte.

Outro fator que pode ser fundamental na hora da compra é o preço final do produto. As três versões da Bros têm preços sugeridos acima de sua principal rival: R$ 7.590,00 para versão KS (partida a pedal e freio a tambor), R$ 8.190,00 para a ES (partida elétrica e freio a tambor). A top de linha, a ESD (partida a pedal e freio a disco) custa R$ 8.690,00. Já os preços da Yamaha XTZ 125 variam entre R$ 7.013,00 (K, partida a pedal) e R$ 7.817,00 (E, partida elétrica). O diferencial da Yamaha é oferecer o freio a disco na dianteira como item de série na XTZ 125.

FICHA TÉCNICA Honda NXR 150 BROS 150 2009

Motor: OHC, monocilíndrico, quatro tempos, arrefecido a ar Capacidade cúbica: 149,2 cm³ Potência Máxima: 13,8 cv a 8.000 rpm Torque Máximo: 1,39 kgf.m a 6.000 rpm Sistema de Alimentação: Injeção Eletrônica PGM-FI (Programmed Fuel Injection) Sistema de Partida: Pedal (versão KS) e Elétrica (versões ES e ESD) Transmissão: Cinco velocidades SUSPENSÃO Dianteira: Garfo telescópico com 180 mm de curso Traseira: Balança monoamortecida com 148,6 mm de curso FREIOS Dianteiro: Tambor com 130 mm de diâmetro (versões KS e ES) e disco com 240 mm de diâmetro (versão ESD) Traseiro: Tambor com 110 mm de diâmetro PNEUS Dianteiro: 90/90-19M/C 52P Traseiro: 110/90-17M/C 60P QUADRO: Berço semiduplo MEDIDAS E CAPACIDADES Altura do Assento: 852 mm Distância Mínima do Solo: 244 mm Dimensões (C x L x A): 2.045 X 810 X 1.138 mm Distância entre-eixos: 1.353 mm Peso Seco: 116 kg (versão KS) 117 kg (versão ES) 118 kg (versão ESD) Tanque de Combustível: 12 litros CORES: Vermelha, amarela e preta Preços sugeridos: R$ 7.590,00 (KS), R$ 8.190,00 (ES) e R$ 8.690,00 (ESD)

Fotos: Divulgação

* O jornalista viajou a Manaus a convite da Honda