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O UTV, que em português significa Veículo Multitarefa, é uma evolução do quadriciclo. Essas pequenas máquinas podem alcançar 130 km/h e começou a fazer parte das competições de motociclismo brasileira no dia três de dezembro de 2011, durante o Rally dos Amigos, válido pelo Campeonato Brasileiro de Rally, em uma prova de apresentação.

 

É grande o crescimento dos UTV's nas competições off-road - foto de Marcelo Machado FotoArena

É grande o crescimento dos UTV's nas competições off-road - foto de Marcelo Machado FotoArena

No ano seguinte (2012), a categoria dos UTV’s já estava presente em grande parte do calendário para participar do campeonato de forma experimental e em 2013 entrou para valer nas disputas das provas nacionais de motociclismo.

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Hoje, a categoria está presente no Campeonato Brasileiro de Rally Baja, subdividida em três categorias, e no Brasileiro de Rally Cross Country em uma única classe. “Em 2011 alguns pilotos de quadriciclos nos procuraram manifestando o desejo de andar de UTV no Campeonato. Reunimos pilotos, organizadores, mecânicos e chefes de equipes e decidimos formatar a categoria”, lembra Adilson Kilca, diretor de Rally da CBM – Confederação Brasileira de Motociclismo.

Um dos pioneiros na categoria foi o piloto Bruno Sperancini. Apaixonado pela velocidade, acabou se rendendo ao UTV. Bruno conquistou dois títulos (2012 e 2013) pelo Brasileiro de Rally Cross Country e foi vice-campeão em 2012 pelo Brasileiro de Rally Baja. “Comecei no fim de 2011, logo após ser campeão Brasileiro nos quadris, vi a chance de continuar no Rally Cross Country, competindo em alto nível e terminando as provas mais inteiro fisicamente. Hoje consigo me divertir competindo. Esta foi a principal razão”, afirma o piloto.

A categoria é uma das que mais cresce no motociclismo nacional. Na última etapa do Campeonato Brasileiro de Rally Baja, durante a etapa Rally Rota SC realizada neste mês de junho, 37 UTV’s aceleraram pela competição batendo o recorde de inscrições. “Em todas as etapas estamos tendo uma média de pelo menos 30 UTV’s inscritos. É uma categoria em crescimento e que ainda tem muito potencial. Em breve devemos chegar a 50 UTVs por prova”, afirma Adilson Kilca.

Os UTVs vieram dos quadriciclos. A estrutura, design e o motor são os mesmos, só que ganhou mais segurança com uma “gaiola” de proteção para o piloto. “A base dele é de um quadriciclo só que foi adaptado para mais pessoas. A motorização é a mesma. Pilotos de motos que já estão mais veteranos e de quadriciclos estão migrando para a categoria, pois pode ser considerada segura. Os UTVs também estão trazendo de volta para as provas muitos pilotos que já haviam parado de correr”, conta o chefe de equipe da Bike Box, José Koizuni, mais conhecido como Avê. Atualmente existem duas fabricantes de UTV no Brasil: a Can-An e a Polaris. As empresas produziam apenas quadriciclos, até que o veículo começou a receber o novo formato.

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“Por propiciar a emoção de condução próximo de uma motocicleta, como a sensação do ‘vento na cara’, com a segurança da proteção tubular, o UTV hoje atraí pilotos de diversas categorias. Acreditamos que o UTV será a maior categoria do Rally em alguns anos e para isso é importante mantermos o baixo custo de preparação quando comparado com outras categorias off-road”, destaca o diretor geral da Polaris América do Sul, Rodrigo Lourenço.