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Foto: Sundown Hunter 90

Foto: Sundown Hunter 90

Conhe‡a as duas motos de entrada do mercado: Honda Pop 100 e Sundown Hunter 90. Nos anos 70 ter uma “cinquentinha”, uma “setentinha” ou “noventinha” j  era um tremendo s¡mbolo de status. Hoje o mercado brasileiro mudou novamente e o objetivo agora ‚ buscar novos usu rios de motos e cativ -los para permanecer com a moto como meio de transporte.

Foi assim que come‡aram a renascer as motos pequenas, abaixo de 125, simples, baratas e f ceis de pilotar. A Sundown experimentou com sucesso a comercializa‡Æo da Hunter 90 e a Honda conta com a ajuda de sua rede de concession rias de cobertura nacional para apresentar a Pop 100. Dois produtos com a proposta de atrair gente nova ao mundo das motos com apelo do baixo custo, manuten‡Æo barata e facilidade de pilotagem.

A Sundown Hunter 90 chegou primeiro, importada da China e montada em Manaus. A missÆo ‚ ser a moto mais barata do Brasil. De fato, o valor manteve-se em R$ 2.990, que se traduz em presta‡äes tÆo baixas que podem eliminar o “nibus da vida das pessoas. J  a Pop 100 totalmente projetada e produzida pela Honda em Manaus chegou ao pre‡o de R$ 3.990 com a missÆo de atender quem sonhava com uma Honda zero km, segundo declara‡äes da diretoria da empresa.

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Foto: Honda Pop 100

Foto: Honda Pop 100

A Hunter tem cara de moto com estilo retr“, tanque de gasolina normal (com capacidade de 10 litros), quadro de a‡o estampado em “T” e motor de um cilindro horizontal. J  a Pop tem um estilo in‚dito, que lembra uma Biz pelada, com tanque de gasolina (4 litros) sob o banco, quadro tubular e uma pequena carenagem de pl stico envolvendo o farol e parte do quadro. A ausˆncia do tanque de gasolina na frente do banco facilita o sobe e desce da moto mesmo por motociclistas de baixa estatura. Na Pop, o p ra-lama dianteiro alto e o grande curso da suspensÆo traseira (83 mm contra 65 mm) conferem um aspecto at‚ meio off-road.  f cil perceber que a Pop destina-se … zona rural, onde se encontra a maior parcela do p£blico que pretende atingir. Talvez a semelhan‡a do farol com a Falcon nÆo seja casual. Ali s, nÆo ‚ o mesmo farol, apenas sÆo parecidos!

Em termos de equipamentos elas seguem linhas opostas. Enquanto a Hunter ‚ bem equipada com conta-giros, hod“metro parcial, cavalete central, suspensÆo traseira regul vel, partida el‚trica e cobre corrente integral, na Pop a op‡Æo foi pela simplicidade absoluta. A minha conclusÆo ‚ que a Honda escolheu o caminho de uma moto para pegar no batente, para trabalhar, carregar carga e rodar muitos quil“metros por dia. Por outro lado, a Sundown desenvolveu uma moto para servir essencialmente de transporte e lazer e dar um p‚ definitivamente no “busÆo”.

Com rela‡Æo ao acabamento, o pre‡o maior da Honda come‡a a se justificar. A Pop – apesar do visual discut¡vel – tem um bom acabamento e a aparˆncia resistente, com pl sticos brilhantes e cores vivas. J  a Hunter parece mais espartana, com muitas pe‡as de ferro. Curiosamente ambas tˆm exatamente 85 kg a seco. Durante o teste, a borracha da pedaleira caiu e o suporte dos cabos do freio e veloc¡metro soltou-se do p ra-lama.

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Apesar de tecnicamente a base mecƒnica ser praticamente a mesma, heran‡a do velho e conhecido Honda ST 90, nascido nos prim¢rdios da Honda, de um cilindro horizontal, OHC, refrigerados a ar, o comportamento delas ‚ muito diferente. O motor da Pop ‚ mais potente, com 6,5 cv a 8.000 rpm; enquanto a Hunter desenvolve 5,6 cv a 8.500 rpm. A Honda fez um produto voltado para a for‡a e uma prova disso ‚ o banco imenso que comporta dois adultos e mais um monte de carga. J  a Sundown ‚ predominantemente uma moto para desenvolver velocidade. A Pop chegou a 90 km/h mesmo com o piloto deitado, enquanto a Hunter chegou a 115 km/h. Por‚m, basta uma pequena inclina‡Æo para a Hunter perder velocidade rapidamente, at‚ o piloto ser obrigado a reduzir uma marcha.

As duas tˆm o mesmo princ¡pio de cƒmbio de quatro marchas (com embreagem), com engrenamento constante, mas na Hunter ‚ rotativo, ou seja, o piloto pode parar em quarta e basta dar um toque para voltar a ponto-morto. Na Pop o cƒmbio ‚ convencional e a moto s¢ d  a partida se estiver em ponto-morto. Fica claro que a rela‡Æo de transmissÆo da Hunter est  longa demais para proporcionar velocidade; enquanto a Pop tem uma rela‡Æo mais curta para privilegiar a for‡a em baixa rota‡Æo. No teste de retomada de velocidade a Hunter fica muito pra tr s. Em £ltima marcha ela sofre tanto pra subir de giro que o piloto ‚ obrigado a reduzir para o motor nÆo apagar de vez. J  a Pop aceita a retomada em £ltima marcha desde as rota‡äes mais baixas at‚ o limite de 8.000 rpm.

Talvez fosse o caso da Sundown rever essa caracter¡stica da rela‡Æo de transmissÆo, pois ‚ melhor ter uma moto que segure a velocidade nas subidas, mesmo reduzindo um pouco a velocidade final, que nÆo ‚ o dado mais importante em uma moto dessa categoria. Infelizmente ainda nÆo conseguimos realizar as medi‡äes de consumo, mas seguramente as duas sÆo campeÆs de pÆo-durismo nesse quesito, atingindo valores al‚m dos 40 km/litro facilmente. O ponto a favor da Hunter ‚ a autonomia muito maior, gra‡as ao tanque de 10 litros, contra o tanque de 4 litros da Pop. Ali s, j  que essa Honda nÆo tem compartimento sob o banco ficou meio incompreens¡vel o bocal sob o assento. O dono da Pop obrigatoriamente ter  de descer da moto sempre que for abastecer.