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Foto: Bitenca no salão

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Voce disse que o motor de moto dura menos que o de carro, mas quantos quilometros, respeitando a manutenção é claro dura o motor de uma moto, e quando ele “acaba”, o que precisa ser feito? José (39) Rio de Janeiro RJ
R: Opa José, Calma, também não é assim. Em “tese” um motor de potência específica maior dura menos, mas na verdade são tantas variáveis que não se pode dizer um X kilometros. Olha só: Depende da sua construção, materiais utilizados, tolerâncias das folgas na fabricação, de como é usado o motor, se sempre em alta rotação ou não, tipo e periodicidade da troca de óleo, filtros (ar e óleo), qualidade do combustível, temperatura e pressão ambientais… são tantas coisas que pode até ocorrer o contrário, tudo depende. O que acontece “normalmente” em primeiro lugar é algum vazamento na compressão do motor resultando em fumaça branca (consumo de óleo), ou pelos anéis e/ou pelas guias de válvulas, por desgaste normal ou forçado por alguma situação mencionada acima, como no caso de motores OHC (Comando no cabeçote) que por alguma falha no sistema de lubrificação superior entra em colapso, superaquece e funde. Em segundo, mas não necessariamente nessa ordem os mancais do virabrequim e/ou rolamentos que aumentam a sua folga e começam a “rajar” (nome dado ao som característico desse tipo de defeito). Os reparos de um ou outro tipo de problema classificam-se como 1- “parte de cima” para o caso dos pistões, anéis, válvulas e o conjunto comando e mecanismo de acionamento das válvulas, e 2- “parte de baixo” (virabrequim e bielas) que se as condições (e orçamento) permitirem podem ser executados em momentos diferentes. É muito comum poder fazer um reparo na parte de cima uma vez antes de fazer o conserto das duas, de cima e de baixo, mas há quem oriente fazer sempre os dois para obter um funcionamento homogêneo do sistema, se o orçamento do cliente permitir. Outro ponto de desgaste normal que demanda manutenção nas motos é na embreagem banhada no óleo. Trocam-se os discos quando começam a patinar.
Abraços

Foto: Bitenca no salão

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Caramba, quanto esclarecimento em poucas palavras, obrigado
R:De nada amigo, disponha

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Caro Bitenca, existe algum problema em utilizar câmara de ar em pneus Tubeless? A moto em questão é a XT660R e os pneus são Pirelli Scorpion S/T na medida original, a roda raiada exige o uso de câmara. Obrigado. Marcel (27) Londrina PR
R: Marcel, Como a roda raiada não veda o ar na fixação dos nipples é necessária a instalação da câmara e isso não causará problemas porque somente ela fará a retenção do ar. Complica quando é colocada a câmara em roda desenhada para pneu tubeless, pois num eventual furo o ar deslocaria lentamente entre as duas peças e faria com que a moto ficasse instável por causa da grande massa de borracha solta dentro do pneu, coisa que não acontece com a roda raiada. Interessante o movimento que está havendo no sentido de vedar a roda raiada para a utilização do pneu sem câmara. Para bicicletas já existe um kit importado que consiste de uma cinta adesiva com um bico de válvula para encher. Nas motos um fabricante italiano, a Alpina fabrica rodas com uma vedação especial nos raios que permite a instalação de pneus sem câmara. No AMA Supercross também estão experimentando essas rodas. Acho que é uma questão de tempo para aparecer uma solução definitiva. Abraços.

Gostaria se sabem explicar as difereaças que tem as motos CG CB CBX são diferenças apenas de motores ou mesmo detalhes mais apurados??/ Ulisses (25) Campos dos Goytacazes-RJ
R: Ulisses, Essas siglas são utilizadas pela Honda há muitos anos. Basicamente as CG são motos pequenas, de baixo custo e de acabamento mais simples. As CB costumam ter um acabamento mais cuidado mas ainda são motos para uso street e já tem uma linha ampla, desde as menores 125 (não atualmente no Brasil) até a 1300. Já as CBX indicam um uso semi-esportivo ou mais na linha esporte-turismo, não tão radical quanto as CBR. Realmente interessante a representação em siglas da marca para a segmentação de seus produtos. Na verdade quase todas as fábricas, que têm uma linha ampla de modelos segue um padrão para identificar a classe dos seus produtos para facilitar o consumidor. Coisa importante no marketing das motocicletas.
Abraços.

Olá, sei que os aros de alumínio são mais resistentes que os de aço. Gostaria de saber se traria algum problema à moto eu colocar somente o aro traseiro de alumínio. Obrigado Evandro (22) Bofete, S.P.
R: Evandro, os aros de alumínio são principalmente mais leves que os de aço, nem sempre mais resistentes, os de boa qualidade sim. Não há problema algum em misturar roda de aço e alumínio na mesma moto a não ser esteticamente. Favorece um pouco a suspensão quando a roda é mais leve, mas também só se percebe isso no limite. Abraços,

Olá, gostaria de pedir uma ajuda para vcs, pretendo comprar uma moto modelo Custom de 250 cc, zero ou mesmo usada, gostaria de uma opinião de vcs, de qual moto devo comprar, ja que tem poucos modelos no mercado nesta categoria…Edno, (47) Ribeirão Preto, SP
R: Edno, por princípio não emitimos opinião a respeito de que moto comprar porque isso é muito pessoal e se tornaria suspeito, não acha? Podemos indicar que faça uma comparação das características de cada modelo e verifique se satisfazem aos seus anseios, nas questões do tipo de uso que fará, custo/benefício, facilidade de pagamento, etc. Boa sorte.

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Por que algumas motos (como a maioria das customs) possuem 2 cabos de acelerador e outras possuem apenas um? Vander, (35) Taubaté, SP
R: Vander, hoje em dia praticamente todas as motos têm dois cabos para controle do acelerador. De fato um é usado para acelerar e outro para desacelerar, na verdade ele é puxado de volta pela mola no corpo injetor ou carburador. Isso por questão de segurança. Se por algum motivo a borboleta do acelerador ficar presa o piloto pode forçar a desaceleração voltando o punho e esse segundo cabo puxa a roldana da borboleta de volta. Um terceiro dispositivo de segurança é o botão que desliga a ignição pelo punho, antigamente a única opção se o acelerador enroscasse. Abraços.