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Se você acha que São Paulo é a cidade mais congestionada do Brasil, esqueça. Acaba de ser atualizado o índice de tráfego mundial 2018 pelo TomTom, site especializado em monitorar online o índice de congestionamento em 403 cidades de 56 países de seis Continentes, e a liderança absoluta é de Mumbai (Índia) como a cidade com o maior nível de congestionamento no mundo. Utilizar um automóvel (caminhão, ônibus, etc…) por lá resulta em média 65% mais tempo para qualquer percurso em relação ao mesmo percurso com tráfego livre e condições normais.

Gráfico de   Niall McCarthy, do Statista, usando como fonte o ranking de congestionamento do TomTom

Gráfico de Niall McCarthy, do Statista, usando como fonte o ranking de congestionamento do TomTom

Mas não se preocupe, porque São Paulo está entre as cidades mais congestionadas do mundo e ocupa a 21ª posição, com 42% de índice de congestionamento. Mas a capital paulista perde para a capital pernambucana – Recife, na 10ª posição – que é a cidade brasileira mais congestionada, segundo o ranking TomTom. Segundo o jornalista Niall McCarthy, do site Statista, os congestionamentos continuaram a aumentar na última década, com quase 75% das cidades no índice terem mantido níveis de congestionamento aumentados ou estáveis ​​entre 2017 e 2018. Bogotá, capital colombiana, vem em segundo lugar, com 63% de congestionamento, enquanto Lima (Peru) vem em terceiro, com 58%. Fecham o “Top 5” Nova Delhi, capital da Índia (58%), e Moscou com 57% de acréscimo no tempo de qualquer percurso.

Congestionamento nas cidades brasileiras

Além de Recife em 10º e São Paulo em 21º, o Brasil tem mais cinco cidades no “Top 100” desse índice de congestionamento:

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  • Rio de Janeiro, 22º (índice de 42%) 
  • Salvador, 35º (índice de 38%)
  • Fortaleza, 50º (índice de 35%)
  • Porto Alegre, 63º (índice de 33%)
  • Belo Horizonte, 68º (índice de 33%)

Segundo McCarthy, o único lado realmente positivo destes índices de congestionamento é que pode ser considerado um indicador de uma economia forte (será???). Evidentemente vem com um impacto ambiental terrível, além de custar aos passageiros uma quantidade considerável de tempo. Ralf-Peter Schäfer, vice-presidente de informações de trânsito da TomTom, mantem-se otimista. Ele disse que a TomTom trabalha para para um futuro onde os veículos sejam elétricos, compartilhados e autônomos, para que nosso futuro esteja realmente livre de congestionamentos e emissões de poluentes. “Nós temos a tecnologia para fazer esse futuro acontecer, mas é preciso um esforço colaborativo das autoridades, dos governos, dos fabricantes de carros e dos motoristas”, finalizou Schäfer.

Com apoio de reportagem de Niall McCarthy, do Statista

Sidney Levy
Motociclista e jornalista paulistano, une na atividade profissional a paixão pelo mundo das motos e a larga experiência na indústria e na imprensa. Acredita que a moto é a cura para muitos males da sociedade moderna.