Guia de Motos Por Guilherme Augusto 20/07/2020 16:49 (há 4 anos).

Fazendo jus ao nome, o Guia de Motos é um espaço onde você encontra diversas informações sobre modelos que estão (ou já estiveram) à venda no Brasil. Assim, há dados, fotos, ficha técnica, notícias linkadas e avaliações de usuários, destacando os prós e contras da moto em questão. Dessa forma, hoje o assunto é a Yamaha Neo 115.

Primeiramente, não podemos confundir as NEO. Essa é a 115, à venda entre 2005 e 2012, e não a 125, que chegou ao mercado em 2017 e está no lineup da marca até hoje (com preço sugerido de R$ 9.290). Apesar disso, as duas são da mesma marca e segmento, ocupando o posto de modelo de entrada aos scooter da empresa.

Rodas grandes pra encarar a buraqueira diária, compartimento sob o banco, câmbio automático, gancho para tralhas na carenagem e baixo valor de mercado. Assim, NEO 115 ainda faz fãs

Yamaha NEO 115: Guia de Motos

Entre as principais características da NEO 115 está o diâmetro das rodas, com 16 polegadas tanto na frente quanto atrás. Assim, com aros grandes, ela tem ciclística muito próxima a das CUB (como Honda Biz e Yamaha Crypton) além de mais vigor para encarar pequenos buracos e desníveis no piso.

Testamos a NEO lá em 2011; veja o vídeo

Dessa forma, no nosso teste afirmamos que “o resultado não poderia ser mais adequado ao uso nas vias brasileiras, com percursos relativamente curtos mas acidentados onde as rodas pequenas dos scooters fazem com que esses percursos pareçam mais acidentados ainda. As rodas grandes da Neo rolam por cima dos buracos onde as pequenas dos scooters são engolidas por completo”.

Câmbio automático, motor com carburador

Como todos os scooter, a NEO 115 tem transmissão automática. Assim, oferece pilotagem facilidade especialmente ao trânsito urbano, sem necessidade de subir ou baixar marchas em momento algum. Além disso, o sistema CVT funciona junto ao motor de um cilindro, 115 cm³, arrefecido a ar e alimentado por carburador. A potência máxima é de 8,3 cv a 8.000 rpm e o pico de torque é 0,8 kgf.m, a 7.000 rpm.

Modelo de 115 cm³ esteve à venda de 2004 a 2012 e nada tem a ver com a ‘nova’ NEO, 125, lançada em 2017

Neo 115: prós

O principal atributo da NEO está na já citada ciclística. Com chassi underbone e rodas grandes, a experiência de pilotagem é mais próxima de uma motocicleta do que de um scooter ‘tradicional’. A grande distância entre eixos (1.280 mm) e a baixa inclinação da suspensão dianteira (25º) resultam em estabilidade para velocidades mais elevadas e agilidade para manobras curtas, necessárias no trânsito urbano.

Com rodas grandes, grande distância entre eixos e baixo ângulo de rake, a NEO 115 é ágil e estável

Também merecem destaque outros itens como os freios, sensíveis e eficientes, e o desempenho do motor, capaz de acompanhar motos de 125 cc em condições normais apesar dos números tímidos de potência e torque. Ainda, conta com compartimento sob o assento, mesmo tendo de encontrar espaço para suas rodas de 16 polegadas.

E contras

Então, os contras. O amortecimento das imperfeições do chão só não é melhor pelo desempenho da suspensão dianteira, que afunda demais, chegando ao fim do curso com facilidade. Assim, a frente chega a perder contato com o solo em momentos mais críticos.

Consumo alto para a categoria e tanque pequeno resultam em baixa autonomia. Essas foram as marcas do nosso teste, em 2011

 

Apesar da Yamaha já dispor de alguns modelos com injeção eletrônica na época, a NEO 115 não foi agraciada com a tecnologia. E o carburador cobra seu preço no consumo. Assim, o modelo rodou aproximadamente 30 km/litro no nosso teste, número que chegou a 34,7 em determinado trecho urbano e caiu para 26,5 em rodovia.

Apesar da qualidade dos plásticos e texturas, acabamento contrasta com o painel simplório

Além disso, como o tanque é pequeno, com 4,8 litros, a autonomia do modelo também é prejuedicada. Por fim, apesar do bom nível de acabamento, o painel também é simplório.

Preço da Yamaha NEO 115

Descontinuada em 2012, a NEO teve duas gerações. A primeira esteve no mercado de 2004 a 2007 e a segunda, com visual renovado, chegou em 2008 e se manteve até que a última unidade deixasse a linha de produção. As mudanças foram basicamente visuais e você pode relembrá-las aqui.

Segundo a Yamaha, a segunda geração da NEO foi inspirada na superesportiva R1 e, assim, passou a ter dois faróis

Assim, os preços médios da primeira geração variam de R$ 3.343 a R$ 3.689, enquanto os da sucessora vão de R$ 3.589 até R$ 4.152. Vale lembrar que os valores são apenas uma referência, uma vez que o valor da motocicleta irá variar de acordo com o estado da unidade em específico, como quilometragem e conservação. Saiba como funciona a Tabela Fipe.

Basta passar os olhos sobre um modelo da primeira geração para entender como surgiu uma atualização em menos de 3 anos. Design não estava à altura do restante do conjunto

Você tem (ou já rodou com) uma Zig 50? Opine sobre ela no Guia de Motos!

Guilherme Augusto
@guilhermeaugusto.rp>> Jornalista e formado em Relações Públicas pela Universidade Feevale. Amante de motos em todas suas formas e sons. Estabanado por natureza
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