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Pelo menos por enquanto sim.

Ningu‚m parece se importar conosco mesmo! J  escrevi, outrora, que os motociclistas, cada vez mais, estÆo precisando de Deus ou de uma prote‡Æo divina extra, diante de tantos absurdos e barbaridades cometidas contra eles.

Al‚m de todos os problemas que o motociclista brasileiro tem de enfrentar, h  tamb‚m outro inimigo que ‚ implac vel: O Poder P£blico. Ele permite que tampas de a‡o lisas sejam instaladas em plena via p£blica sem qualquer sinaliza‡Æo, que tampas de inspe‡Æo de galerias pluviais e de rede el‚trica permane‡am em alt¡ssimo ou baix¡ssimo desn¡vel, esperando que o motociclista, desavisado, passe para torna-lo mais uma dado estat¡stico.

Motocicletas sÆo furtadas e roubadas em qualquer esquina,  s vezes   custa de um motociclista baleado e morto. At‚ nas rodovias o motociclista corre risco de assalto e com a moto em movimento. Em SÆo Paulo, nÆo se pode passar pela Marginal de Pinheiros, pr¢ximo da Ponte do Jaguar‚, numa moto esportiva que o assalto ‚ certo.

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Ali s, foi nestas proximidades que o filho do ex-governador de SÆo Paulo Geraldo Alckimin teve sua moto roubada   mÆo armada, em pleno domingo, h  mais de um ano e nem a Delegacia Especializada que buscamos, h  anos, foi criada. Todos os dias morrem “meninos paulistas”.

Aqueles que sÆo obrigados a sair para ajudar no or‡amento, nesta cidade de desemprego, com suas motocicletas e as autoridades sequer sabem, verdadeiramente a causa de tantos acidentes. EntÆo, para que fique registrado e para que as autoridades possam compreender: A motocicleta nÆo mata. O que mata ‚ a incompetˆncia dos ¢rgÆos do Estado em nÆo exigir que o novo motociclista seja educado, adequadamente, para saber conduzir sua motocicleta de maneira consciente e defensiva. A maioria desta grande legiÆo de motociclistas profissionais que est  nas ruas, todos os dias, nÆo sabe sequer frear a moto eficientemente ante uma situa‡Æo de risco ou emergˆncia.

O resultado todo o mundo j  sabe…. Agora aparece a “grande” novidade: A concession ria Nova Dutra, a partir do dia 24 de abril, passou a cobrar ped gio das motocicletas no valor equivalente a 50% do pre‡o de um autom¢vel e justificou sua decisÆo no fato de que o n£mero de motocicletas em trƒnsito pela rodovia cresceu muito, nos £ltimos anos, e os acidentes tamb‚m. O descaramento da justificativa ‚ impressionante.

Primeiro porque simplesmente “resolveu” cobrar. A popula‡Æo afetada nÆo precisou ser ouvida porque ‚ gado. Os nossos representantes, instalados nos Poderes Legislativos, nem se tem not¡cias neste momento de apuro. Entretanto, car¡ssimos leitores, a questÆo, que me parece fundamental, esta distante da justificativa apresentada pela concession ria. Em momento algum se buscou resolver ou amenizar o problema, apenas buscar “compensa‡Æo” financeira.

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Cabem agora, por exemplo, alguns questionamentos: Ser  que a cobran‡a vai evitar ou reduzir o n£mero de acidentes? Ser  que o valor cobrado far  com que a rodovia seja adaptada para as motocicletas, com a substitui‡Æo das faixas de sinaliza‡Æo de solo por outras antiderrapantes? Ser  que teremos a instala‡Æo de passagens exclusivas, nos postos de ped gio, para motocicletas? Ser  que serÆo instaladas prote‡äes nas sustenta‡äes de “guard rails” para evitar danos ao motociclista acidentado?

A resposta, senhores, acho que vocˆs j  sabem! Por outro lado, como Presidente da Federa‡Æo dos Moto Clubes do Estado de SÆo Paulo, no dia 20 de abril, levamos uma proposta para a concession ria Nova Dutra, acompanhada da c¢pia de um abaixo-assinado, com aproximadamente 16.000 assinaturas contra a cobran‡a de ped gios. Na carta entregue pedimos a suspensÆo tempor ria da cobran‡a do ped gio das motocicletas, enquanto se estudava uma proposta para redu‡Æo de acidentes, qual seja: A Equipe de instru‡Æo da FMC/SP, formada por 30 Pilotos Instrutores, em parceria com o CETH – Centro Educacional de Trƒnsito Honda, ministraria aulas de aperfei‡oamento para motociclistas. Em contrapartida estes teriam isen‡Æo de ped gio pelo per¡odo de 12 meses. A FMC do Rio, tamb‚m topou entrar na parceria imediatamente. Na v‚spera do dia estipulado para a cobran‡a fomos informados de que nossas solicita‡äes nÆo seriam atendidas, mas que poderiam estudar a viabiliza‡Æo da proposta para redu‡Æo de acidentes, com o que concordamos, sem, entretanto, abrir mÆo de nossa pretensÆo em continuar isentos de ped gio, como dantes.

Continuamos na busca de uma solu‡Æo para o problema que vir , acredito, com a aprova‡Æo de Projeto de Lei 6.753/2006, em trƒmite pelo Congresso Nacional, ao qual buscamos apoio de todos com o nosso abaixo-assinado,   disposi‡Æo no site: www.federacaomc.org.br e que dever  ser entregue at‚ o dia 31 de maio. Ta dito.