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Foto: Monobraço Ducati - Bitenca

Foto: Monobraço Ducati - Bitenca

Caro amigo Bitenca e equipe Motonline. Primeiramente um ótimo fim de ano e parabéns pelo excelente ano de 2010 recheado de matérias incríveis. Que 2011 nos traga muitas novidades e atualizações frequentes no site. Muito sucesso pra todos vocês, afinal quem ganha somos nós, leitores e entusiastas.
Gostaria de fazer uma pergunta: nos inúmeros lançamentos que nos fascinaram nos últimos meses, muitas fábricas (especialmente as européias) têm optado por maravilhosas balanças monobraço. Ducati Diavel, Hondas VFR e CrossRunner, MV Agusta, Triumph Speed Triple…
Do ponto de vista estético, é inegável o ganho obtido.
Do ponto de vista de um engenheiro e/ou entusista, imaginar o tempo que o projetista levou para esculpir aquela obra de arte – que também serve de balança na moto – nos deixa boquiabertos.
Bom, mas gostaria de saber se há algum ganho prático (dirigibilidade, agilidade, comportamento) ou construtivo, decorrente dessa escolha do fabricante que justifique o arranjo. O peso do conjunto pode ser menor nessa montagem?
Outra dúvida: como fica o ajuste de tensão da corrente, nos modelos que a utilizam (ex. ducatis, honda cb1000r, dentre outras)?
Um grande abraço a todos. Fabio,

Foto: Escape Roncar - Divulgação

Foto: Escape Roncar - Divulgação

R: Olá Fabio,
Com certeza, a balança monobraço pode trazer vantagens além da estética.
A massa não suspensa, ou seja a quantidade (massa) de material pesado em movimento com a suspensão junto com a roda, dificulta o controle do mecanismo da suspensão que almeja o contato permanente do pneu com o solo. Se a massa da roda, pneu, e tudo o mais que se move junto com ela como as partes próximas do eixo for muito grande a suspensão não consegue impedir que a roda se mova além do necessário, por causa da inércia ao movimento de subir ou descer da suspensão. Isso porque a tendência que um objeto tem de manter-se no estado em que está, em movimento ou não é em função da sua massa.
Utilizando materiais nobres os engenheiros conseguem uma peça mais rígida, forte e leve onde realmente é necessário, na região das conexões dos links, na proximidade do eixo da balança, passando pelas regiões onde atuam a grande força de tração provocada pela transmissão e terminando na própria fixação da roda, que é no único ponto, onde as forças culminam, no rolamento da roda. Contraria a essa força está o apoio a ser dado para a transmissão. No caso de cardan esse apoio feito pelo monobraço suporta forças de torção e no caso de corrente ou correias forças longitudinais.
Na verdade a construção da peça segue as tensões resultantes das forças que ela tem que suportar sob efeitos de alavancas, assim a sua conformação acaba por ter esse formato, bonito e intrigante.
Os ajustes da corrente seguem processos diversos. Os mais comuns são buchas excêntricas que ao virar o eixo da roda segue um arco que ajusta a tensão da corrente.
Abraços e que você tenha um ano de 2011 com muito sucesso.

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Gostaria de saber quais são os impactos negativos do uso de uma descarga esportiva tipo RONCAR numa Yamaha FZ6.
De certo seriam torqe em baixa rotação e consumo de oleo mais elevado? Iran, 55, Rio de Janeiro, RJ.

R: Iran, de modo geral, de um bom escape esportivo se espera um fluxo mais rápido e livre da descarga, dando espaço para uma admissão também melhorada. Como o sistema original do motor tem um equilíbrio de pressão entre a admissão e o escape, ao se adicionar um escape mais livre deve-se refazer essa sintonia entre admissão e escape novamente. Por isso diz-se que o motor tem que ser regulado novamente para o escape esportivo. (A FZ6 deve ser remapeada para otimizar o resultado).
Espera-se uma melhora na aceleração, resposta do acelerador e em alguns casos também se consegue mais velocidade final. Consumo de óleo não deve alterar. Dependendo do tipo de sintonia do escape/regulagem da mistura a melhora se dá em baixa, média ou alta rotação. Normalmente se procura melhora de média para alta rotação. Verifique com o fabricante qual a característica no seu caso. Abraços


Mais um produto que promete melhora de torque, é o misturmax, pelo menos esse tem um video demonstrando, resta saber se a mistura mais omogenia gera realmente aumento de torque e a durabilidade desse componente pois ele roda dentro de uma especie de arruela de plastico que com certeza vai se desgastar e pode até danificar o motor. Nos esclareça essa duvida?
Desde já grato e fiquem com Deus. Rodrigo, 27, São Vicente, SP.

R: A técnica de turbilhonamento foi utilizada em motores nos anos 60 e 70 por alguns fabricantes. O formato dos dutos é que provocava o turbilhonamento (swirl), mas dentro da câmera de combustão. Na verdade essa técnica foi abandonada dando lugar para as câmeras multi valvuladas. Aí sim aumenta-se o fluxo e velocidade de preenchimento do volume do cilíndro.
A melhoria na atomização, em carburadores depende da qualidade do venturi e injetores depende da pressão do sistema, do número e distribuição dos furos do injetor.
O formato e superfície dos dutos da admissão/escape já foi extremamente estudado pela indústria. É quase impossível melhorar, mesmo imaginando que o fabricante tenha esbarrado em problemas de custo. Uma superfície polida nos dutos por exemplo, não melhora em nada a atomização, na verdade provoca condensação e formação de gotas enormes na sua superfície.
Abraços,

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