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A direção do Moto 1000 GP anunciou nesta sexta-feira (20), em tom oficial, a não realização de seu campeonato de motovelocidade na temporada de 2016, lembrando que a Moto 1000 GP detém a chancela de Campeonato Brasileiro de Motovelocidade. Os efeitos da crise enfrentada pelo Brasil e a deterioração do cenário econômico nacional, acentuada desde o início deste ano, trouxeram reflexos incontornáveis, que determinaram a descontinuação do evento, segundo explicou seu promotor e organizador, o ex-piloto Gilson Scudeler.

8ª Etapa Moto 1000 GP - Curitiba - Nov/2015.  Copyright © Rodrigo Ruiz. Todos os direitos reservados - All rights reserved. Proibido uso comercial, reprodução, edição ou alteração da imagem sem autorização do autor.

A motovelocidade brasileira está de luto – foto: Rodrigo Ruiz

“Estávamos desde julho do ano passado em tratativas de renovação dos acordos com nossos patrocinadores para 2016. O orçamento estava definido e viabilizado em dezembro”, segundo Scudeler. “Só que a cada semana havia uma piora da conjuntura e as dificuldades foram aumentando. A economia veio se deteriorando e isso foi decisivo para que tivéssemos de anunciar essa triste decisão aos pilotos e às equipes do Moto 1000 GP”.

A indefinição dos rumos do momento econômico do Brasil nos primeiros meses do ano adiou as definições de apoiadores que apostaram no evento nas temporadas anteriores o que contribuiu para o recuo de pelo menos um novo patrocinador máster. “O campeonato não vai acontecer porque, dentro dessa nova realidade, não conseguimos fechar o orçamento necessário para mantê-lo de acordo com o padrão dos cinco primeiros anos”, afirmou Scudeler.

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O novo patrocinador máster do Moto 1000 GP reafirmou, ainda em abril, o interesse na associação de sua marca ao evento. “Estávamos negociando o novo contrato desde o início do ano. O patrocinador nos solicitou mais alguns dias de prazo e também a readequação no modelo de sua participação, o que nos sinalizou que conseguiríamos manter o campeonato, mas a espera acabou se prolongando demais e não houve definições”, revelou o promotor.

Logo_Moto1000GP_150x113A direção do Moto 1000 GP não permaneceu passiva durante a fase em que aguardava definições. “Pelo contrário, buscamos continuadamente novos apoiadores para recompor o orçamento, ou pelo menos parte dele, para manter o campeonato em atividade com o mesmo padrão”, detalhou Scudeler. “Avaliamos a adoção de novos formatos, como a redução de duas etapas e a readequação da nossa estrutura, mas a conta não fechou, infelizmente”.

Gilson Scudeler comentou que o campeonato de 2016 seria o melhor da história do Moto 1000 GP. “Trabalhamos nisso desde a metade de 2015, tudo já estava delineado e um novo patrocinador estava chegando. Infelizmente um somatório de dificuldades atingiu duramente o nosso planejamento. Só tenho a agradecer aos pilotos, às equipes, a apoiadores e patrocinadores, à imprensa e aos torcedores. É um ciclo que se fecha na motovelocidade”, encerrou.

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Mário Sérgio Figueredo
Motociclista apaixonado por motos há 42 anos, começou a escrever sobre motos como hobby em um blog para tentar transmitir à nova geração a experiência acumulada durante esses tantos anos. Sua primeira moto foi a primeira fabricada no Brasil, a Yamaha RD 50.