Publicidade
Foto: João Tadeu Boccoli

Foto: João Tadeu Boccoli

Quando a yamaha lançou a YBR, foi criticada por não ter freio a disco na época. Quando a honda lançou a Bros, disseram que não fazia falta. Quando a yamaha lançou a Fazer com 5 marchas, disseram que fazia falta. Quando a Honda lançou a CB 300, não faz falta. Ou seja, vocês tem que tomar cuidado para não cair na vala comum das revistas especializadas que são financiadas em grande parte pela Honda. E pelo que vi tá cheio de anuncio dela. Nada contra esta ou aquela marca, mas não gosto de reportagens tendenciosas. Faltou voces dizerem pra quem quer comprar a CB 300 a velocidade final dela.
Jeferson, 36, Cuiabá, MT

R: Jeferson, nossas matérias seguem um padrão independente e fazemos absoluta questão que seja assim. De fato há as revistas financiadas como você diz mas nem todas tem essa postura. Cada motocicleta é projetada a um público alvo e temos a preocupação de antes de escrever cada matéria verificar qual é esse público e como o modelo da motocicleta se apresenta a esse povo. Se bem adaptada e com bons recursos e preço apropriados ao usuário terá um comentário condizente e do contrário também. Por exemplo, note que no caso da CB300 o conjunto de pedaleiras e comandos dos pés são iguais aos da
Twister e parece que foram projetados para aquelas japonesas de pés pequenos porque para o usuário comum é difícil sua utilização sem prender os pés aqui e ali. Citamos o problema, assim como a falta do disco na sua traseira e a balança que voltou a ser de aço. Se bem que o tambor vai bem, só que dá mais manutenção.
A falta de uma marcha se sente quando ao mudar, o motor cai numa faixa de giros tal, que não consegue boa aceleração. Fica como que preso num buraco, até que o giro chegue num patamar em que responde mais adequadamente. Aumentando a cilindrada, principalmente como foi feito na CB, colocando um pistão com diâmetro maior, o ganho principal é no torque e até menos na potência específica (CV/cm3).
Mas favorece bastante as acelerações e em elasticidade. Assim, o trabalho do câmbio fica simplificado e nesse caso, com a aplicação da injeção eletrônica, somado ao re-escalonamento da relação conseguiu-se retirar a sexta marcha, mas nem sempre é assim. O trabalho dos engenheiros foi bom nesse caso, porque conseguiram encaixar todas as marchas na melhor faixa de potência para uma aceleração adequada.
Já na velocidade final verificamos sim que ela é a mesma da Twister, pior se considerarmos que agora a moto tem limitador de giros para proteção do motor, coisa que com a antiga, numa descida com vento a favor eles avançavam perigosamente pela faixa vermelha de rotação atingindo uma velocidade até maior. Mas veja: Não é o foco dessa moto a esportividade extrema e sim a maneabilidade nas cidades com boa retomada e economia, não ultrapassa a velocidade máxima permitida nas rodovias. A esse objetivo ela atende bem e considerando o que foi agregado em tecnologia, ainda mais agora com o C-ABS, ela ainda custa caro. Mas esperamos que o preço deve melhorar com o tempo e a maior escala de produção.
Obs: Seu email retornou erro – User unknown

Foto: Bitenca

Foto: Bitenca

Publicidade
Olá Bitenca tudo bem ? Minha titan 150 está emitindo uma espécie de estalo intermitente que vem da parte de baixo dela. O espaço de tempo entre cada estalo diminui quando eu aumento a velocidade, e fica mais alto quando eu pego uma subida e quero ir devagar em 2ª por exemplo. O que pode ser isso Bitenca ? Uma outra pergunta. Na sua opinião Bitenca, o que é ser um bom mecânico ? Parabéns pelo site e agradeço pela ajuda, abraços Evandro, 23, Cesário Lange SP.

R: Duas coisas Evandro. Ou o câmbio ou a corrente. Se for o câmbio faz numa marcha só e representa um defeito grave que acaba por destruí-lo, se insistir em andar. Mas parece que no seu caso acontece em todas as marchas e se for assim deve ser corrente mesmo, aumenta por que na subida faz mais força. Mande verificar a relação de transmissão, coroa, corrente e pinhão com urgência. Se quebrar a corrente, você corre o risco de um acidente e outras consequências de prejuízos mecânicos.
A sua outra pergunta é bem mais difícil. Acho que um bom mecânico é um profissional que sempre aprende, deve ter uma boa cultura geral e acompanha o desenvolvimento de novas tecnologias. Deve fazer cursos específicos com as fábricas e sempre consulta os manuais técnicos para manutenção. Sabe que sempre há uma melhor maneira de fazer uma coisa e sempre procura fazê-la da melhor forma, evita o uso de martelos e alavancas para aplicar força sobre as peças, principalmente nas desmontagens de conjuntos. Sabe usar e usa as ferramentas certas para cada serviço. O mau mecânico mexe aqui e ali sem muito pensar e invariavelmente quebra uma coisa ao tentar arrumar outra. É o tipo do cara que quanto mais mexe mais estraga o equipamento, fique longe deles. Os curiosos palpiteiros que arrumam as motos por tentativa e sempre dizem que sabem tudo, adoram uma “gambiarra”. Deixam sobrar peças, principalmente pequenos elementos de fixação que para eles não servem para nada além de dar trabalho. abraços,