Que Valentino Rossi (Movistar Yamaha) já é um mito ninguém tem dúvidas. Mas que ele siga sendo um fenômeno na vida real das pistas, isso muita gente ainda tinha dúvidas. Mas o italiano de 38 anos continua calando a boca de muitos críticos. Hoje (25/6) na prova da MotoGP em Assen, na Holanda, ele alcançou a sua vitória de número 115, a 89ª na categoria maior do motociclismo mundial.
Rossi provou mais uma vez porque é “The Doctor” numa corrida cheia de alternativas e que teve até a bandeirada final muitas disputas eletrizantes em pelotões separados, o que trouxe dificuldade para o diretor da transmissão pela TV definir qual pega colocava na telinha. Quem viu o começo da prova pode ter imaginado que ela seguiria morna como foi, mas só até a metade.
Pela primeira vez pole position, o francês Johann Zarco (Monster Yamaha Tech3) fez boa largada e liderou a prova, seguido de Marc Márquez (Repsol Honda Team) Danilo Petrucci (Octo Pramac Racing) e Rossi. Da metade para o final da prova Zarco começou a perder rendimento e Rossi aproveitou para mostrar que seu apetite por bons pegas e vitórias ainda é o mesmo. Assumiu a ponta, fechou a porta para Zarco numa tentativa do francês de retomar a ponta, com um leve toque, o que definitivamente tirou Zarco da disputa. Petrucci e Márques seguiram Rossi, mas sem atacá-lo ainda.
Com a chuva voltando a cair em parte da pista, o inglês Cal Crutchlow (LCR Honda) e Andrea Dovisiozo (Ducati Team) cresceram e chegaram no pelotão que brigava na ponta, mas não foi possível superar e manter-se à frente de Márques. Na última volta, quando Petrucci atacava ferozmente Rossi pela liderança, de forma involuntária o retardatário Álex Rins (Team Suzuki Ecstar) atrapalhou Petrucci que mesmo assim conseguiu cruzar a linha colado na traseira da Yamaha de Rossi. Márquez foi o 3º com Crutchlow em 4º e Dovizioso, que agora lidera o campeonato foi o 5º.
Morbidelli na Moto2 e Aron Canet na Moto3
Como dizem por aí, o italo-brasileiro Franco Morbidelli (EG 0,0 Marc VDS) comprova mais uma vez porque lidera a Moto2 e venceu a prova da categoria no GP Motul TT Assen, na Holanda. Morbidelli travou um duelo intenso com Tom Luthi (CarXpert Interwetten). No dia anterior, Morbidelli havia anunciado seu acesso para a MotoGP em 2018 e parecia que ele ele precisava justificar a decisão com um vitória em grande estilo. E foi assim, com uma ultrapassagem na última volta sobre Luthi, que veio a vitória e a consolidação da liderança da Moto2. Completaram o “top 5” Takaaki Nakagami (IDEMITSU Honda Team Asi), Mattia Pasini (Italtrans Racing Team) e Miguel Oliveira (Red Bull KTM Ajo).
A Moto3 como sempre protagonizou uma corrida de sair faísca do início ao fim. A vitória ficou com o espanhol Aron Canet (Estrella Galicia 0,0) que fez uma corrida de recuperação porque só alcançou o pelotão que brigava pela ponta no final, tudo para evitar um acidente maior com outro piloto, Fabio di Giannantonio (Del Conca Gresini Moto3), que caiu logo à frente. Mas Canet soube buscar forças (e talento) para se recuperar e vencer. Superou Romano Fenati (Marinelli Rivacold Snipers), que terminou em segundo, seguido de John McPhee (British Talent Team), Jorge Martin (Del Conca Gresini Moto3) e Jules Danilo (Marinelli Rivacold Snipers). O líder da Moto3 é Joan Mir (Leopard Racing), que terminou a prova da Holanda na 9ª posição.
Fotos: Copyright by Dorna