Marc Márquez deixará de ser piloto da Honda na MotoGP. O espanhol vai deixar o time após 10 anos de parceria, recordes e títulos. De saída, o piloto já tem um novo destino: a Gresini, equipe satélite da Ducati. Confira tudo que acontece a partir de agora.
Marc Márquez troca a Honda
Márquez encerra com a Honda uma das maiores histórias de sucesso da MotoGP. Juntos, piloto e time conquistaram um total de 6 títulos Mundiais, ao longo de 11 temporadas. O espanhol estreou na classe principal em 2013, conquistando o título. Depois disso, foram outras cinco conquistas nos anos seguintes: 2014, 2016, 2017, 2018, 2019.
Foi uma parceria de 2013 a 2023, mas agora Márquez agradece a equipe e se despede:
“Obrigado por essa grande jornada de 11 anos juntos! Compartilhamos momentos inesquecíveis juntos: seis títulos mundiais, cinco tríplices coroas (Mundiais de Pilotos, Equipes e Construtores), 59 vitórias, 101 pódios e 64 poles”, disse o espanhol.
Campeão quer a “moto do momento”
Márquez embarca no time Gresini, que usa as motos da italiana Ducati modelo do ano anterior. Assim, o espanhol terá em 2024, no time satélite o protótipo do grupo com sede em Faenza.
O piloto terá ao seu lado na garagem o irmão Álex Márquez. No entanto, o grande atrativo pela mudança de Marc é montar no modelo Desmosedici. A moto italiana tem sido a máquina vitoriosa e mais rápida na MotoGP na atualidade.
O novo acordo de Marc e a equipe italiana terá uma validade inicial de um ano. Ou seja, o piloto pode mudar novamente de rumo em 2025. Lembrando que atualmente o time oficial da Ducati tem os pilotos Francesco Bagnaia (atual campeão e líder da temporada 2023) e Enea Bastianini.
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Desafio imenso para Marc Márquez
Embora multicampeão, Márquez não tem vivido o melhor dos seus momentos nos últimos anos. Após o acidente na abertura da temporada 2020, ele fraturou o braço. Desde então ele passou por quatro cirurgias entre 2020 e 2022.
Além disso, o piloto teve casos de diplopia (visão dupla) que o tiraram de corridas. Contudo, apesar de ter vencido três corridas em 2021, Márquez não ocupa a posição mais alta do pódio há dois anos.
Junto da má fase, o piloto viu a competitividade da moto da Honda RC213V ser apagada frente às Ducati e até mesmo aos demais times rivais. Na Gresini ele vai viver outro desafio. Vai sozinho para o time, sem seus técnicos que o acompanham desde a categoria de base da Moto2 (de onde saiu campeão, em 2012).
A Ducati mostrou relutância em deixar a moto mais dominante da categoria ser tocada por engenheiros que, em 2025, podem mudar de time. E agora, qual o seu palpite sobre o futuro de Márquez na MotoGP?