
Dados divulgados pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) hoje (8/7), mostram um cenário otimista para o setor de motocicletas no Brasil. Foram comercializadas para o mercado interno 160.720 motocicletas em junho, um aumento de 15% em comparação com o mesmo mês de 2010. Comparando com maio deste ano, as vendas no atacado registraram queda de 17,7%, mas no 1º semestre há crescimento generalisado: 6,5% no varejo (emplacamentos) e 18% no atacado (fábrica para distribuidor).
Estes números consolidados projetam um crescimento maior que as previsões da Abraciclo, já que no primeiro semestre o crescimento é de 18% e tradicionalmente o segundo semestre é sempre melhor que o primeiro. “Projetamos um crescimento neste ano de 10% aproximadamente em função do aperto no crédito e da elevação da taxa de juros, o que pode fazer as vendas perderem ritmo”, afirma o novo presidente da Abraciclo, Roberto Akiyama.
O ritmo diário de vendas de motocicletas no varejo (emplacamentos) é de 7,7 mil unidades por dia, praticamente a metade do ritmo de emplacamentos de automóveis. Este número mostra a dimensão e o potencial de vendas e crescimento do mercado brasileiro e explica um pouco do caótico trânsito na principais cidades brasileiras. Além destes números, a Abraciclo decidiu apresentar outros dados interessantes relacionados com o mercado motociclistico brasileiro, ao invés de simplesmente apresentar os números de desempenho do setor. Confira a seguir algumas destas informações:
Sobre o tamanho da frota de motocicletas no Brasil:
A frota circulante de motocicletas no Brasil era de 4 milhões em 2000; hoje é de 17,2 milhões. Esta relação era em 2000 de 43 habitantes para cada motocicleta; hoje esta relação é de 11 habitantes por motocicleta. A Itália é o país que tem a maior frota em relação à população: 6,4 habitante por moto.
Sobre a carteira de habilitação:
Do total de pessoas que tiram a Carteira Nacional de Habilitação no Brasil, 39% estão habilitados para conduzirem motocicletas. Destes, 82% são homens e 18% são mulheres.
Sobre a distribuição regional de vendas de motocicletas:
Em porcentuais arredondados: Norte, 10%; Centro-Oeste, 10%; Sul, 10%; Sudeste, 35%; Nordeste, 35%. Segundo o presidente da Abraciclo, a previsão é que a região Nordeste ultrapasse o volume total da região Sudeste rapidamente. “Há regiões do nosso País onde a motocicleta representa a única forma de locomoção das populações mais pobres em função da precariedade de transporte público”, Justificou Akiyama.
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