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Índice de acidentes cai 9,2% no feriado de Aparecida nas estradas do Estado de São Paulo

Secretaria estadual dos Transportes calcula uma queda de 24% no índice de feridos no feriado da Aparecida deste ano

O índice de acidentes nas estradas paulistas caiu 9,2% neste feriado de Aparecida em comparação ao feriado de 2007. O índice de acidentes (IA) do último feriado foi de 0,9, contra 1,0 em 2007. A comparação foi feita com o feriado de Aparecida de 2007, já que no ano passado não houve feriado prolongado em 12 de outubro. O índice de vítimas feridas, nos 22 mil km de estradas estaduais, diminuiu de 62,1 para 47,2, de um feriado para o outro, uma queda de 24%. O índice de vítimas fatais, no entanto, registrou um aumento de 2,9, para 3,7, de uma operação para outra, um acréscimo de 27,8%. Neste feriado, em números absolutos: foram 1.136 acidentes, 46 mortos e 594feridos.

Para esclarecer melhor, o índice de acidentes (IA) não é o número absoluto de acidentes nas estradas. Ele é calculado levando-se em consideração, além dos dados quantitativos, a extensão das rodovias, o volume diário médio de veículos (VDM) nas estradas e o período analisado. Essa metodologia, que começou a ser discutida no Brasil na década de 1970, é necessária para que haja uma comparação tecnicamente correta, já que há vários fatores que determinam se o final de semana foi mais ou menos violento. No caso do feriado de Aparecida, o índice é útil para que se possa fazer uma comparação entre 2007, quando o feriado foi de quatro dias, e 2009, quando o feriado foi de três dias.

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Reforço nos recursos operacionais e fiscalização mais rigorosa

Várias medidas para manter as estradas seguras foram realizadas pelo DER, Polícia Rodoviária Estadual, Dersa e concessionárias na chamada Operação Independência. O esforço mútuo do Departamento de Estradas de Rodagem – DER, Dersa Desenvolvimento Rodoviário, de treze concessionárias de estradas, que envolveu 2.200 profissionais, além de 4 mil homens do Policiamento Rodoviário, órgão especializado da Polícia Militar do Estado, foi primordial para o sucesso da Operação. Esses tiveram ainda o apoio de outros órgãos da Polícia Militar, incluindo as unidades de policiamento de área da região de São José dos Campos e de Santos, os Comandos de Policiamento da Capital e Metropolitano, o 1º Batalhão de Polícia de Choque (ROTA – Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), o 2º Batalhão de Polícia de Choque e o Grupamento de Radiopatrulha Aérea e batalhões que atuam nas cidades às margens das rodovias.

Em relação à fiscalização por parte dos policiais militares rodoviários nas estradas paulistas, houve intensificação no controle rígido de alcoolemia, de velocidade e na fiscalização de motocicletas, além de outros enfoques abrangidos durante a abordagem de veículos e motoristas. Foram lavradas 14.004 autuações por infrações de trânsito diversas em todo o Estado -um acréscimo de 43% nos registros em relação a 2007, sendo apreendidos 611 veículos e 228 motos, 245 carteiras de habilitação e 2.312 documentos de veículos por irregularidades. Quanto às questões de controle de alcoolemia, foram registrados 60 casos de embriaguez. Já no aspecto da prevenção e repressão criminal, foram apreendidos, também nas estradas paulistas, 9,3 kg de cocaína, 0,75 kg de maconha.

Histórico – Os primeiros estudos para uma metodologia que pudesse efetivamente comparar os resultados de acidentes, baseando-se em quilômetros rodados, veículos em trânsito e acidentes, começaram em 1940 nos Estados Unidos e Europa. Em 1956, os estados americanos de Dakota do Sul, Virgínia e Texas começaram a usar esse tipo de índice. Internacionalmente, o índice é conhecido como “Accident rate method”. Além dos Estados Unidos, outros países como Áustria, Dinamarca, França e Alemanha adotam índices semelhantes. No Brasil, a metodologia começou a ser discutida em 1974. Desde 2005, o Departamento de Estrada e Rodagem vem aprimorando o índice, inclusive com a ampliação e melhoramento dos equipamentos de contagem de veículos, possibilitando a divulgação precisa nos últimos anos.

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