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Foto: José Hélio encara quinta etapa do Rally Dakar entre as cidades de Neuquén e San Rafael (ARG)

Foto: José Hélio encara quinta etapa do Rally Dakar entre as cidades de Neuquén e San Rafael (ARG)

Brasileiro alcançou o 12º posto entre as motos, após garantir o mesmo resultado na sexta etapa. Amanhã, competidores chegam à metade do rali e terão de enfrentar um dos pontos mais críticos até agora

O tetracampeão do Rally dos Sertões, José Hélio, conseguiu avançar ainda mais na classificação geral entre as motos e recuperar posição no Rally Dakar. Nesta quinta-feira (8), o brasileiro terminou a sexta especial da competição em 12º lugar, posto que chegou a ocupar até a terceira etapa. O percurso entre San Rafael e Mendoza, na Argentina, marcou a primeira vitória do francês Cyrill Despres, atual campeão do Dakar, que completou a prova em 2h3min20s. O espanhol Marc Coma ainda segue na liderança e cruzou a linha de chegada em segundo lugar. A etapa de amanhã promete ser uma das mais críticas. A prova chega ao Chi le e os pilotos terão de enfrentar, entre outros obstáculos, a altitude da Cordilheira dos Andes.

Por conta do grau de dificuldade da quinta etapa, a organização do Dakar decidiu atrasar em duas horas a saída dos competidores nesta quinta-feira. Além disso, resolveu reduzir o trecho cronometrado, de 395 quilômetros para 178, por conta da presença de um fragmento de rio insuperável no percurso. Entre as cidades de San Rafael e Mendoza, os competidores encontraram mais uma vez muitas dunas e um traçado propício à velocidade.

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Até esta sexta etapa, José Hélio somou 25h48min14s de tempo cronometrado, com uma diferença de 2h14min33s para Coma. Na especial de hoje, o brasileiro terminou com o tempo de 2h20min47s. A competição ainda nem chegou à metade e um grande número de competidores já aban donou as trilhas, seja por acidente ou por problemas mecânicos. Dos 530 veículos que iniciaram a disputa, 105 deixaram as trilhas até a quinta etapa. As motos são a maioria, com 55 abandonos, em seguida aparecem os carros (31), os caminhões (13) e os quadriciclos (6). José Hélio, com a motocicleta Honda CRF 450X, e Rodolpho Matteis são os únicos brasileiros que restaram entre as motos.

Amanhã, a sétima etapa marca a metade do campeonato, que possui no total 14 fases e será definido no dia 17 de janeiro, quando os competidores retornarão a Buenos Aires. Será também a entrada do Dakar no Chile. O trecho a ser percorrido é entre Mendoza (ARG) e Valparaíso (CHL) e conta com 816 quilômetros, sendo 419 km de especiais. É considerado um dos pontos mais críticos da prova, pois além das tradicionais dunas, os pilotos terão de enfrentar a altitude da Cordilheira dos Andes.

O brasileiro conta com o patrocínio da Honda do Brasil, ASW e Flash Power e disputa a categoria 450 Extreme.

Classificação Geral – categoria motos
1 – Marc Coma – Espanha – 23h43min41
2 – Jonah Street – Estados Unidos – 24h24min10s
3 – David Fretigne – França – 24h31min11s
4 – Jordi Villadoms – Espanha – 24h53min29s
5 – Pall anders Ullevalseters – Noruega – 24h56min54s
6 – Helder Rodrigues – Portugal – 25h10min44s
7 – Cyrill Despres – França – 25h17min40s
8 – Frans Verhoeven – Holanda – 25h19min46s
9 – David Casteau – França – 25h24min37s
10 – Henk Knuiman – Holanda – 25h30min37s
12 – José Hélio – Brasil – 25h58min14s

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Resultados – 6ª etapa
1 – Cyril Despres – França
2 – Marc Coma – Espanha
3 – Jordi Viladoms – Espanha
4 – Francisco Lopes – Chile
5 – David Fretigne – França
6 – David Casteu – França
7 – Helder Rodrigues – Portugal
8 – Frans Verhoeven – Holanda
9 – Henk Knuiman – Holanda
10 – Tomas Berglund – Suécia
12 – José Hélio – Brasil

Programação – Rally Dakar 2009
7ª etapa – sexta-feira – 9 de janeiro 2009
Mendoza / Valparaíso
Deslocamento 80 km / especial 419 km / deslocamento 317 km – total: 816 km
A variedade de terrenos e de paisagens, elementos constantes do Dakar 2009, se manifesta outra vez nesta etapa onde a maioria dos competidores conhecerão a Cordilheira dos Andes. Antes de enfrenta-la, deverão deixar para trás uma série de dunas e uma de fesh-fesh idêntica a do Saara. Na montanha, se tratará da única especial com mais de três mil metros de altitude em caminhos técnicos. Logo os competidores passarão a fronteira para chegar a Valparaíso.

Sábado – 10 de janeiro 2009
Dia de Descanso – Valparaíso

8ª etapa – domingo – 11 de janeiro 2009
Valparaíso / La Serena
Deslocamento 245 km / especial 294 km / deslocamento 113 km – total: 652 km
Traz uma jornada de descanso nas orelhas do Oceano Pacífico. Os experts em controlar os carros, as trajetórias e as grandes freadas terão vantagem. Mas, para os líderes do rali há muito a perder nesta etapa.

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9ª etapa – segunda-fe ira – 12 de janeiro 2009
La Serena / Copiapó
Deslocamento 88 km / especial 449 km / deslocamento 0 km – total: 537 km
A pontuação do Deserto do Atacama, considerado o mais árido do mundo, poderá ser sentida pelos competidores. Aqueles que esperam encontrar muitas dunas ficarão plenamente satisfeitos. Mas também terão uma boa quantidade de pedras. Esta etapa terá muitas trocas de terreno. O posicionamento das dificuldades, com grandes porções de dunas no final irá forçar aos pilotos manter suas forças e mostrar a polivalência.

10ª etapa – terça-feira – 13 de janeiro 2009
Copiapó
Deslocamento 20 km / especial 666 km / deslocamento 0 km – total: 686 km
A especial deste dia é simplemente a mais longa e a mais difícil do rali. Como no dia anterior, é ao final d o dia que os competidores encontrarão uma série de dunas de cerca de 100 quilômetros. Neste âmbito, inclusive os maiores especialistas terão um sentimento de novidade. As dunas chilenas são verdadeiras montanhas de areia que terão de aprender a escalar. Com o intenso calor da região, ninguém conhece o comportamento da areia.

11ª etapa – quarta-feira – 14 de janeiro 2009
Copiapó / Fiambalá
Deslocamento 20 km / especial 215 km / deslocamento 445 km – total 680 km
Na etapa mais majestosa do rali, a dedicação dos navegadores será muito importante. Pela manhã, os veículos saem do Oceano Pacífico para seguir em direção à fronteira. O retorno a Argentina será em um marco encantador, no Passo São Francisco, a cerca de 4700 metros de altura. Existe a possibilidade do rali encontrar o inverno boliviano, um fenômeno raro que provoca as vezes nevada em pleno verão.