O rali Dakar concluiu sua 46ª edição nesta semana, com vitória de Ricky Brabec e sua Honda CRF 450. Porém, o evento também pregou alguns sustos, como o acidente evolvendo uma moto elétrica que quebrou ao meio enquanto participava da novíssima categoria ‘Missão 1000’. Incrivelmente – e felizmente -, o piloto saiu praticamente ileso.
Moto elétrica do rali Dakar se parte ao meio
O venezuelano Francisco José Gómez Pallas teve uma queda assustadora, durante a Etapa 11 do Dakar 2024. O piloto rodava a toda a velocidade quando, numa reta e devido ao terreno acidentado da Arábia Saudita, sua moto elétrica partiu-se no meio! Assista ao vídeo abaixo.
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Entretanto, apesar da queda aterradora, o experiente piloto de rali saiu sem maiores danos… Contudo, foi sem dúvidas um acidente para ficar na memória. O fato ocorreu durante as últimas etapas da competição, deixando o corredor sem chances de voltar para finalizar o torneio.
“Ficamos sem moto a apenas 12 km da meta, uma imagem vale mais que 1.000 palavras… Eu tinha alcançado os pilotos da frente, foram eles que me ajudaram depois e estou muito, muito grato a eles… Só estou com uma fratura na costela, o resto está bem, a maior dor é não poder fazer os últimos 45 km para terminar o rali”, disse Francisco.
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O futuro chegou? Dakar teve categoria de elétricas em 2024
Francisco correu na competição na recém-criada Dakar Future – Mission 1000, categoria descarbonizada do rali. A novidade faz parte de uma iniciativa da prova para eliminar as motos e veículos à combustão até 2030.
Ou seja, a nova categoria de moto elétrica visa se tornar 100% sustentável em cerca de 5 anos e substituir as tradicionais 450 cc a gasolina. Entretanto, um longo caminho ainda precisa ser percorrido.
Em 2024, as motos elétricas tiveram um circuito específico e simplificado, com pernas de até 100 km/dia. Ou seja, uma prova bem mais light que a encarada pelas motos a combustão, que encaravam até 480 km de trechos cronometrados todo santo dia. Ainda assim, nem todas as motos elétricas conseguiram concluir o desafio.
Segundo o Dakar, as motos elétricas do rali são protótipos, que serviram apenas como um teste inicial. A usada por Francisco, que se partiu ao meio, foi um destes primeiros produtos. O modelo foi um projeto de 3 anos de trabalho, criado por Joan Puig, amigo do piloto. Uma moto elétrica ‘quase artesanal’, criada especificamente para as dunas da Arábia Saudita.
Assim, o modelo foi desenhado com base nas geometrias das principais motos do Dakar, mas incluiu uma bateria com cerca de 90 kg. Mas como tudo no mundo da competição, números de potência e alcance não são divulgados.
Entretanto, segundo Francisco, a moto entregava uma potência como ele nunca viu na vida. Desta forma, o projeto deixou muita gente entusiasmada, mas ficou famoso mesmo por ter sido responsável por um acidente assustador.