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Foto: arquivo André Garcia - Morretes - PR

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De que seja proibido o tráfego de motocicletas de baixa potencia em estradas de alta velocidade, tais como as vias expressas: autoban que liga a Campinas da qual faço uso diarimente. Não sou motociclista, mas os respeito, embora me assuste com manobras ousadas de pessoas que não imaginam o risco que correm. Existem alternativas, pois, toda pedagiada tem uma segunda opção de tráfego, ainda que ligando cidades menores, com certeza menos insegura. Àquele que uiliza a motocicleta como meio de trabalho caberia pensar se a opção de uma motocicleta que mal atinge os 100km/h é a solução para o deslocamento em vias de transito rápido. A Anhaguera que limita a velocidade a 100km/h também é opção para a Bandierantes e com bem menos caminhões! Tenho fotografado e passarei a filmar manobras que vejo nas marginais para fazer com que legisladores e motociclistas sejam mais críticos em relação a uma solução que limite e dê segurança a todos. Por enquanto imagino a proibição como melhor caminho para discussão séria junto aos concessionários, usuários, polícia e legisladores. Claudio Santiago – São Paulo – SP

R: Claudio não há no Brasil alternativas ou segunda opção para pedagiadas. Se você vai para o Oeste de São Paulo, via Castelo Branco, não há uma alternativa,

O mesmo se dá para o Norte/Noroeste via Anhanguera/Bandeirantes, citando dois exemplos.

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Que algo deve ser pensando, não temos dúvidas.
Antes de proibir o Estado deve investir em educação e conscientização de pilotagem segura e pilotar equipado.

Não podemos admitir medidas pela inconseqüência de meia dúzia.

Segue resposta do João Tadeu. “Ola Claudio. Seus argumentos são plausíveis, mas tenho que discordar parcialmente.

Nos meus 51 anos de idade e 37 de motociclismo, tenho até hoje viajado com grupos de várias cilindradas e sempre em regime de velocidade baixo, e o que realmente se faz necessário é a aplicação de algumas técnicas próprias para se enfrentar situações adversas.

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Em uma motocicleta de baixa cilindrada, ir para a esquerda e acelerar, pode ser uma experiência fatal!

Pelos seus relatos, você fala sobre manobras, e daí estaríamos falando sobre pericia. Fora as implicações legais desse tipo de proibição que feriria os direitos constitucionais de ir e vir do cidadão, quem realmente poderia afirmar que esses motociclistas sem pericia, não aumentariam o risco de vida e de acidentes por estarem imprimindo velocidades maiores.

O que eu aceitaria sem pestanejar, e até foi observado pelo nosso editor como ocorrência em outros países, seria uma possível proibição de garupas nas rodovias até uma determinada cilindrada, pois tecnicamente o acréscimo de peso do garupa afeta diretamente o desempenho nas motocicletas de baixa cilindrada.

Tenho ainda que o trânsito não seja formado apenas por carros e motos; existem ônibus e caminhões de diversos tamanhos, pedestres, bicicletas … e como em todo o relacionamento entre os seres vivos não predadores, devemos ter noção do nosso espaço, das nossas dimensões, das nossas capacidades e limitações para vivermos em harmonia … o forte respeitando a fragilidade do mais fraco … teria realmente a necessidade da motocicleta ultrapassar o caminhão que está na velocidade limite ? …existe a necessidade de uma motocicleta de baixa cilindrada trafegar pela faixa da esquerda ? … quando os motoristas e motociclistas irão realmente coexistir em paz ?

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Finalizando, hoje temos pouco mais de 12 milhões de motocicletas circulando pelo Brasil, e se nos utilizarmos os dados da ABRACICLO para os dias de hoje, teremos então 85% aproximadamente desse total entre 100 e 250 cilindradas.

Acredito que dá para se perceber que acabamos chegando a questões de cunho economico-social … Um forte abraço, e VIDA LONGA … João Tadeu Boccoli”