A Espanha vai proibir o uso de capacete do tipo “jet” e tornar obrigatórias luvas para motociclistas. A medida visa obrigar os motociclistas a utilizarem capacete integral ou modular. Confira o que deve mudar no país europeu e que pode influenciar nações vizinhas.
Espanha quer proibir o uso de capacete aberto
A Direção Geral de Trânsito (DGT) da Espanha obrigará os motociclistas a utilizarem capacete integral ou modular e luvas homologadas quando circularem na estrada. O anúncio foi realizado pelo ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, durante a apresentação dos balanços rodoviários do ano de 2023.
Espanha vai permitir apenas o uso de capacete integral ou modular
Segundo a Direção-Geral de Trânsito espanhola, as mortes de motociclistas aumentaram 19% em um ano, passando de 254 motociclistas mortos em 2022 para 299 mortos em 2023. Desta forma, a restrição ao uso de capacetes abertos do tipo “jet” é apenas uma das medidas para reduzir o número de mortes.
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Curso obrigatório para motoristas com carteira B
A Direção Geral de Trânsito (DGT) da Espanha também pretende estabelecer um curso obrigatório para motoristas com carteira B – com três anos de experiência – que queiram guiar motocicletas de até 125 cc.
Segundo o ministro do Interior, este curso obrigatório “já está implementado em países como França ou Alemanha”. Ainda de acordo com o governo espanhol, a medida busca criar um exercício prévio de conhecimento da moto e da condução, “que nada tem a ver com um veículo com tração nas quatro rodas”, destacou o responsável do Interior.
Na Espanha acidentes com moto envolvem modelos alta cilindrada e ocorrem em grande parte nos finais de semana
Em 2023, morreram no total 463 ‘vulneráveis’ (que são motociclistas, ciclistas e demais tipos de condutores), o que representa um aumento de 9% em relação a 2022. Segundo dados do governo, o perfil típico dos motociclistas falecidos em 2023 correspondiam a homens entre 35 e 64 anos e com mais de dez anos de experiência na carteira de habilitação.
Além disso, dois em cada três motociclistas falecidos no ano passado conduziam motocicletas de alta cilindrada. Contudo, em metade dos casos o acidente ocorreu por saída da estrada, “por distração ou excesso de velocidade”. 
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