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Scooter: volume estável e aumento de participação

Scooter: volume estável e aumento de participação

Responda rápido se esta afirmação é verdadeira ou falsa: o volume de vendas de scooter é o que mais cresce no Brasil. É bem possível que a maioria das pessoas responderia “verdadeira” para esta afirmação, não fosse a exibição da ilustração aí ao lado. Em 2015 foram vendidos 2.326 scooter a menos em relação a 2011. Na verdade, há até uma relativa estabilidade em volume, mas o que cresce é a participação do segmento de scooter no total do mercado.

Quer mais uma? As motos da categoria street, que inclui as urbanas de 125 e 150 cc, representa em 2015 mais de 50% do total do mercado brasileiro. Verdadeiro ou falso? De novo, a maioria provavelmente responderá com tranquilidade que as street representam mais de 50% das vendas no mercado brasileiro de motocicletas em 2015. Já foi assim, mas hoje elas são 43,53% do total do mercado. Em 2015 as street venderam menos da metade do que venderam em 2011 – 1.164.077 motos em 2011 contra 536.054 motos em 2015 – uma queda de 53,95%.

Outro segmento que mostra estabilidade em volume, mas cresce em participação como acontece com os scooter é o das motocicletas trail. São 264.057 motos vendidas em 2015, o que representa 21,44% de participação no mercado brasileiro. Em 2011, esse volume foi de 270.797, mas representava apenas 14,20% do mercado total. Situação parecida vive o segmento das naked, que emplacou pouco mais de 22.173 motos em 2015 e ficou com 1,80% de participação no mercado. Apesar do volume pequeno, a participação das motocicletas naked no bolo total do mercado brasileiro cresceu quase 70% em cinco anos.

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Custom: ladeira abaixo, mas com público cativo

Custom: ladeira abaixo, mas com público cativo

O segmento das motonetas (CUB) também teve sua fatia aumentada entre 2011 e 2015, apesar da queda em volume de vendas. Foram 296.261 motonetas vendidas em 2015 contra 351.892 em 2011, com a participação saltando de 18,46% para 24,06%. A mesma situação vivem as esportivas, onde o volume de vendas diminui, mas a participação cresce. Claro, com números pouco expressivos: quase 11 mil motos em 2015, uma participação de 0,89%.

Num mercado que tem vendido menos motocicletas, o único segmento que mostra crescimento com mais força é o das bigtrail, que dobrou sua participação – 0,48% para 1,08% – e teve o volume de vendas aumentado em 40,47%. Mas segure aí sua empolgação porque o volume não é lá muito grande: foram 12.859 motos em 2015 contra 9.154 em 2011. Outro que mostra crescimento é o segmento de ciclomotores, mas apenas a partir de 2016 será possível verificar a verdade sobre o que acontece com estas pequenas motos, porque até outubro de 2015 esse mercado era “oculto”, com grande parte dos ciclomotores vendidos sem aparecer nos registros oficiais. Mas é possível estimar que o segmento represente algo em torno de 5% do total do mercado.

Por fim, os dois segmentos que representam volumes pequenos, mas que tem seu público consumidor fiel e formam imagem para muitas marcas: touring e custom. O primeiro cresceu a partir 2011 e atingiu certa estabilidade em torno das 4 mil unidades por ano, o que representa cerca de 0,31% do mercado total. O segundo chegou a representar um volume interessante de vendas em 2011, com mais de 24 mil motos vendidas e 1,31% de participação, por força das pequenas motos custom. Em 2015 o volume de motos no segmento foi de 8.168 motos, 0,66% de participação no bolo total do mercado.

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Clique aqui para ler reportagem completa que mostra o ranking de vendas 2015, quem cresceu, quem perdeu espaço nos últimos cinco anos e qual a distribuição do mercado brasileiro por segmentos. Se quiser saber como foi o desempenho de cada marca, clique aqui.Separador_motos

 

Sidney Levy
Motociclista e jornalista paulistano, une na atividade profissional a paixão pelo mundo das motos e a larga experiência na indústria e na imprensa. Acredita que a moto é a cura para muitos males da sociedade moderna.