Largamente utilizados em nossas estradas e avenidas, e altamente perigosos para motociclistas, os tachões continuam fazendo vítimas por todos os cantos do Brasil sem que o assunto seja objeto de estudo pelas autoridades de trânsito. Recentemente vimos o vídeo de um quase assalto em São Paulo onde o motociclista conseguiu se livrar dos ladrões mas foi derrubado em plena fuga pelos tachões assassinos colocados na via.
Desta vez a vítima foi Alberto Jorge Portela Lima, motociclista do Centauros Moto Clube de Fortaleza (CE), mais conhecido no meio motociclístico como Bebeto, que ao cair por causa dos tachões instalados na Av. Washington Soares em Fortaleza, não teve apenas escoriações leves. Além dos danos à sua Harley-Davidson Iron 883 (R$ 22.000) que podem evoluir para ‘perda total’, o motociclista sofreu fratura do úmero, o que exigiu a colocação de uma prótese que custou, somadas às despesas hospitalares, R$ 42.000,00.
Após o ocorrido, sem nenhuma explicação, misteriosa e curiosamente, da mesma forma como foram colocados, os tachões desapareceram, deixando apenas a marca no piso da avenida.
A ausência de especialistas em motocicletas e motociclismo no Contran (veja matéria anterior) continua sendo sentida e muitos dos nossos irmão motociclistas continuam tendo suas vidas ceifadas por guard rails inadequados, tintas escorregadias utilizadas para demarcação de vias, ausência de faixas exclusivas para motocicletas, e tantas outras aberrações que ainda continuam em uso.